domingo, 9 de maio de 2010

Beato Enrique Rebuschini, Religioso dos Clérigos Regulares Ministros dos Enfermos (Camilianos), Sacerdote (+1938), 10 de Maio

Nasceu em Gravedona (região do Como, Norte da Itália) em 28 de abril de 1860. Desde a juventude foi introduzido no mundo do comércio, ao qual Enrico não conseguia se adaptar, chegando mesmo a ter repugnância pelas atividades comerciais. Inscreveu-se no colégio lombardo em Roma e estudou Teologia na Universidade Gregoriana.
Aos 26 anos, sofreu sua primeira crise depressiva, retornando à casa paterna, onde permaneceu oito meses em silêncio. Durante esta crise, Enrico aprendeu a confiar mais na infinita bondade e misericórdia de Deus que em seus próprios méritos, forças e perfeccionismo. Aos 29 anos foi ordenado sacerdote camiliano (da Ordem de São Camilo de Lélis) e quando, aos 35, o nomearam vice-mestre dos noviços e Professor de Teologia, o fantasma da depressão reapareceu. Então, os Superiores decidiram enviá-lo ao hospital civil de Verona como capelão, onde Padre Enrico reencontrou a serenidade e o equilíbrio.
Durante 32 anos, Padre Enrico trabalhou generosa e incansavelmente junto a seus enfermos, inicialmente em Verona e, logo depois, em Cremona. Como obras de caridade, ele organizou o voluntariado no hospital e visitas em domicílio; foi tesoureiro da clínica e Superior em várias ocasiões ao longo de doze anos, sem conhecer maiores problemas.
Durante a “noite escura” de suas crises depressivas, Padre Enrico via como única luz o valor do serviço ao enfermo, “até morrer por ele”. Empenhava-se em sublimar-se no amor de Deus, até o limite de suas forças:  “Vivo porque é Jesus quem vive em mim, Ele que é a caridade e a luz junto à aptidão para o serviço destinado não a mim, mas ao próximo, para a glória do Coração de Jesus, e elevo os olhos apenas para ver nos enfermos o templo de Jesus: eu, Seu servo e escravo, oro incessantemente por eles, por quem entrego meu coração, como fazia o Senhor Jesus. Desejo que todo o meu ser seja consumido para que meus próximos se unam a Deus, desejo fazer por eles cada uma das minhas com o máximo fervor possível.
Padre Enrico foi um capelão heróico nas suas atividades quotidianas, um religioso sempre fiel a Deus a aos próximos a ele confiados; distinguiu-se quando o hospital de São Camilo de Cremona, durante a I Guerra Mundial, tornou-se hospital militar, acolhendo muitos jovens soldados feridos que vinham das frentes de batalha.
Aos 78 anos de idade, Padre Enrico começou a perder as forças, e escreveu a respeito. Um breve resfriado se transformou numa broncopneumonia. Pediu então o Óleo dos Enfermos, o perdão de todos e que rezassem por ele. Na mesma noite recebeu também a Sagrada Eucaristia. Logo entrou em oração, tendo os braços cruzados sobre o peito, e nesta posição morreu, em 10 de maio de 1938. Foi beatificado em 4 de maio de 1997 pelo Papa João Paulo II. 

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel

Ver também: São Damião de Veuster, Apóstolo dos Hansenianos

Fontes:

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