quinta-feira, 8 de julho de 2010

Santa Verônica Giuliani, Religiosa, Mística (+1727), 09 de Julho

Santa Verônica Giuliani nasceu em 27 de dezembro de 1660 em Mercatello sul Metauro, na província de Pesaro et Urbino, atualmente Marche, e morreu em 9 de julho de 1727 em Città di Castello, na província de Perúgia, na Úmbria. Verônica Giuliani é uma santa mística e uma das grandes representantes italianas do período barroco da espiritualidade da Paixão.

Biografia
§   1660-1664: Verônica nasceu em Mercatello sul Metauro, cidadezinha do ducado de Urbino, atualmente no Marche. Foi batizada com o nome de Úrsula. Quinta e última criança do casal Giuliani, foi uma menina muito “mimada” por seu pai e suas irmãs mais velhas. De um temperamento forte, ela soube logo tirar proveito desta predileção. Sua mãe morreu quando a pequena tinha apenas quatro anos.
§   1664-1677 : A família de Verônica (Úrsula) é muito cristã, e a alma da menininha não demora a se abrir à divina Presença. Diante de alguns quadros religiosos que havia em sua casa, ela conversava com o Menino Jesus, e vinha freqüentemente brincar com Ele. A menina ficava muito tocada com a narrativa da vida dos ascetas e, sobretudo, da vida de Santa Rosa de Lima. Úrsula sonhava igualar-se a esses gigantes da vida de penitência. Sonhava também aprender a oração silenciosa, à qual se entregava enquanto meditava os mistérios da Paixão de Jesus Cristo. Esta orientação foi determinante para a sua espiritualidade. A criança se sentia também intensamente atraída pela Eucaristia e, aos dez anos de idade, obteve a autorização para fazer a sua Primeira Comunhão. Esta seria, para ela, uma experiência inesquecível, e o início do seu desejo de tornar-se religiosa. Aos dezessete anos, Úrsula recebeu de seu pai a permissão para entrar no Convento das Clarissas de Città di Castello, na Úmbria.
§   1677-1681 : Primeira etapa de sua vida religiosa. Úrsula adota o nome religioso de verônica e logo inicia uma vida de intensa penitência. Ela precisa aprender a se adaptar à vida conventual. É preciso que ela supere, especialmente, a incompreensão de seus confessores. Aprende, assim, a ter somente um Mestre como Guia: o próprio Jesus Cristo.
§   1681-1697: É o período das grandes graças místicas. Em 1688, com apenas 28 anos, Verônica foi nomeada Mestra das noviças, cargo que conservou quase ininterruptamente até o fim de sua vida. Em 1694, Verônica viveu a experiência das Núpcias Místicas. Dois anos mais tarde, Jesus feriu terrivelmente seu coração com uma flecha (este ferimento sangrava de forma manifesta).
§   Em 5 de abril de 1697, Verônica recebeu a graça dos estigmas nas mãos, nos pés e no lado (peito). Ela conta em seu Diário que “das chagas de Jesus saíram raios de fogo”: quatro tomaram o aspecto de cravos (pregos) e a quinta, a forma de uma ponta de lança cintilante (o ferimento do lado). Ela escreveu: “Eu senti uma dor terrível, mas ao mesmo tempo eu compreendi claramente que eu acabara de ser inteiramente transformada em Deus.” As marcas dos estigmas permaneceram visíveis durante três anos, tempo correspondente aos exames realizados na religiosa pela Santa Sé. Ao fim das pesquisas, ela foi restabelecida em todos os seus direitos e na sua liberdade de ação. Ficou conhecido, então, o alto grau da sua santidade.
§   1697-1716 : Trata-se, para Verônica, de uma nova etapa de purificação e de progresso espiritual. Desde então, a espiritualidade da Paixão ocupa todos os espaços de sua vida e o desejo do Céu torna-se a única razão da sua vida.
§   1716-1727 : Verônica torna-se abadessa de seu mosteiro e assim continuará até a sua morte, que ocorre em 9 de julho de 1727. Suas últimas palavras foram: “O Amor Se deixou encontrar! Esta é a razão da minha languidez. Diga isso a todas: eu encontrei o Amor!” O bispo local imediatamente deu início ao processo informativo em vista da sua beatificação. Data de 1728 a primeira biografia da santa.
§   Verônica foi beatificada em 17 de junho de 1804 e canonizada em 26 de março de 1839. A Igreja celebra sua festa em 9 de julho, aniversário de sua morte.
§   Em obediência às ordens dos seus confessores, durante 33 anos ela redigiu o seu Diário. Trata-se de um registro monumental que conta 22 mil páginas manuscritas. Este texto permaneceu inédito até o fim do Século XIX.

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel

Ver também : Madre Paulina

Fontes :

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