quinta-feira, 10 de junho de 2010

Nossa Senhora do Sameiro / São João de Sahagún, Apóstolo de Salamanca (+1479), 12 de Junho

Em 14 de Junho de 1637, o então Arcebispo de Braga jurou solenemente defender o privilégio da Imaculada Conceição da Virgem Nossa Senhora, mais de duzentos anos antes de a Igreja definir o seu dogma. Na mesma data de 1863, foi benzida e lançada a primeira pedra de um monumento em honra de Maria Imaculada, no alto do monte Sameiro, sobranceiro à cidade. O monumento era um amplo quadrado com uma coluna encimada por uma bela estátua de mármore da padroeira.
Só em Agosto de 1880 foi benzida uma capela, junto ao monumento, que receberia a imagem que ainda hoje lá se venera, esculpida em Roma e benzida pelo Papa Pio IX.
O atual templo, que alberga a mesma imagem, foi iniciado dez anos depois e elevado por Paulo VI à categoria de Basílica.
Dos finais do século XIX ao primeiro quartel do século XX, o Sameiro aparece como “centro de convergência de orientação e de apoio de todas as forças católicas da Nação contra o indiferentismo, o liberalismo e a perseguição religiosa reinante”. Pólo de grandes peregrinações, só em 1955 entraram no Sameiro mais de um milhão de pessoas. Por outro lado, acarinhado por vários Papas, a partir de Pio IX, o santuário foi visitado em 1982 por Sua Santidade João Paulo II e a ele dedicou o monumento ao Papa Peregrino.
A festa da Senhora do Sameiro foi fixada em 12 de Junho, dia em que S. Pio X coroou oficialmente a imagem de Nossa Senhora da Conceição.



São João de Sahagún
João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagún, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da Abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.
O Arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e, depois, cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a Missa diariamente, ministrando o Sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Esta era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca nesta cidade.
Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade se dividiu em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".
O seu fervor ao celebrar o Santo Sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isto passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.
Em 1463 ele foi acometido de uma doença muito grave. Nesta ocasião decidiu que depois de curado entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho em Salamanca. Conhecido como João de Sahagún, logo foi o noviço sênior enquanto continuava a pregar em público, tornado seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.
Consta que durante uma de suas pregações condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.
Chamado de Apóstolo de Salamanca, foi eleito Prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora destes cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, abandonou-a para voltar à vida familiar cristã.
João de Sahagún morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte, as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado Santo pela Igreja em 1690. A cidade de Salamanca considera São João de Sahagún um dos seus padroeiros.

Ver também: Beato Ludovico Mzyk

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20100612&id=11514&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=75765&language=PT&img=&sz=full

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