segunda-feira, 11 de maio de 2009

Primeira Aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos de Fátima, Portugal, 13 de Maio

         Em preparação para as aparições de Nossa Senhora, um anjo que se identificou como o Anjo de Portugal, falou em primeiro lugar às crianças dizendo-lhes: "Não tenham medo. Eu sou o anjo da Paz. Rezem comigo".




Depois ajoelhou-se, inclinando-se até tocar o seu rosto no solo e rezou: 
"Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos! 
Peço-Vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam!" 
E disse esta oração três vezes. 
Quando parou, disse às crianças: "Rezem assim. Os corações de Jesus e Maria estão atentos à voz de suas súplicas". Ele deixou as crianças que começaram a dizer esta oração freqüentemente.
Na aparição final do anjo, ele trouxe-lhes um cálice o qual suspendeu no ar; por cima deste havia uma hóstia. Gotas de sangue caíam da Hóstia para o cálice. Antes de oferecê-lo a Lúcia, a única que tinha recebido a Primeira Comunhão, ele se prostrou na terra e disse:


"Santíssima Trindade,
Pai, Filho, Espírito Santo,
adoro-Vos profundamente
e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo,
presente em todos os sacrários da terra,
em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.
E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração
e do Coração Imaculado de Maria,
peço-Vos a conversão dos pobres pecadores."
Ele repetiu esta oração três vezes e ao parar, levantou a Hóstia e olhando-a disse: "Comam e bebam o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente insultado pelos homens ingratos. Façam reparação por seus crimes e consolem a Deus".
A primeira aparição de Nossa Senhora ocorreu no dia 13 de maio, quando a Virgem apareceu flutuando em uma nuvem, rodeada de uma luz brilhante e segurando um rosário. Ela disse aos pastorinhos: "Não tenham medo. Eu não lhes farei mal!" 
Lúcia perguntou à Senhora de onde era, ao que Ela respondeu: "Eu sou do céu". Depois disso, Lúcia perguntou-lhe o que queria deles. A Senhora replicou: "Eu venho pedir-lhes que venham aqui por seis meses consecutivos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois Eu lhes direi quem sou, e o que quero. Depois eu voltarei aqui pela sétima vez". 
Lúcia perguntou se ela iria ao céu, a Senhora respondeu-lhe, "Sim, sim irás". Depois perguntou se Jacinta e Francisco iriam também ao céu. A Senhora respondeu: "Também. Mas Francisco terá que dizer muitos rosários!"
Depois Lúcia perguntou-lhe sobre duas meninas que tinham morrido recentemente, e a Senhora respondeu de novo: "Vocês desejam oferecer-se a Deus, suportar todos os sofrimentos que Ele se compraz em enviar-lhes, como um ato de reparação pelos pecados pelos quais Ele é ofendido, e pedir pela conversão dos pecadores?" As crianças responderam: "Sim, sim desejamos". A Senhora então lhes disse que eles teriam que sofrer muito, mas que a Graça de Deus seria seu consolo.
Na aparição de julho, a Virgem disse às crianças: "Sacrifiquem-se pelos pecadores, e repitam com frequência, especialmente quando fizerem um sacrifício por eles: 'O Jesus, é por amor a Ti, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria' ".
Ela também confiou a eles três segredos muito importantes, que eles tinham que guardar até que Ela decidisse quando poderiam revelar. Também predisse dar-lhes um grande sinal no dia da futura aparição em outubro.
"Quando vocês rezarem o Rosário, digam depois de cada mistério 'Oh meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o céu, especialmente as que mais necessitarem da Tua Misericórdia' ".
Em 13 de outubro de 1917, Nossa Senhora apareceu às três crianças, que tinham reunido por volta de 70 mil pessoas que foram testemunhas do incrível fenômeno do sol. Nossa Senhora se manifestou com o título de "Nossa Senhora do Rosário".
Em 17 de outubro, O Dia, um jornal de Lisboa, reportou o seguinte: "À uma da tarde, meio-dia pelo sol, a chuva parou. O céu, com uma cor cinza-perolado, iluminava a vasta paisagem árida com uma luz estranha.
O sol tinha um fino véu transparente, viu-se girar e rodopiar no círculo das nuvens abertas. Um grito saiu de cada boca e as pessoas caíram de joelhos no chão pantanoso.
A luz tornou-se de azul formoso como se tivesse vindo através de vidros defumados de janelas de catedral e espalhou-se sobre as pessoas que estavam ajoelhadas com as mãos abertas. O azul se desvaneceu devagar e então a luz parecia passar através de um vidro amarelo. Manchas amarelas caíram sobre os panos brancos e sobre as saias escuras das mulheres. Também foram vistas nas árvores, nas pedras e na serra. As pessoas choravam e rezavam com as cabeças descobertas na presença do milagre que eles tinham esperado."
Outro grande jornal de Lisboa, o Século, mandou seu editor, Avelino de Almeida, ao local das aparições. Ele veio preparado para ridicularizar as aparições, entretanto isto foi o que ele reportou:
"Desde a estrada, onde os veículos estavam estacionados, estavam reunidas centenas de pessoas que não se atreviam a atravessar o pântano, podia-se ver a imensa multidão que olhava para o sol, o que parecia estar livre das nuvens e a pino. Parecia como uma placa de prata desbotada e era possível olhá-lo sem nenhum incômodo.
Poderia ter sido um eclipse que estava acontecendo. Mas nesse momento escutou-se um grande grito e podia-se escutar os espectadores mais próximos gritando: 'Milagre! Milagre!' Diante dos olhos atônitos da multidão, cujo aspecto era bíblico como se estivessem descobertos, ansiosamente buscando o céu, o sol tremeu, fez alguns movimentos incríveis fora de suas leis cósmicas — o sol 'dançou' — de acordo com as expressões típicas das pessoas."
O Doutor Joseph Garret, um professor de ciências da Universidade de Coimbra notou isto:
"Este não foi um relampear normal de um corpo celestial, porque o sol girou ao redor de si mesmo em um redemoinho louco, quando repentinamente o clamor foi escutado por todas as pessoas. O sol, rodopiando, parecia perder-se do firmamento e avançar ameaçador sobre a terra como se fosse esmagar-nos com seu grande peso abrasador. A sensação durante estes momentos era terrível."

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