segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Santo Odo de Cluny, Abade (+1048), 04 de Janeiro

Conhecido também como Santo Odílio ou Santo Odilon. Nasceu em Auvergne, França em 962. Era de uma de uma família aristocrática de Mercoeur. Ele entrou para o monastério de Cluny ainda jovem e em 991 foi indicado como Abade. Odo tornou-se o quinto Abade do monastério de Cluny.
Durante 54 anos no ofício, ele trouxe outras casas para se afiliarem ao seu monastério e ficarem subordinadas as regras austeras da casa matriz e aumentou a número de fundações de 37 para 65. Ele deu grande suporte ao Abade Ricardo de Saint-Vanne para que fosse instituída a chamada Trégua de Deus (Treuga Dei) e para que ela fosse aceita em toda a França de modo que as hostilidades militares eram suspensas em certos dias como de Sexta a Segunda, no Advento e na Quaresma.
Esta medida tinha significado religioso e social visto que foi garantido santuário à aqueles que buscavam refúgio nas igrejas. São Odo efetivamente promoveu o Pactum Dei onde as pessoas e propriedades eclesiásticas eram protegidas dos ataques durante as várias hostilidades e guerras na Europa.
Em 998 (ou em 1031, de acordo com outras fontes) ele ordenou todas as casas de sua ordem a celebrarem no dia 2 de novembro, o dia da memória e de oração aos mortos e que ficou sendo o dia de Finados. Esse costume se alastrou em toda a Igreja Ocidental.
Embora ele fosse amigo de príncipes e papas ele era muito gentil e bondoso e conhecido por toda a cristandade como liberal e preocupado com o pobres, famintos e doentes e ficou famoso pela sua ajuda aos famintos na seca e fome de 1006 quando o tesouro de suas casas alimentaram os pobres e de novo na fome e praga de 1028 - 1033.
Segundo a tradição São Odo experimentou extasies e as vezes curava os doentes apenas com a sua benção. Era muito querido pelos seus contemporâneos. Fulbert Chartes chamava Odo de o “Arcanjo dos Monges”.
São Odo juntava seu caráter firme com gentileza e bondade, e possuía notável senso organizacional e grande habilidade de reconciliar inimigos. Ele promoveu o espírito de ajuda entre os monastérios e tentou acabar com os abusos e disputas. Ele promoveu também o espírito de unidade entre as suas casas e a Santa Sé.
Os seus sermões favoritos eram sobre os mistérios da encarnação de Jesus durante o Natal e por isso ele teve a premonição que morreria, muito apropriadamente, na oitava do Natal e foi exatamente o que aconteceu.
Ele também escreveu bastante sobre o papel da Virgem Maria e os trabalhos sobre Maria, de São Bernardo são muito influenciados pelos escritos de São Odo.
Ele fazia sempre viagens de inspeção aos seus monastérios e numa destas viagem, já muito doente, veio a falecer em Souvigny com cerca de 86 anos no dia 1° de janeiro.
Na arte litúrgica da Igreja São Odo é representado como um Abade Beneditino com uma caveira e dois ossos cruzados aos seus pés. Por causa da instituição do Dia de Finados, às vezes é mostrado dizendo a missa com a porta do Purgatório aberta ao seu lado, ou às vezes com anjos liberando almas do fogo do Purgatório. Ele é invocado como padroeiro das almas no Purgatório e contra a icterícia.

Fontes: 

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