segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

São João Evangelista, 27 de Dezembro


João, filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, pescador de profissão, originário de Betsaida, como Pedro e André, ocupa um lugar de primeiro plano no elenco dos apóstolos. O autor do quarto Evangelho e do Apocalipse será classificado pelo Sinédrio como indouto e inculto. No entanto, o leitor, mesmo que leia superficialmente os seus escritos, percebe não só o arrojo do pensamento, mas também a capacidade de revestir com criativas imagens literárias os sublimes pensamentos de Deus. A voz do Juiz Divino é como o ruído de muitas águas.

João é sempre o homem da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. É a águia que desde o primeiro bater das asas se eleva às vertiginosas alturas do mistério Trinitário: "No princípio de tudo, aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e ele mesmo era Deus."

Ele está entre os mais íntimos de Jesus e, nas horas mais solenes de sua vida, João está por perto. Está a seu lado na hora da ceia, durante o processo de julgamento, e é o único dentre os apóstolos que assiste à Sua morte junto com Maria.

Mas, contrariamente a tudo o que possam fazer pensar as representações da arte, João não era um homem fantasioso e delicado. Bastaria o apelido que o Mestre deu a ele e a seu irmão Tiago: "Boanerges", ou seja, "Filhos do trovão", para nos indicar um temperamento vivaz e impulsivo, alheio a compromissos e hesitações, dando
até a impressão de uma pessoa intolerante e cáustica.

No seu Evangelho, João Evangelista designa a si mesmo simplesmente como "o discípulo a quem Jesus amava". Também, se não nos é dado indagar sobre o segredo desta inefável amizade, podemos adivinhar uma certa analogia entre a alma do Filho do homem e a do filho do trovão, pois Jesus veio à terra não só trazer a paz, mas também o fogo.

Após a Ressurreição de Jesus, João está quase que constantemente ao lado de Pedro. Paulo, na Epístola aos Gálatas, fala de Pedro, Tiago e João como "colunas na Igreja".

No Apocalipse, João diz que foi perseguido e degredado para a ilha de Patmos "por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo". Conforme uma tradição unânime, ele viveu em Éfeso em companhia de Maria, Mãe de Jesus, e, sob o imperador Domiciano, foi colocado dentro de uma caldeira com óleo fervente, mas saiu ileso e com a glória de ter dado testemunho de Deus.

Depois do exílio de Patmos, voltou definitivamente para Éfeso, onde exortava continuamente os fiéis ao amor fraterno, resultando em três Cartas, acolhidas entre os Textos Sagrados, assim como o Apocalipse e o Evangelho. Morreu muito idoso,
durante o império de Trajano (98-117), em Éfeso, onde foi sepultado.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/www/popup-saints.php?language=PT&id=11292&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/www/zoom_img.php?frame=49311&language=PT&img=&sz=full

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