quarta-feira, 15 de abril de 2009

São Bento José Labre, Peregrino (+1783), 16 de Abril


Filho de um camponês da região de Artois, França, Bento nasceu em 1748, sendo o mais velho de 15 filhos. Aparentemente fracassou em tudo o que desejava. Apesar disso, conseguiu manter sempre a paz no seu coração.
As portas fechavam-se diante dele, uma após a outra, mas ele nunca se desesperou. Recomeçava o seu caminho, dormindo onde encontrava abrigo, vivendo do que lhe davam, continuando a procurar novos caminhos para atingir o seu Objetivo.
Submisso a todos, primeiro a seus pais, depois, no seu apelo interior, aos responsáveis dos mosteiros em cujas portas batia, aos seus confessores, aos acontecimentos, à vontade de Deus que, continuamente, ia lhe mudando os rumos, Bento continuou a avançar humildemente, silenciosamente. Conta-se que jamais pessoa alguma conseguiu ver a cor dos olhos de Bento, pois ele só olhava para baixo.
Sem se dar conta, atravessou a Europa com sua bolsa e o seu crucifixo ao peito, percorrendo 30.000 quilômetros, indo de mosteiro em mosteiro, de santuário em santuário, até se estabelecer em Roma, de onde sairia várias vezes para ir até Loreto, antes de morrer no despojamento total.
Deste modo, São Bento José Labre, em pleno "século das luzes", pobre e desprendido de tudo e principalmente de si mesmo, considerado um peregrino ou mesmo como um mendigo entre tantos outros, sujo e cheio de piolhos, foi aclamado como santo quando morreu em Roma, com 35 anos. As pessoas que o conheciam gritavam pelas ruas: “Il santo è morto! Il santo è morto!” (“O santo morreu! O santo morreu!”).
Bento Labre foi declarado "beato" em 1860 e "santo" em 1881. É o patrono das pessoas que têm problemas de adaptação e que se sentem deslocadas, que têm problemas emocionais. 

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