quarta-feira, 10 de setembro de 2008

São João Crisóstomo, Bispo e Doutor da Igreja (+407), 13 de Setembro




(344-407) São João, dito Crisóstomo, palavra de origem grega que quer dizer "Boca de Ouro", assim denominado graças à beleza de seus sermões, nasceu em Antioquia, por volta do ano 344. Sua mãe, viúva aos vinte anos, nada economizou para lhe oferecer uma educação brilhante. Dotado de uma inteligência superior, objeto de admiração geral, inclinado ao prazer, João foi trazido de volta à realidade da vida e conquistado pela perfeição do Evangelho graças à amizade fiel de um jovem da sua idade, São Basílio. Nobre exemplo do apostolado que um amigo verdadeiro pode exercer no seu círculo de amizades! E entre os dois jovens a amizade só cresceu, em virtude da perfeita união de pensamentos e aspirações.
Tendo se tornado clérigo da Igreja de Antioquia, Crisóstomo renuncia completamente às vaidades do Século; ele aparece usando somente uma pobre túnica; a oração, a meditação, o estudo das Sagradas Escrituras ocupam seu tempo: ele jejua todos os dias e dorme pouquíssimo no chão da sua cela, após suas longas vigílias. Subindo de posto nas funções eclesiásticas, ele se torna os olhos, os braços, a boca de seu bispo. Sua eloqüência é tão grante que toda a cidade acorre às suas primeiras pregações, onde freqüentemente havia até cem mil ouvintes a escutá-lo.
Aos trinta anos, Crisóstomo se refugia na vida monástica, fugindo ao episcopado a que, mais tarde, não poderá escapar. Em 389 ele é levado à força a Constantinopla e sagrado Patriarca da cidade imperial. Seu zelo, a independência de sua linguagem foram igualados apenas por sua caridade; sua eloqüência sedutora, que brilhava então com todo o seu resplendor, atraía as massas para junto de sua cátedra; ele reavivava a fé no coração dos fiéis e convertia uma multidão de pessoas. A eloqüência do orador revelava o coração de pai, de apóstolo e de santo.
Deus permitiu que a Cruz viesse terminar em Crisóstomo a obra da perfeição. A coragem invencível do Pontífice, sua habilidade em terminar com as desordens do tribunal, lhe valeram o exílio. Deixando Constantinopla, ele fez chegar à imperatriz a seguinte mensagem: "Crisóstomo teme apenas uma coisa: não é nem o exílio, nem a prisão, nem a pobreza, nem a morte, mas sim o pecado." Ele morreu no exílio, vítima dos maus tratos de seus inimigos. Mesmo não tendo recebido oficialmente o título de mártir, ele o tem por mérito e glória.
São Paulo era o alvo de sua admiração e devoção. A seu respeito, Crisóstomo disse esta bela frase: "O coração de Paulo era o coração do Cristo."

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel

Fontes:
http://orthodoxie.o.r.pic.centerblog.net/70mc40t8.jpg

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