sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Beata Madalena Morano, 15 de Novembro


Nasceu em Turim / Itália, no dia 15 de novembro de 1847 e morreu em Catânia, na ilha da Sicília, em 26 de março de 1908, aos 60 anos. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 05 de Novembro de 1994.
Com a idade de oito anos, Madalena começou a trabalhar para ajudar no sustento da família após a morte de seu pai, Francisco, falecido vítima de uma pneumonia violenta, aos 51 anos. E justamente um mês depois, Francisca, a irmã mais velha, faleceu repentinamente, aos 17 anos. Era uma jovem trabalhadeira e era a grande auxiliadora na manutenção da família.
Grande foi o desalento da mãe, Catarina, que começou a ver um futuro sombrio e distante a enfrentar, e ainda com filhos muito pequenos. Madalena, com apenas 8 anos de idade, ficou impressionada com o choro contínuo da mãe e lhe disse: “Mamãe, não chore mais! Tenha coragem, eu vou crescer depressa e vou ajudar muito, muito, como papai e Francisca faziam. Eles estão no Paraíso e rezam por nós”.
Desde então, mesmo pequena, Madalena foi a grande força da mãe, ajudando e interessando-se por tudo da casa. Mas continuava a estudar e terminou o curso elementar. Em casa sentou-se no tear da irmã Francisca e com seus frágeis bracinhos, tecia dezenas de metros de cadarço e com a mãe, ia vender em Chieri. 
Com grande força de vontade continuou a estudar e conseguiu o diploma de professora de primeiro grau aos 17 anos. A Prefeitura de Montaldo, distante 12 quilômetros, ofereceu-lhe um melhor trabalho e melhor salário, dando-lhe também a hospedagem. A mãe ficou penalizada com a saída da filha, mas era necessário que tudo fosse acontecendo. Era a conquista de um sonho que já há muito continuava a bater em seu coração.
Como professora, seu interesse pela vida cristã de suas crianças e jovens despertou-lhe o desejo de ensinar também o valor da vida com Deus. Tudo isto povoou seu coração com idéias sublimes e positivas e o desejo de ser religiosa e tudo aumentava  a alegria de viver, se dedicando à educação das crianças e da juventude. Devido às obrigações familiares, Madalena não pôde satisfazer imediatamente os seus desejos e começou a ensinar numa escola rural em Montaldo. Foi, então, uma grande catequista e educadora em sua Paróquia durante 12 anos. Sua seriedade, unida à doçura de seus gestos, fez um grande bem e conquistou a confiança e estima de todos, pais e alunos.
Em 1878, já dona de si e tendo conseguido acumular um certo valor para cuidar de sua mãe, Madalena procurou Dom Bosco e se apresentou como candidata para ser Religiosa. A pouca conversa com o Santo da Juventude, já deu para ele sentir a força, o dinamismo e coragem daquela mulher excepcional que Nossa Senhora estava trazendo à Congregação.  
A sede central das Filhas de Maria Auxiliadora era em Mornese, pequeno povoado da diocese de Acqui. Foi acompanhada pelo seu irmão Pedro, já pai de família, e lá chegou justamente durante um retiro presidido por Dom Bosco. Madalena foi recebida por Maria Mazzarello, co-fundadora da Congregação.
Madalena já é Consagrada, é Salesiana e é enviada para a ilha da Sicília, em Trecastagni para dirigir um Instituto para moças, ao qual ela deu uma nova orientação inspirada nos princípios dos métodos salesianos. Seria uma terceira obra na ilha, e ela com verdadeiro ardor de educadora, começa sua missão com coragem, mesmo em terras nunca antes tendo visto. Em Catânia, Ir. Madalena ficou 4 anos e uma nova obediência a traz de volta para Turim, mas os acontecimentos se precipitam e ela deve retornar para Trecastagni e assumir a responsabilidade de todas as casas da Sicília. Com pulso corajoso e muito humano, era a mulher do otimismo, da vontade sólida e persistente.
A Sicília tornou-se seu segundo lar, onde ela fez vários e frutíferos apostolados, abrindo novas casas, criando atividades pós escolares, aulas de costura e estágio para professoras. Seu verdadeiro amor, entretanto, eram as aulas de catecismo, porque ela estava convencida que a formação de um cristão era a base da maturidade pessoal e da melhoria social. Assim coordenou as aulas de catecismo em 18 igrejas da Catania e treinou catequistas leigos e religiosos, para levar a mensagem de Cristo aos rapazes e moças.
Madre Morano passou 25 anos na Sicília e serviu sua comunidade como superiora local, demonstrando ser sempre uma mãe atenta, cuidando e guiando as muitas vocações locais  seguindo fielmente o carisma de Madre Maria Mazzarello, co-fundadora do Instituto. 
Palavras de João Paulo II à Congregação Salesiana, no dia da Beatificação de Madre Madalena Morano, em 5 de novembro de 1994: “Amados irmãos e irmãs, vossa antiga Igreja, a qual  recentemente, celebrou o 900° aniversário de sua Catedral como local de oração, é chamada hoje por circunstancias que servem para renascer a cidade, mobilizando energias que o Senhor constantemente renova nela, através  de incansáveis atividades a serviço do bem. Irmã Madalena Morano trabalhou  precisamente com isto em mente! Ela,  professora nata, veio para Turim, à cidade de Don Bosco, com o seu notável talento pedagógico e o seu amor a Deus e ao próximo. Na ilha da Sicília, Ir. Madalena fez uma intensa, frutífera e espiritual atividade educacional em benefício de seu povo. Por longos anos ela se transformou em uma de vocês, tornou-se um modelo de fiel serviço a Deus e aos seus irmãos e irmãs. Olhem para ela, fiel amada, o melhor para cumprir a missão apostólica e o projeto missionário com o qual  todos os membros da Igreja, na Catânia, estavam desejosos de  promover quando ouviam a voz do Espírito e concentravam os seus esforços do diligente discernimento do sinal dos tempos”.  

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