terça-feira, 9 de setembro de 2008

São Nilo / O santo Nome de Maria / São Guido de Anderlecht, 12 de Setembro



Santa Maria de Grottaferrata, Monastério fundado por São Nilo

"Vós que estás a ponto de entrar na casa de Deus, deixeis para trás vossas preocupações terrestres." 
São Teodoro Estaudita

Em 1004, um grupo de monges do rito ítalo-bizantino chegou às colinas de Túsculo. Ele era dirigido por um Santo Ancião que desejava encontrar um lugar para edificar um monastério "onde pudesse reunir seus irmãos dispersados". Era São Nilo, nascido em Rossano, na Calábria, de uma família grega (a Calábria era, àquela época, bizantina).
São Nilo havia fundado diversos monastérios na Calábria e na Campânia. Altamente estimado por príncipes, imperadores e papas, o humilde santo, para fugir às honrarias, não se fixava num lugar e, agora, ele estava em Roma para lá terminar seus dias em paz. Seu biógrafo, talvez seu discípulo São Bartolomeu, escreve que Nilo havia sabido, "por revelação divina", o lugar da sua morte.
Nas colinas de Túsculo, os monges foram atraídos pelas grandiosas ruínas de uma "vila romana" e, no meio dela, por um edifício baixo, em "opus quadratus" ("obra quadrada"), primitivamente uma câmara sepulcral da época republicana, utilizada como oratório cristão desde o Século V. Nele havia uma grade dupla em ferro nas janelas: por isso os habitantes do local chamavam o prédio de "Cripta Ferrata" ("Cripta de Ferro"), tornando-se depois "Grottaferrata" ("Gruta de Ferro"). Ali pararam São Nilo e seus discípulos.
A tradição conta que, na cripta, a Mãe de Deus apareceu aos dois santos e lhes pediu para que, naquele lugar, eles construíssem um santuário que lhe fosse dedicado e de onde ela derramaria suas graças sobre toda a região. Gregório, conde de Túsculo, lhes doou o terreno. Começaram então a construção da igreja e do monastério.
São Nilo morreu logo depois (na noite de 25 de setembro de 1004). São Bartolomeu e os outros monges trabalharam durante vinte anos nesta obra utilizando os materiais abandonados da "vila romana": colunas e placas de mármore, cornijas esculpidas, blocos de tufo vulcânico.
Em 1024 o santuário estava terminado, "belo, ornado de mármores e de pinturas, rico em ornamentos sacros, admirado por todo o mundo". Em 17 de dezembro do mesmo ano, o Papa João XIX o consagrou solenemente, dedicando-o à Mãe de Deus, enquanto os monges cantavam em grego os hinos sagrados que Bartolomeu havia composto para esta ocasião.

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel

Fonte: 

São Nilo

Neste dia mergulhamos na história de São Nilo, onde encontramos um exemplar cristão que viveu no sul da Itália e no fim do primeiro milênio. Nilo, chamado o Jovem, fazia parte de uma nobre família de origem grega, por isso foi considerado o último elo entre a cultura grega e a latina. 

Era casado e funcionário do governo de Constantinopla, com o nascimento de uma filha, acabou viúvo e depois descobriu sua vocação à vida monástica, segundo a Regra de São Basílio. Após várias mudanças acabou se fixando em Monte Cassino, perto da famosa abadia beneditina. 
Seu testemunho atraiu a muitos, tendo assim a felicidade de fundar vários mosteiros no Sul da Itália, com o cotidiano pautado pelo trabalho e oração. No trabalho, além da agricultura, transcrevia manuscritos antigos, introduziu um sistema taquigráfico (ítalo-grego) e compôs hinos sacros. 
São Nilo realizou várias romarias aos túmulos dos santos Pedro e Paulo, aproveitando para enriquecer as bibliotecas de Roma, até que, a pedido de Gregório, Nilo fundou um mosteiro em Grottaferrata, perto de Roma.
Este pacificador da política e guerras da época, teve grande importância para a história da Igreja, e na consolidação da vida monástica. Morreu com noventa e cinco anos de idade, no dia 25 de setembro de 1004. 
São Nilo, rogai por nós!


Fonte:
www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/santo/






O Santo Nome de Maria


A festa do santo Nome de Maria foi estabelecida pelo Papa Inocêncio XI, em 1683, para celebrar uma vitória memorável conquistada pelos cristãos sobre os Turcos, com a proteção visível da Rainha do Céu.
Cento e cinqüenta mil Turcos haviam avançado até os muros de Viena e ameaçavam a Europa inteira. Sobieski, rei da Polônia, veio em socorro da cidade tomada no tempo das oitavas da Natividade da Santíssima Virgem, e dispôs-se a iniciar uma batalha geral.
O príncipe religioso começou por fazer celebrar a Santa Missa, durante a qual ele próprio se ofereceu, os braços abertos como se estivesse na cruz. Após ter comungado com fervor, ele se levantou ao fim do Sacrifício e gritou: "Marchemos com confiança sob a proteção dos Céus e a assistência da Santíssima Virgem." Ele não se enganou em sua esperança: os Turcos, tomados de terror e pânico, fugiram na mais completa desordem. Desde essa época memorável, a festa do santo Nome de Maria é celebrada nas oitavas da Sua Natividade.

"Ao Nome de Maria a Igreja dobra os joelhos, os votos e as orações dos povos ressoam de todas as partes."
                                        Pierre de Blois

Abade L. Jaud, Vida dos Santos para todos os dias do ano, Tours, Mame, 1950.

Tradução e Adaptação:
Gisele Pimentel
gisele.pimentel@gmail.com

Fonte:




São Guido de Anderlecht



São Guido nasceu na região belga de Brabante. Manso e generoso, Guido mostrou desde muito jovem o seu desapego dos bens terrenos, dando tudo o que possuía aos pobres. Desejando levar uma vida ascética, deixou a casa paterna e, em Laken, perto de Bruxelas, escolheu o encargo de sacristão do vigário, visando tornar-se útil ao próximo, ao mesmo tempo em que se dedicava à oração e às piedosas práticas de ascese cristã. A certa altura da sua vida, não por desejo de lucro, mas para constituir um fundo a favor dos pobres, tornou-se comerciante.

São Guido vestiu o hábito de peregrino e percorreu, durante sete anos, as longas e inseguras estradas da Europa, visitando os maiores santuários da cristandade. Foi a Roma e, depois, seguiu para a Terra Santa. Quando retornava desta longa peregrinação, doente e fraco, ficou na casa de um sacerdote de Anderlecht (cidadezinha perto de Bruxelas da qual recebeu o nome) morrendo pouco tempo depois.
A devoção a São Guido se difundiu no decorrer dos séculos. Os trabalhadores da lavoura, camponeses, sacristãos, cocheiros recorriam à proteção do humilde sacristão, filho de camponeses. São Guido é considerado protetor dos estábulos, das escuderias e, em particular, dos cavalos que, durante a festa anual de Anderlecht, são benzidos ao término de uma procissão folclórica. Como parece ter morrido de disenteria, seu nome também é invocado pelos que sofrem deste mal.

Fonte:
http://www.catolicanet.com/?system=santododia&action=ver_santos&data=12/09

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