segunda-feira, 19 de julho de 2010

Santo Apolinário, Bispo, Mártir († 87 d.C.), 20 de Julho

Santo Apolinário foi de Antioquia a Roma com São Pedro, onde foi ordenado pelo Príncipe dos Apóstolos. Em seguida, foi enviado a Ravena para lá pregar a fé. Sua primeira obra, ao chegar àquela cidade, foi a de devolver a visão ao filho de um soldado ao qual ele havia pedido abrigo; alguns dias depois, curou a mulher de um tribuno, que padecia de uma doença incurável. Isso foi o suficiente para causar a conversão de um grande número de pessoas, e logo formou-se na cidade uma cristandade florescente. Traduzido diante do governador pagão, Apolinário pregou Jesus Cristo, desprezou o ídolo de Júpiter e viu-se expulso da cidade pelo furor popular, que o deixou semi-morto.

Após algumas pregações nos países vizinhos, Apolinário retornou a Ravena e foi à casa de um nobre patrício que havia mandado chamá-lo para curar sua filha, que estava à morte. Mas o apóstolo só apareceu no momento em que a doente deu o último suspiro. Chegando perto do leito fúnebre, o santo dirigiu a Deus uma fervorosa oração: “Em Nome de Cristo, minha jovem, levanta-te”, disse ele, “e confesse que não há outro Deus além d’Ele!” A moça levantou-se, cheia de vida, e exclamou: “Sim, o Deus de Apolinário é o Deus verdadeiro!” Em seguida a este novo prodígio, trezentos pagãos se converteram e receberam o batismo, a exemplo da moça e de seu pai.
Mas o sucesso cada vez maior do cristianismo em Ravena logo desencadeou novas perseguições contra o apóstolo de Jesus Cristo. Ele precisou submeter-se a um novo interrogatório, que serviu apenas para avivar ainda mais a sua coragem e a dar-lhe ocasião de explicar os mistérios da nossa fé. Apolinário teve que sofrer os mais atrozes suplícios, a flagelação, o cavalete, o óleo fervente, depois os horrores da fome numa prisão infecta. Mas Deus se encarregava de alimentá-lo através de Seus anjos. Os carrascos o exilaram na Ilíria. Este exílio deu-lhe condições de pregar a fé a novos povos e de espalhar, assim, a luz do Evangelho. A perseguição o reconduziu a Ravena após três anos de ausência.
Esta foi a última etapa de sua vida. Apanhado assim que desembarcou, Apolinário assombrou seus perseguidores ao fazer desabar, com apenas uma oração, o templo de Apolo. Devolveu a visão ao filho do seu juiz, dizendo-lhe: “Em Nome de Jesus Cristo, abra os teus olhos e veja!” Uma multidão de pagãos se converteu à fé cristã; mas a raiva dos corações endurecidos apenas cresceu e logo Apolinário coroou sua vida com um martírio glorioso.

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel

Ver também: Profeta Elias

Fontes:
Abade L. Jaud, Vida dos Santos para todos os dias do ano (Vie des Saints pour tous les jours de l'année), Tours, Mame, 1950.
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=FR&module=saintfeast&localdate=20100720&id=13987&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=39794&language=FR&img=&sz=full

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