sábado, 13 de setembro de 2008

Nossa Senhora das Dores / Beato Antônio (Anton) Maria Schwartz, 15 de Setembro



A Igreja celebra hoje a compaixão cristã pelo próximo. No quadro da Pietá, Nossa Senhora, ao receber seu Filho morto, reveste-se das dores humanas, físicas e espirituais mais profundas que alguém pode sentir. É a conclusão do sacrifício de Cristo, cuja morte na Cruz é o ponto culminante da Redenção.
Em 1667 a Ordem dos Servitas, dedicada à devoção de Nossa Senhora (os Sete Santos Fundadores no século XIII instituíram a "Companhia de Maria Dolorosa"), obteve a aprovação da celebração litúrgica das Sete Dores da Virgem Maria. Esta festa era também celebrada sob os títulos de Nossa Senhora da Piedade e A compaixão de Nossa Senhora. Posteriormente, o Papa Bento XIII (1724-1730) promulgou a festa com o título de Nossa Senhora das Dores e, durante o pontificado de Pio VII, foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro.
Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas simplesmente Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria, acolhida na Redenção mediante a Cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz - nós que, enquanto cristãos, somos nascidos do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis a razão de nossa meditação e devoção às dores de Maria Santíssima, Mãe de Deus e nossa.

As Sete Dores
A devoção, que precede a celebração litúrgica fixou simbolicamente as Sete Dores da Co-Redentora, correspondentes a determinados episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão; a fuga para o Egito; a perda de Jesus aos doze anos, durante a peregrinação à Cidade Santa; o caminho de Jesus para o Gólgata; a crucificação; a Deposição da cruz; a sepultura. Portanto, somos convidados, hoje, a meditar estes episódios mais importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Fontes:
http://vallee-aisne60.cef.fr/Notre-Dame-des-Douleurs.html

Beato Antônio (Anton) Maria Schwartz



Anton, para nós Antônio nasceu na humilde e cristã família Schwartz, no dia 28 de fevereiro de 1852, em Baden, Áustria Era o quarto dos treze filhos, seu pai era um simples operário, sem profissão definida, enquanto sua mãe cuidava da casa e dos filhos, que estudavam na escola paroquial dessa cidade.

Aos quinze anos ficou órfão de pai, vivendo uma grave crise pessoal, que durou dois anos. Em 1869, recuperado, foi estudar na escola popular gratuita dos padres piaristas. Alí conheceu a obra do fundador São José Calasanz, tornando-se um seu devoto extremado.
Mas três anos depois, as atividades das escolas pias e da própria Ordem, foi suspensa na Áustria. Para completar sua formação, ingressou no seminário diocesano, pois queria seguir a vida religiosa. Nessa época passou por duas graves enfermidades, ambas curadas, segundo ele, por intercessão de Nossa Senhora.
Em 1875 ordenou-se sacerdote e assumiu o segundo nome. O Padre Antônio Maria Schwartz foi capelão por quatro anos, e depois viajou à Viena para promover assistência espiritual aos doentes nos hospitais das Irmãs da Misericórdia de Schshaus. Além disso, começou a orientar na religião, os operários e os jovens aprendizes em formação profissional. Tomando como base suas raízes humildes, percebeu as necessidades desses operários. Para lhes proporcionar apoio e orientação, fundou a "União dos aprendizes católicos sob a proteção de São José Calasanz", empreendendo uma intensa atividade pastoral sem, contudo, ter abandonado a assistência que prestava aos doentes nos hospitais.
Após quatro anos, pediu ao Cardeal de Viena que apoiasse essa Obra, mas este mostrou que não tinha com que financiá-la. Por isso, Padre Antônio Maria adoeceu literalmente, precisou até mesmo dos cuidados as Irmãs da Misericórdia. Dois anos - esse foi o tempo necessário para o Cardeal dar seu apoio e ajuda, permitindo que ele ficasse apenas com o apostolado junto aos operários e aprendizes.
Padre Antônio Maria recuperou o entusiasmo e com total dedicação, em 1888 criou o "Artesanato cristão", um jornal para os artesãos e operários, que escreveu durante um longo tempo sozinho. Também buscou e conseguiu os meios para construir a primeira "igreja para os operários de Viena", um templo humilde e escondido pelas casas populares. Foi nessa igreja que, para melhor assisti-los fundou, a "Congregação dos Pios Operários", adotando a regra de São José de Calasanz, ainda hoje florescente.
Ele vivificou sua Obra com valentia cristã durante quarenta anos. O "Apóstolo Operário de Viena" que dividia opiniões permaneceu sempre fiel a si mesmo e à Igreja de Cristo. Seus passos foram corajosos e chegou ao Parlamento, para conseguir lugares de formação profissional para os jovens e para o justo repouso dominical dos operários.
Morreu em 15 de setembro de 1929, em Viena, Áustria. O Papa João Paulo II o proclamou Beato Antônio Maria Schwartz, em 1998, designando a data da morte para a homenagem litúrgica.

Fonte:
http://www.catolicanet.com/?system=santododia&action=ver_santos&data=15/09

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