quinta-feira, 18 de junho de 2009

Festa do Sagrado Coração de Jesus / Santa Juliana de Falconieri, Religiosa, Fundadora, 19 de Junho


O culto à humanidade de Cristo e ao Seu Coração, que sempre existiu na Igreja, sendo incrementado a partir das revelações privadas a Santa Margarida Maria Alacocque (1673-75), as quais despertaram entre os cristãos uma consciência mais viva do mistério do amor de Cristo.
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi reconhecida pela Igreja cerca de um século mais tarde: em 1765, o Papa Clemente XIII aprovou a Solenidade do Sagrado Coração e, em 1856, o Papa Pio IX inseriu-a no calendário da Igreja universal.
A devoção ao Coração de Jesus foi "um meio providencial" pra a renovação da vida cristã. Com efeito, certas doutrinas tinham desfigurado uma das verdades essenciais ao cristianismo - o amor de Deus para com todos os homens. Pela devoção ao Sagrado Coração, o Povo de Deus reagiu "contra uma concepção demasiado rigorista das relações entre Deus e o homem - concepção que, levada às últimas conseqüências, seria o renascer da idéia pagã de um Deus vingador e, portanto, a anulação da história da salvação e da incessante misericórdia divina" (Thierry Maertens).
Levando-nos a amar a Cristo e a compartilhar do Seu amor pelo Pai e pelos homens, a devoção ao Coração de Jesus leva-nos também a promover aquela solidariedade universal que é uma exigência da fraternidade. O mistério do Coração de Cristo torna-se, assim, o caminho para a plena libertação do homem, libertação tantas vezes procurada através de caminhos que só conduzem à degradação da mesma dignidade humana.
cf. Missa Popular Dominical , 1998



Santa Juliana nasceu em 1270 e morreu em 1341. Aos 14 anos recebeu o hábito da Ordem Terceira da Congregação dos Servitas, fundada por seu tio, Santo Alexis Falconieri. O hábito e mais tarde a profissão foram-lhe dados por São Felipe Benício, que veio a falecer pouco depois, não sem antes ter recomendado a Congregação à jovem freira.
Juliana dedicou-se com afinco à organização da Congregação. Em 1304, o papa Bento XI transformou a Congregação numa ordem religiosa, da qual Juliana se tornou Superiora. Apesar do cargo, procurava os serviços mais humildes. No convento, Juliana pôde dedicar-se à ascese espiritual, baseada numa vida de intensa oração e de constante penitência. Além disso, dedicava-se aos pobres e aos doentes, que curava ao contato com suas mãos.
Acometida por uma doença no estômago, no final de sua vida já não conseguia alimentar-se, nem mesmo receber a Eucaristia. Na hora da morte estendeu-se por terra com os braços em cruz e pediu que lhe colocassem a Santa Hóstia sobre o peito. Assim que foi depositada, a hóstia desapareceu misteriosamente e Juliana morreu, dizendo: "Meu doce Jesus". Ao ser preparada para a sepultura, encontrou-se sobre o seu coração a marca da hóstia como um selo, com a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse acontecimento, as religiosas da sua ordem trazem a imagem de uma hóstia no escapulário.

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