sexta-feira, 23 de julho de 2010

Santa Cristina, Mártir (+ por volta do ano 300 d.C.), 24 de Julho

Cristina era uma criança de dez anos ; todavia, foram necessários três tiranos sucessivamente para fazê-la morrer, pois os dois primeiros foram vítimas da própria crueldade. O pai de Cristina era um governador romano chamado Urbano, homem muito ligado ao culto dos falsos deuses. Cristina, inspirada pelo Espírito Santo, após ter seu coração aberto à fé cristã, retirou de sua casa todos os ídolos de ouro e de prata que seu pai adorava, quebrou-os e deu-os aos pobres cristãos. Ao saber desta novidade, a cólera de seu pai foi imensa: Cristina foi esbofeteada, açoitada, dilacerada com garras de ferro.
Em meio a essas torturas, a heróica criança conservou a paz de sua alma e recolheu os pedaços de sua carne para apresentá-los ao seu pai. O suplício da roda e o do fogo foram-lhe inofensivos. Em seguida, um anjo foi até a prisão onde estava Cristina para curar-lhe as feridas. Seu pai tentou um último esforço: mandou jogá-la no lago vizinho com uma pedra amarrada ao pescoço, mas um Anjo reconduziu-a sã e salva às margens. Este novo prodígio irritou de tal forma seu pai que, no dia seguinte, ele foi encontrado morto em seu leito.
Um novo governador herdou sua crueldade. Mandou então que mergulhassem Cristina numa banheira de óleo fervente com breu; mas ela fez sobre si o sinal da Cruz e não sentiu os tormentos deste suplício. Após novas torturas, conduziram-na ao templo de Apolo. Assim que ela entrou ali, o ídolo se estilhaçou em mil pedaços, e o tirano caiu morto, fulminado. De uma só vez, três mil pagãos se converteram à fé cristã.
A corajosa mártir teve que se apresentar diante de um terceiro juiz, que quis vingar a vergonha e a morte de seus dois predecessores jogando a jovem mártir numa fornalha ardente, onde ela permaneceu durante cinco dias sem nada sofrer. Os carrascos, então, deixaram Cristina aprisionada em meio a inúmeras víboras, que não lhe fizeram mal algum. Cortaram-lhe a língua sem que ela perdesse a capacidade de fala. Enfim, amarrada a um poste, Cristina foi perfurada por flechas.

Abade L. Jaud, Vida dos Santos para todos os dias do ano (Vie des Saints pour tous les jours de l'année), Tours, Mame, 1950.

Tradução e Adaptação :
Gisèle Pimentel

Ver também: Beatas Maria Pilar, Teresa e Maria Ángeles

Fontes:

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