quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Beato Gonçalo de Lagos, OSA, 14 de Outubro



Nasceu por volta de 1360 na pequena cidade de Lagos, no Algarve. Era um pescador, filhos de pescadores. Quando visitava uma das igrejas agostinianas em Lisboa sentiu a chamada à vida claustral. No ano 1380 vestiu o hábito dos filhos de Santo Agostinho. Destacou-se desde o inicio pelo amor ao estudo, ainda que, devido à sua humildade de espírito, não quis aceitar o mestrado em Teologia.
Uma vez ordenado sacerdote, foi muito apreciado tanto pelas suas homilias como pela sua entrega ao trabalho pastoral e à salvação das almas. De maneira particular gostava muito de ensinar e transmitir as verdades de fé aos obreiros e às pessoas ignorantes. E ainda mais às crianças e aos adolescentes. Nomeado várias vezes prior - esteve à frente, inclusive, dos maiores e mais importantes conventos da província lusitana, como Lisboa e Santarém - deixou muitas marcas do quão importante para ele era o tema religioso e a observância da vida monástica. Apesar de um excelente calígrafo, miniaturista e compositor de cânticos sagrados, não era por isso que não desejava fazer outros trabalhos mais humildes como, por exemplo, o de enfermeiro, cozinheiro ou porteiro. O seu espírito de piedade foi exemplar, vivendo-o unido a um profundo sentido ascético.
Em 1412, foi eleito superior do convento de Torres Vedras, uma localidade próxima a Lisboa, onde permaneceu até ao final dos seus dias, desempenhando uma incansável atividade no campo pastoral e pedagógico. Eram muitas as pessoas que sentiam um afeto muito especial por ele.
Faleceu no dia 15 de Novembro de 1422 e foi sepultado na igreja conventual Virgem da Graça de Torres Vedras, onde hoje em dia podemos ver os seus restos. Já era venerado como santo durante a vida, mas após a sua morte o culto foi aumentando. O seu nome continua presente na mente dos portugueses, especialmente entre as gentes das cidades pelas que passou, que o invocam como protetor celeste das gentes do mar e padroeiro da juventude.
O seu culto foi confirmado pelo Papa Pio VI em 1778.

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