quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Dia dos Reis Magos / Santa Rafaela Maria, Religiosa, 6 de Janeiro


A Adoração dos Reis Magos (a Jesus Menino), Velazquez


Os Três Reis Magos, ou simplesmente "Os Magos", a que a tradição deu os nomes de Melchior, Baltazar e Gaspar, são personagens da narrativa cristã, que visitaram Jesus após o seu nascimento (Evangelho de Mateus). A Escritura diz "uns magos", que não seriam, portanto, reis nem necessariamente três mas, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos.

Talvez fossem astrólogos ou astrónomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos, sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do rei Herodes em Jerusalém. Perguntaram-lhe sobre a criança mas ele disse nada saber. No entanto, Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado e pediu aos magos que, se encontrassem o menino, o informassem, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo.

A estrela, conta o evangelho, precedia-os e parou sobre o local onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mt 2, 10). Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus, ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles: o ouro pode representar a realeza (eles procuravam o "Rei dos Judeus"); o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus; a mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, remete-nos para o género da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19, 39 e 40).

"Sendo prevenidos em sonhos a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2, 12). Nada mais a Escritura diz sobre essa história cheia de poesia, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.

A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata: Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz.

Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melchior quer dizerMeu Rei é Luz”, e Baltazar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.

Como se pretendia dizer que simbolizavam os reis de todo o mundo, representariam as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Segundo a mesma tradição, Melchior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltazar, mirra em reconhecimento da humanidade.

A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida no livro dos Salmos (Sl. 71, 11): “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”.

Devido ao tempo passado até que os Magos chegassem ao local onde estava o menino, por causa da distância percorrida e da visita a Herodes, a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de Janeiro. Algumas Conferências Episcopais decidiram, contudo, celebrar a festa da Epifania no primeiro domingo de Janeiro (quando não coincide com o dia 1º).

Devemos aos Magos a troca de presentes no Natal. Dos presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de Janeiro, e os pais muitas vezes se disfarçam de reis magos.

Nos apíses em que a Epifania se celebra neste dia, as leituras da liturgia são Is 60, 1-6; Sl 71, 2.7-8.10-13; Ef 3, 2-3.5-6; Mt 2, 1-12.

Santa Rafaela Maria, Religiosa


Nasceu perto de Córdova, em 1850. Com a idade de 15 anos fez voto de castidade perpétua e intensificou a sua vida de piedade e de obras de caridade.

Com a ajuda de sua irmã e de Mons. Zeferino Gonzalez, fundou o Instituto das Adoradores do Santíssimo Sacramento e Filhas de Maria Imaculada que, em 1887, recebeu do Papa leão XIII a aprovação definitiva com o título de Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus.

Rapidamente se multiplicaram as fundações de casas de apostolado e adoração reparadora. Na base de todas elas estava a fervorosa e contínua oração da Madre Rafaela e das suas religiosas e as heróicas virtudes que praticavam, sobretudo a profundíssima humildade, de tal forma que alguém chamou à Madre Rafaela "a humildade feita carne".

No entanto, as imensas dificuldades que lhe surgiram levaram-na ao isolamento e à renúncia ao cargo de superiora geral. Durante 30 anos viveu isolada, entregue a duros trabalhos e sofrendo pacientemente terríveis humilhações.

Foi beatificada em 1952 e canonizada em 1977.


Fontes:
 
Cf. http://pt.wikipedia.org
 http://www.evangelhoquotidiano.org/www/popup-saints.php?language=PT&id=10153&fd=0
 http://www.evangelhoquotidiano.org/www/zoom_img.php?frame=28559&language=PT&img=&sz=full

http://www.evangelhoquotidiano.org/www/popup-saints.php?language=PT&id=11312&fd=0
http://fotos.sapo.pt/ZesPd6eiZVCtR73uQOKZ
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.apfe.com.ar/elpatio/wp-content/uploads/2008/05/santa-rafaela-maria.jpg&im

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