domingo, 14 de dezembro de 2008

Santa Adelaide, 16 de Dezembro

Santa Adelaide
Vitral do lado sul da igreja de São Martinho


Narrada por Santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela, a vida de Santa Adelaide emociona pelos sofrimentos que passou. De rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus tratos e passou por diversas privações para, depois, finalmente assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes.

Santa Adelaide viveu no século X e era filha do rei de Borgonha (atual França) Rodolfo II, casado com uma princesa da Suécia. Quando contava 16 anos, uma década após a morte de seu pai, Santa Adelaide casou-se com o Rei da Itália, Lotário II, do qual enviuvou três anos depois. Ele morreu defendendo o trono, que acabou usurpado pelo inimigo vizinho, rei Berengário, que se apoderou de toda a Lombardia . Então, a rainha Adelaide foi mandada para a prisão num castelo do lago de Garda, onde sofreu diversas injúrias e penalidades.

Contudo, ajudada por amigos leais, Santa Adelaide logo conseguiu se libertar, viajando para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Otto I enviando-lhe um pedido de ajuda e justiça. Este logo aceitou seu pedido e, além de lhe devolver a corte, apaixonou-se pela moça e casou-se com ela no ano de 951. Assim, Adelaide tornou-se a imperatriz caridosa, piedosa e amada por seus súditos.

Otto I reinou por trinta e seis anos. Durante este período tudo foi felicidade, mas o infortúnio atingiu Adelaide novamente. O imperador morreu e ela se viu outra vez viúva. O rei foi sucedido por seu filho, Otto II, que aceitava os conselhos de Adelaide, governando com ponderação. Os problemas reiniciaram quando ele se casou com a princesa grega, Teofânia, mulher colérica e caprichosa, que não gostava da influência da sogra sobre o marido. Ela conseguiu fazê-lo brigar com a mãe por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas, exigindo que Adelaide deixasse o reino.

Escorraçada, procurou abrigo em Roma, junto ao Papa. Depois passou um período na França, na corte de seu irmão, rei da Borgonha. Mas a dor da ingratidão filial a perseguia. Viu também que Otto II reinava com injustiça, dentro do luxo, da discórdia e da leviandade, devido a má influência de Teofânia. Nessa época foi seu diretor espiritual o abade Odilo, de Cluny. Ao mesmo tempo o abade passou a orientar Odon II. Após dois anos de separação, arrependido, convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois.

Como o neto de Adelaide, Oton III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia se encaminhar para o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra. Adelaide só não morreu, porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo
, em 991. Adelaide se viu, então, no dever de governar, tendo sido considerada por seu povo uma mulher bondosa e generosa. Adelaide tornou-se a imperatriz regente da Alemanha, por direito e de fato. Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Trouxe para a corte as duas filhas de sua maior inimiga e as educou com carinho e proteção. O seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação.

Nos últimos anos de vida Adelaide foi para o convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela fundara, em Strasburgo. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999. Santa Adelaide é conhecida por ter sido fundadora de diversas casas religiosas e ter convertido inúmeros infiéis.



Fontes:

http://www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_dezembro.html

http://www.paroquiameninojesus.org.br/s_santoDia_view.asp?id=160

http://www.calva.asso.fr/users/al1863/images/ste_adelaide_aumone.jpg

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