segunda-feira, 28 de junho de 2010

Santas Salomé e Judite, Monjas (+Século IX), 29 de Junho

Foi em meados do Século IX que Judite, filha do rei da Inglaterra decidiu abraçar a fé cristã na prática da solidão e intensos  sacrifícios por amor a Nosso Senhor.
Tudo começou quando Salomé, parenta próxima do rei, decidiu oferecer a Deus o seu amor, abandonando a corte real. A sua formosura era o reflexo das belas  virtudes que lhe adornavam a alma.  Duas  empregadas dedicadas e fiéis, notando na senhora mudança muito grande, e querendo saber os motivos  de seu recolhimento, interpelaram-na. Salomé, com suas santas argumentações, acabou despertando nelas igual desejo de  pertencer só a Deus e de se afastarem do mundo. De comum acordo e sem se despedirem de  pessoa alguma, empreenderam uma viagem à Terra Santa, onde, com muita devoção, visitaram os  Santos Lugares. 
Salomé, que acompanhava o Divino Esposo no caminho da dor até o Monte Calvário, teve de percorrer ainda outro caminho, ainda mais doloroso para ela. Na viagem de regresso perdeu, pela morte, as fiéis  companheiras.  Firme, porém,  era-lhe o propósito de  não voltar mais  à corte real  da  Inglaterra, e levar uma vida pobre e desconhecida no estrangeiro.
Com  muitas dificuldades chegou a Ratisbona, na Baviera (Alemanha), onde se aborreceu  profundamente por causa de alguns galanteios à sua formosura. Humilhando-se diante de Deus, em fervorosas preces pediu que lhe tirasse  os atrativos tentadores. Esta oração foi ouvida.  Acometida de  uma enfermidade, em poucos dias perdeu a vista. Além da cegueira, Deus mandou-lhe uma doença que  se  parecia com a lepra e que a atormentou por algum tempo. Hospedada em casa de uma piedosa  senhora, lá poderia ter ficado, se o desejo insaciável de penitência não lhe tivesse reclamado constantemente uma vida mais retirada. O abade de Niederaltaich, tendo notícia da vida santa de Salomé, convidou-a a mudar de residência para perto do convento. Salomé obedeceu à ordem de seu diretor espiritual e  foi ocupar a  cela que o mesmo mandara construir  para seu  uso, nas adjacências do mosteiro. 
O rei da Inglaterra, alarmado com a excessiva demora da parenta, fez repetidas buscas para descobrir-lhe o paradeiro. A Princesa Judite, sua filha, que tinha enviuvado, resolveu ir à Terra Santa, para onde levou grande equipamento, animada de esperança de encontrar a querida Salomé. Na volta, passando pela Baviera, descobriu  o lugar onde ela morava. Grande foi o contentamento de ambas. Mas, em vez de voltar à Inglaterra, resolveram terminar  seus dias na solidão, servindo a Deus em oração e praticando penitência.  

Reflexões:
Se não podemos imitar Santa Judite e Santa Salomé no heroísmo e sair também da nossa pátria para, no estrangeiro, dedicarmos a Deus uma vida de sacrifícios e de oração, devemos admirar a prontidão com que seguiram a inspiração que do Céu lhes veio de abandonar tudo e  morrer  na solidão. Achando-nos, como nos achamos, no caminho da eternidade, cuidemos de não nos afastar do caminho reto e não nos perder, no meio de perigos e contrariedades. Louvável, se não sempre exeqüível, é o desejo de visitar os Santos Lugares da Palestina. Na Santíssima Eucaristia temos mais que os Santos Lugares. Cada Comunhão confere-nos maiores graças que a visita aos lugares da Terra Santa. O Santíssimo Sacramento é Deus Nosso Senhor em pessoa; Nele encontramos a Carne, o Sangue, a humanidade e a divindade, o corpo e a alma de Jesus.  

Ver também: São Pedro e São Paulo, Apóstolos

Fontes:
Referência bibliográfica: Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas  Gerais, 1959.  
http://www.paginaoriente.com/santos/judite2906.htm

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