domingo, 17 de maio de 2009

São João I, Papa, Mártir (+526), 18 de Maio


João nasceu em Túsculo, uma província da Itália. Foi eleito sucessor do Papa Hormisdas, em 523, e costuma ser identificado como João Diácono, autor da epístola "Ad Senartun", importante para a história da liturgia batismal. É reconhecido também pela autoria de "A Fé Católica", transmitida pelos antigos, entre as obras do filósofo e mártir São Severino Boécio, cujo trabalho exerceu grande influência sobre São Tomás de Aquino. Vejamos qual foi a situação herdada pelo Papa João I.
O Papa Hormisdas e o imperador Justino tinham feito cessar o cisma entre Roma e Constantinopla, que iniciara em 484, com o então imperador Zenão, através do que parecia impossível: um acordo entre católicos e arianos. Com esse esquema, Hormisdas obtivera bons resultados políticos, pois os godos eram arianos.
Porém, no final de 524, o imperador Justino publicou um decreto ordenando o fechamento das igrejas arianas de Constantinopla e a exclusão dos arianos de toda função civil e militar.
Roma era então governada pelo imperador Teodorico, o Grande, o rei dos bárbaros arianos, que tinha invadido a Itália. Ele obrigou o Papa João I a viajar a Constantinopla para solicitar ao imperador Justino a revogação daquele decreto.
Apesar de o imperador Justino ter-se ajoelhado perante o primeiro Sumo Pontífice a pisar em Constantinopla, o papa João I  não conseguiu demovê-lo da perseguição aos arianos. A solicitação foi atendida apenas em parte, pois o imperador concordou em devolver as igrejas confiscadas aos arianos, mas manteve o impedimento aos arianos convertidos ao catolicismo de poderem retornar ao arianismo.
Com o fracasso de sua missão, o Papa João I despertou a ira do imperador Teodorico. Assim, quando colocou os pés em Roma, João I foi detido e aprisionado em Ravena, onde morreu no dia 18 de maio de 526. Foi, então, declarado mártir da Igreja.

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