sábado, 14 de agosto de 2010

São Tarcísio, Mártir (Início da Era Cristã) / Santo Estanislau Kostka, Estudante Jesuíta (+1568), 15 de Agosto

            São Tarcísio

No tempo de Santa Inês vivia em Roma um menino chamado Tarcísio. Era coroinha e ajudava o Sacerdote na Santa Missa. Certo dia, o sacerdote procurava um homem de confiança para levar a Santa Comunhão aos encarcerados. Tarcísio ofereceu-se. Mas o sacerdote, olhando para ele, disse: “És criança ainda, Tarcísio, e não sabes desempenhar esta santa missão.” O menino retrucou: “Sou menino ainda, tanto melhor, porque de mim, ninguém desconfiará, podendo de tal maneira, me aproximar de nossos irmãos encarcerados. E, também, sei guardar as Santas Hóstias e nunca as entregarei aos pagãos.”
O sacerdote, conhecendo o grande amor de Tarcísio por Jesus, e admirado do seu argumento, colocou algumas partículas sobre uma toalhinha de linho branco, dobrando-a cuidadosamente e o entregou. Recebeu ele as Santas Hóstias com grande respeito e segurando-as sobre o seu peito, as cobriu com as mãos, cuidadosamente. Como se sentiu feliz em colocar o seu Jesus junto a seu peito!
Andava assim pelas ruas em busca de irmãos encarcerados, quando de repente, outros meninos o chamaram para brincar, pois faltava um para completar a brincadeira. Tarcísio desculpou-se, dizendo ter pressa. Um rapaz atrevido pegou-o pelo braço e quis forçá-lo. Tarcísio resistiu. Entretanto, perceberam que ele segurava algo contra o peito. Curiosos perguntaram-lhe o que era. Não atendendo às suas exigências, fizeram violência para lhe arrancarem o segredo.
Nesse ínterim, passaram por ali várias pessoas e ouvindo o que se tratava, disse uma delas: “Leva consigo o Deus dos cristãos”. Então, os rapazes caíram sobre o pobre menino para lhe arrancar à força as Santas Hóstias. Mas, Tarcísio segurava com tanta firmeza o seu tesouro, que força alguma conseguiu arrancá-lo.
Encolerizados, espancaram e maltrataram Tarcísio sem piedade. Exausto e quase morto, segurava as Santas Hóstias com força, sobrenatural. Neste instante, passou um soldado, alto e robusto que era também cristão. Percebeu o que se passava. Com a mão forte, dispersou os malvados, tomou Tarcísio sobre seus braços e levou-o ao sacerdote.
No caminho, morreu nos braços do soldado. O sacerdote recebeu-o com grande veneração. Tirou com facilidade as Santas Hóstias, tão heroicamente defendidas pelo pequeno mártir, e, beijou, por entre lágrimas, as mãos deste santo herói, que tinha derramado seu sangue em defesa de Jesus Hóstia.
“Ó meu Jesus, ninguém vos tirará do meu coração”.

Leituras Eucarísticas – extraído do livro: Leituras Eucharisticas – 1935 da Ed. Vozes – Frei Mariano Wentzen , cedido pela amiga Geralda Maia de Caxambu- MG
Contribuição de Lourdinha Salles e Passos – Paróquia São Francisco Xavier – Niterói – RJ
Página- 24 – Leituras Eucharisticas

Santo Estanislau Kostka
Pertencia a uma das mais nobres e ricas famílias da Polônia e estudava em Viena, em companhia de um irmão mais velho. Convidado a ingressar na Companhia de Jesus pela própria Santíssima Virgem, encontrou grandes dificuldades para responder ao chamado. Seu pai, embora católico, opôs-se inabalavelmente à vocação religiosa de Estanislau. Em Viena, o provincial da Companhia dispôs-se a admiti-lo, desde que ele fosse autorizado pelo pai, pois era menor de idade.
Conhecendo a obstinação paterna, Estanislau compreendeu que nunca obteria a sua autorização. Aconselhou-se então com o Pe. Francisco Antônio, jesuíta português que era confessor da imperatriz, e fez um voto heróico: o de peregrinar pela Terra inteira, se necessário fosse, até encontrar uma casa da Companhia de Jesus que o quisesse aceitar sem a licença do pai. Fugiu ocultamente de Viena e caminhou a pé 700 km, despistando o irmão que o perseguia, à procura de São Pedro Canísio, superior dos jesuítas da Alemanha. 
Este acolheu-o com bondade e encaminhou-o para Roma, com uma carta de recomendação a São Francisco de Borja. Mais 800 km Estanislau caminhou a pé, até a Cidade Eterna. Lá, teve a alegria de ser aceito como noviço da Companhia, mas permaneceu nessa condição somente 9 meses, pois morreu, como desejava, na festa da Assunção de Nossa Senhora do ano de 1567. Não chegou a completar 17 anos de idade.
Fontes:
http://www.universocatolico.com.br/index.php?/o-martir-da-eucaristia-sao-tarcisio.html
http://grupodecoroinhasnsc.wordpress.com/padroeiros/

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