sábado, 7 de novembro de 2009

Beata Elisabeth (Isabel) da Trindade, 08 de Novembro


A beata Elisabeth da Trindade (nascida Elisabeth Catez), carmelita francesa, nasceu em 18 de julho de1880 e morreu em 9 de novembro de 1906. Foi beatificada em 25 de novembro de 1984, na Basílica de São Pedro, em Roma, pelo Papa João Paulo II.

Elisabeth Catez nasceu em Farges-en-Septaine (perto de Bourges, França). Quatro dias após seu nascimento, foi batizada. Mudou-se com sua família para Auxonne, em 1881. Dois anos depois, Elisabeth ganhou uma irmãzinha, Marguerite. Aos oito anos, confidenciou ao cônego Angles: “Eu vou ser religiosa”.
Em abril de 1891 ela fez sua Primeira Comunhão e, logo em seguida, em junho do mesmo ano, recebeu o Carisma (conforme era o costume naquela época). Inscreveu-se no Conservatório de Dijon, onde aprendia piano. Logo começou a receber prêmios de solfejos.



Elisabeth fez voto de castidade em 1894, enquanto esperava poder entrar para o Carmelo, o que ocorreu. no dia 2 de agosto de 1901, aos 21 anos de idade. Recebeu o hábito em 8 de dezembro do mesmo ano, adotando o nome de Elisabeth da Trindade. A moça relatava todas as suas experiências num diário. Em 21 de janeiro de 1903, recebeu o véu. No ano seguinte, compôs sua célebre oração “Ó meu Deus, Trindade que eu adoro”.


Durante seus anos no Carmelo, Elisabeth escreveu inúmeras cartas, assim como poemas e meditações, centradas notadamente na Trindade e no louvor.
Durante a Quaresma de 1905, a jovem religiosa começou a sentir os primeiros sintomas da Síndrome de Addison, uma insuficiência das glândulas supra-renais. Em 19 de março de 1906, Elisabeth deu entrada na enfermaria do Carmelo, onde passou a viver. Continuou escrevendo até a sua morte, em 9 de novembro daquele ano. Sua festa é comemorada todo dia 8 de novembro.

Ó meu Deus, Trindade que eu adoro
Ó meu Deus, Trindade que eu adoro, fazei com que eu me esqueça completamente de mim mesma para poder estabelecer-me em Vós, imóvel e pacífica como se minha alma já estivesse na Eternidade. Que nada possa perturbar minha paz, nem me afastar de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me conduza mais longe nas profundezas de Vossa Misericórdia. Pacificai minha alma, faça nela o Vosso Céu, Vossa querida morada e o lugar do Vosso repouso. Que eu jamais Vos deixe sozinho, que nela eu esteja por inteiro, bem acordada na minha fé, em total adoração, completamente entregue à Vossa Ação criadora.
Ó meu Cristo amado e crucificado por amor, eu queria ser uma esposa para o Vosso Coração, eu queria cobrir-Vos de glória, eu queria amar-Vos... Ao ponto de morrer de amor! Mas sinto minha impotência e peço-Vos para “revestir-me de Vós”, integrando minha alma a todos os movimentos da Vossa Alma, para me submergir, me invadir, substituir-me por Vós, a fim de que a minha vida seja somente uma irradiação da Vossa Vida.. Vinde em mim como Adorador, como Reparador e como Salvador.
Ó Verbo eterno, Palavra do meu Deus, quero passar minha vida a Vos escutar, quero fazer-me aprendiz a fim de tudo aprender Convosco. Então, atravessando todas as noites espirituais, todos os vazios, todas as impotências, quero olhar-Vos fixamente e permanecer sob a Vossa imensa Luz. Ó minha Estrela amada, fascinai-me para que eu permaneça para sempre sob o Vosso esplendor.
Ó Fogo ardente, Espírito Santo de amor, “fazei-Vos em mim” a fim de que aconteça, na minha alma, uma espécie de encarnação do Verbo: que eu seja para Ele uma humanidade na qual Ele renove o Seu Mistério. E Vós, ó Pai, inclinai-Vos sobre esta pobre criaturinha “cobrindo-a com a Vossa sombra”, vendo nela apenas o “Bem Amado no qual Vós pusestes todo o Vosso agrado”.
Ó meu Três, meu Tudo, minha Bem-Aventurança, Solidão infinita, Imensidão onde eu me perco, entrego-me a Vós como uma presa. Escondei-Vos em mim para que eu me esconda em Vós, esperando para ir contemplar, na Vossa Luz, o abismo da Vossa grandeza.

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel
gisele.pimentel@gmail.com

Fontes:

Nenhum comentário: