domingo, 26 de outubro de 2008

Beato Vicente Grossi, Fundador, 7 de Novembro



Vicente Grossi era pároco, fundador das Filhas do Oratório, beatificado por Paulo VI, em 1975, no dia de Todos os Santos. Nasceu em 9-3-1845 em Pizzighettone (diocese de Cremona, na Itália), como o penúltimo filho entre sete. Em 4-11-1864 entrou no seminário diocesano de Cremona, depois de ter realizado os estudos, que hoje chamaríamos de 1º e 2º graus, junto com a sua família. Foi ordenado sacerdote em 22-5-1869, tendo feito um curso de 5 anos e meio de seminário maior, conforme costume da época. Como sacerdote, foi designado para as reitorias de algumas igrejas nos quatro seguintes. Reitoria de igrejas era o cuidado pastoral de igrejas abertas ao público, mas não eram paróquias. Em 1873 foi nomeado pároco de Regona.
Vicente havia crescido numa família modesta, filho do povo e amante da sua condição e de todos os que a partilhavam. Para ajudá-los deu início, na paróquia de Regona, a uma nova congregação religiosa, a das Filhas do Oratório, despretensiosa obra que agrupava algumas moças desejosas de ajudar aos mais necessitados. Dez anos depois de ter sido empossado nessa paróquia, foi transferido, em 1883, para a paróquia de Vicobellignano, onde permaneceu até a data de sua morte, ocorrida em 7-11-1917.
A sua modesta e despretensiosa congregação sobreviveu à sua morte e em 1983 contava com 59 casas e 455 religiosas. Apesar dessa aparentemente modesta vida de obras, Pe. Vicente Grossi representa todo um exército de humildes sacerdotes dedicados à cura de almas, sem maiores pretensões do que se santificarem, santificando as pessoas a eles confiadas.

(Cf PALACÍN S.J., Carlos; PISANESCHI, Nilo. Santo nosso de cada dia, rogai por nós!, São Paulo: Loyola, 1991)

Fontes:
http://santiebeati.it/immagini/Original/76650/76650.JPG

São Leonardo de Noblac, 6 de Novembro




Leonardo de Noblac (ou de Noblat), nascido no Século V, ao tempo do reinado do imperador Anastácio I, na região da Gália, situada ao norte de Loire, foi um nobre franco, afilhado do Rei Clóvis, convertido ao Cristianismo, juntamente com o rei, no Natal de 496.
Por ser descendente da antiga linhagem dos reis francos estava destinado a ocupar um alto posto junto dos nobres guerreiros, mas recusou-o e consagrou a sua vida ao serviço de Deus. São Remígio deu-lhe a tonsura eclesiástica diaconal pelo bispo de Orléans, sob proposta de São Maximino. Foi-lhe oferecida pelo rei a dignidade episcopal, mas Leonardo recusou e pediu-lhe que lhe concedesse autorização para visitar os presos do reino e libertar quantos quisesse. Mercê que lhe foi concedida. e foi ordenado
Depois de converter e libertar os presos do norte tomou o caminho do sul. Ao chegar ao Limosino foi detido pelo exército do rei da Aquitânia, que lhe falou da rainha que se encontrava em trabalhos de parto havia cinco dias. Logo que Leonardo orou, ela pôs o prisioneiro que retinha no seu seio em liberdade. Como recompensa foram-lhe dados terrenos na Floresta de Pauvan, onde foi construída uma capela, dedicada a Nossa Senhora, e mais tarde um mosteiro a que Leonardo deu o nome de Noblac. Curiosamente, a cidade que se foi gradualmente formando ao seu redor herdou também o seu nome, Saint-Léonard-de-Noblat na Haute-Vienne, e é atualmente Patrimônio Mundial da UNESCO, atravessada também por um dos muitos caminhos de Santiago[1].
Morreu a 6 de Novembro, em Noblac. Hoje continua a ser patrono dos presos e das parturientes.

1.  UNESCO: As Rotas de Santiago de Compostela na França

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Leonardo_de_Noblac
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/13/Saintleonardmaitredesantospirito.jpg

Santos Zacarias e Isabel, 5 de Novembro


Zacarias e Isabel foram os pais de João Batista, o Precursor de Jesus. O nome hebraico "Zacarias" significa "Deus lembrou". É um nome bastante popular na Bíblia. Zacarias era sacerdote. Servia no templo quando o anjo do Senhor lhe anunciou o nascimento de seu filho, João (Lucas 1, 10ss.). Como duvidasse, ficou mudo até o nascimento da criança. Quando João Batista nasceu, Deus desatou-lhe a língua, e Zacarias prorrompeu num cântico de alegria (Benedictus, Lucas 1, 59-69).
Santa Isabel era parente de Nossa Senhora. Concebeu na sua velhice e, maravilhada pela obra de Deus em seu coração, Isabel não cansava de dizer: "Eis o que o Senhor fez por mim, nos dias em que ele se dignou tirar-me da humilhação pública" (Lucas 1, 24ss.).
Zacarias e Isabel representam todos os pobres e oprimidos, que depõem sua confiança em Deus. O Deus que faz as estéreis conceberem e tornam seus filhos profetas da libertação. A humilhação a que eram submetidos por causa da esterelidade e da velhice torna-se motivo de grande alegria e de louvor ao Deus de Israel.

(Cf. ALVES, José Benedito. Os Santos de cada dia, São Paulo, Paulinas, 1998)

Fontes:
http://www.tradicioncatolica.com/index.php/2007/11/05/5-de-noviembre-san-zacarias-y-santa-isabel/

São Carlos Borromeu, 4 de Novembro


São Carlos Borromeu nasceu em Arona, Lombardia, no dia 2 de outubro de 1538. Em 1559 formou-se em Direito Civil e Direito Canônico. O Papa Pio IV (1559-1565) era seu tio, o que favoreceu sua elevação a cardeal e arcebispo de Milão, quando tinha apenas 22 anos e nem era sacerdote ainda. Além disso, era também secretário particular do papa, tudo isso devido mais ao nepotismo que às suas qualidades e competência.
Foi, entretanto, justamente por meio desse jovem que as reformas tridentinas serão impostas à Igreja. Seminários foram criados, a pastoral foi renovada, organizações apostólicas tiveram grande incremento. O povo começou a ser doutrinado e instruído nas verdades da fé. O apostolado da imprensa e dos leigos começou a se desenvolver. São Carlos Borromeu foi um pastor exemplar. Sempre esteve ao lado do povo, especialmente nos momentos mais difíceis. Durante os anos 1576-1577, quando a peste assolava a cidade, saía em procissão pelas ruas com uma corda no pescoço e uma cruz às costas, implorando a misericórdia de Deus.
Morreu em 4 de novembro de 1584, com apenas 46 anos de idade. No seu túmulo está inscrito: "Carlos, cardeal com o título de São Praxedes, arcebispo de Milão, que implora o socorro das orações do clero, do povo e dos devotos em geral, escolheu esta tumba, quando em vida."

(Cf. ALVES, José Benedito. Os Santos de cada dia, São Paulo, Paulinas, 1998)

Fontes:

Beato Ruperto Mayer, Apóstolo de Munique, 3 de Novembro


Padre Ruperto Mayer durante sua prisão em Landsberg, em Lech, 1938.
Reprodução: Arquivos do Jornal da Igreja de Munich, Gustl Tögl.

Ruperto Meyer nasceu em 1876, em Stuttgart, Alemanha. Fez seus estudos no seminário local e foi ordenado em 1899. Ingressou em 1900 no Noviciado de Feldkich, Áustria.
Como a Companhia estava proibida na Alemanha, realizou seus estudos no exterior e, terminados estes, ocupou o cargo de sócio do mestre de noviços. Posteriormente encarregou-se da pastoral dos imigrantes em Munique, onde exerceu seu apostolado em ambiente anti-clerical e em meio as guerras e crises alemãs. Destacou-se no trabalho com os mais pobres e na força da pregação. Foi diretor das Congregações Marianas. Perdeu a perna esquerda quando atuou como capelão militar mas não se abateu.
Foi voz de destaque contra o nazismo, tendo sido preso 3 vezes em 1937 e 1938. Acabou num campo de concentração em 1939 e, por fim, confinado numa abadia beneditina desde 1940. Lá faleceu em 1945. Beatificado por João Paulo II em 1986.
“Jamais teria achado possível que Deus me visitasse na cela da prisão com tamanha amabilidade.”

Fontes:
http://www.erzbistum-muenchen.de/EMF095/EMF009478.asp

Comemoração de todos os fiéis defuntos, 2 de Novembro



O culto aos mortos é um dos rituais mais antigos que existem. Os cristãos, primitivamente, recordavam em seus lares seus entes queridos já falecidos. Depois, pouco a pouco, esse culto doméstico foi se transformando numa festa mais abrangente.
O abade de Cluny, santo Odilon, no ano de 998, estabeleceu esta comemoração solene na ordem beneditina, principalmente para orar por aqueles que estavam no purgatório, fixando para esse fim o dia 2 de novembro. No século XIV, Roma aceitou a festa, que se estendeu a toda a cristandade.
A ressurreição da carne, proposta para o dia de hoje, nos faz pensar nos Evangelhos e nos traz a esperança na vida após a morte, pois ela não termina com o sepultamento de nossos corpos, mas renasce para a felicidade junto a Deus. Assim como Jesus, seremos todos ressuscitados. Conforme diz a passagem de João 5,28ss: “...Vem a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão a voz e sairão; os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que praticaram o mal, vão ressuscitar para a condenação...”.

Fontes:
http://www.baraodemaua.br/jornal/2004/setembro/images/cemiterio.jpg

sábado, 25 de outubro de 2008

Todos os Santos e Santas de Deus, 1º de Novembro


Hoje, a Igreja Católica celebra a festa daqueles que se comprometeram com Deus Pai, com o seu Reino de bondade, de justiça e de amor e, em nome Jesus Cristo, se comprometeram de maneira radical, também, com os seus semelhantes.
Por isso, nesta festa, todo o povo cristão é convidado a entrar em comunhão com Deus e com todo homem de boa vontade. Como Jesus de Nazaré, somos convidados a fazer de nossa vida uma eucaristia, uma oferenda viva.
Na Igreja antiga, os santos eram entregues às chamas, às feras, às torturas cruéis. Hoje, também, milhares de santos são entregues à morte, são torturados pela fome, pelo desemprego, pela doença, e silenciados pela repressão, pela intimidação, pelas ameaças de morte dos que se julgam senhores deste mundo. Mas é nas entranhas dos que sofrem, dos aflitos, dos esquecidos, que germinam, nascem e dão frutos as sementes do Evangelho de Jesus Cristo.
Desta maneira, a festa de hoje é também a festa dos santos de nossos dias, essa numerosa multidão cujo testemunho vivo é fonte perene de renovação para a Igreja.

(Cf. ALVES, José Benedito. Os Santos de cada dia, São Paulo, Paulinas, 1998)

Fontes:
http://ursulines-ur.cef.fr/Nombreux-les-Bienheureux,915

Santo Afonso Rodrigues, 31 de Outubro



Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos, Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.
Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos. Infelizmente, com o tempo, todos faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão, e depois do noviciado, foi enviado para o colégio de formação.
No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querer ser firme, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão, pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus.
Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a vontade divina". Este Santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver. Quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos Carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.

Santo Afonso Rodrigues... rogai por nós!

Fontes:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/santo/index.php?&dia=31&mes=10&ano=2008
http://www.magnificat.ca/cal/gifs/1030.jpg

São Frumêncio, 30 de Outubro



Frumêncio foi o primeiro bispo missionário da Etiópia. Mas, até que isso acontecesse, sua vida foi marcada por lances inesperados. Estes o elevaram de discípulo de filósofo a conselheiro do rei, preferido da rainha, professor do futuro rei e, finalmente, bispo.
Era o tempo do imperador Constantino e Frumêncio estava entre os discípulos na comitiva que acompanhava um filósofo. Voltavam de uma viagem à Índia e a embarcação parou no porto de Adulis.
Foram atacados então por ladrões etíopes que saquearam o barco e mataram todos os passageiros e tripulantes. Todos foram mortos, menos Frumêncio e outro adolescente, Edésio. Eles não morreram por um motivo prosaico: estavam sob uma árvore, entretidos na leitura de um livro.
Sobreviveram, mas foram levados ao rei como escravos. Depois de conversar com eles e se admirar com sua sabedoria, o rei Axum resolveu mantê-los no palácio. Edésio como copeiro e Frumêncio como secretário direto.
Sua influência cresceu na corte, principalmente junto à rainha que, ao tornar-se viúva e assumir o poder, entregou-lhe a educação de seu filho, futuro rei. Tempos depois, Frumêncio e seu companheiro conseguiram da rainha ordem para construir uma igreja próxima ao porto. Foi uma semente que germinou rápido na expansão do cristianismo.
Tiveram permissão, então, de voltar à pátria. Findo o tempo da escravidão, enquanto Edésio se dirigia a Tiro, onde um historiador registrou toda a aventura, Frumêncio foi a Constantinopla.
Queria que o bispo Atanásio designasse um bispo missionário para comandar a pregação católica na Etiópia. Atanásio não se fez de rogado e nomeou o próprio Frumêncio.
Reinava então na Etiópia o rei Exana, grande amigo de Frumêncio e um dos primeiros a se converter, convencendo todo o povo a acompanhá-lo.
São Frumêncio, chamado pelos etíopes de Abba Salama, levou sua missão de missionário até os cem anos de idade.

Fontes:
http://www.psleo.com.br/ss_frumencio.htm
http://www.paroquiadeaparecida.com.br/santoout.htm#30%20dez.

Bem-Aventurado Bartolo Longo, 29 de Outubro


Entre os acontecimentos mais marcantes na Igreja do Século XX, sem dúvida encontramos destaque para a tomada de consciência dos cristãos Católicos, frente à missão de evangelizar e viver a vocação universal da santidade.
Um forte sinal deste fato, são as inúmeras beatificações e canonizações que florescem, embelezando o campo dos homens e mulheres de Deus que podemos travar culto; como o Bem Aventurado Bartolo Longo.
Bartolo Longo nasceu em Brindisi, na Itália, em 1841, tendo completado os estudos formou-se advogado em Nápolis, num período em que o testemunho da presença de Jesus se chocava com as indiferenças religiosas. Depois de uma crise religiosa superava-a com os conselhos e orações dos amigos, alcançou Bartolo a graça de uma radical conversão, ao ponto de abandonar a brilhante carreira, a fim de dedicar-se à defesa dos pobres e às obras de caridade.
Movido pelo Espírito Santo, projetou um centro de devoção mariana com obras assistênciais, para abreviar tantas misérias sociais. O lugar escolhido foi a antiga cidade de Pompéia, sepultada debaixo das cinzas pela violenta erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C.
Em 1880 deu-se início à construção do grandioso santuário em louvor a Nossa Senhora do Santo Rosário, em Pompéia, o internacional centro Mariano artístico foi terminado depois de 22 anos. O início do centro de devoção e caridade, começou com a visita do jovem advogado com 32 anos de idade, visitando as famílias pobres, evangelizando e semeando o amor a Nossa Senhora do Rosário.
Em torno do Santuário, já de fama internacional, nasceram inúmeras obras, como: orfanatos, casa dos filhos de pais presos, escolas, oficinas e outras conseqüências da fé que opera pela caridade dos santos.
Bartolo Longo fundou as filhas de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia; a revista mensal para promover a fé nesta Mãe da Providência, e a proclamação do dógma da Assunção de Nossa Senhora, ocorrido em 1950.
Bartolo Longo, homem de muitas virtudes, de imenso amor a Jesus, deixou escritas as obras que perduram até hoje. Entrou no Céu com 85 anos.
Bem Aventurado Bartolo Longo... rogai por nós!

Fontes:
http://www.suore.it/madre_elena.htm

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

São Judas Tadeu, Apóstolo de Cristo, 28 de Outubro


São Judas Tadeu é um santo cristão e um dos doze apóstolos de Jesus. Seus outros nomes são Judas Tadeus, Judas Lebeus e Judas, irmão de Tiago. Ele é também conhecido como São Tadeu (no greco, Θαδδαος), soletrado como "Thaddæus" ou "Thaddaeus" em diferentes versões da Bíblia, e como São Matfiy (Фаддей, он же Иуда Иаковлев или Леввей, em russo) na tradição ortodoxa russa (junto com São Judas). Ele não deve ser confundido com Judas Iscariotes, também outro apóstolo, que traiu Jesus e mais tarde, (segundo Mateus), cometeu suicídio.
São Judas foi um irmão de Tiago, e, segundo algumas crenças, um parente (primo) de Jesus. Marcos 6:3 declara sobre Jesus: “Não é esse o carpinteiro? Não é esse o filho de Maria e o irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não são essas suas irmãs conosco?”
Nos Atos de Tomás, um livro apócrifo do Novo Testamento, escrito na Síria no início do Século III, ele foi identificado como Judas Tomás, que é o nome completo do apóstolo Tomás, segundo a tradição síria.
É o autor da Epístola de Judas do Novo Testamento. Supõe-se que São Judas tenha levado o Cristianismo para a Armênia



Antigas tradições citadas pelos Padres da Igreja afirmam que foi martirizado na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido decapitado juntamente com outro apóstolo de Jesus, Simão, o Zelote, que também pregava naquela região. Suas relíquias atualmente se encontram em Roma, para onde foram trasladadas e são veneradas até hoje.
São Judas Tadeu é o santo patrono das causas desesperadas e das causas perdidas na Igreja Católica Romana. É também o santo padroeiro do Clube de Regatas do Flamengo, do Rio de Janeiro.
O símbolo de São Judas é um machadinho e às vezes é representado segurando um machado, por sua morte ter ocorrido por essa arma. Ele é também geralmente apresentado em ícones com uma flama ao redor de sua cabeça. Essa flama representa a presença do Pentecoste, quando ele recebeu o Espírito Santo, junto com os outros apóstolos. Em alguns casos ele é mostrado como um rolo ou livro (sua epístola) ou segurando uma régua de carpinteiro.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Judas_Tadeu
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Stjudethaddeus.JPG

Santa Teresa Eustochio Verzeri, Fundadora (1801-1852), 27 de Outubro



Teresa Verzeri nasce no dia 31 de julho de 1801, em Bérgamo (Itália). É a primogênita dos sete filhos de Antonio Verzeri e da condessa Elena Pedrocca-Grumelli. Seu irmão, Girolamo, tornar-se-á bispo de Brescia. Sua mãe, sentindo-se atraída a abraçar a vida monástica, coloca em dúvida o seu chamamento ao matrimónio. Recebe da tia, Maria Antonia Grumelli, monja clarissa a resposta profética: "Não, Deus te quer nesse estado de vida, para fazer-te mãe de uma descendência de santos!".
Desde a mais tenra idade, Teresa aprende da sua mãe, mulher profundamente cristã, a conhecer e a amar a Deus ardentemente. Em seu caminho espiritual é orientada por Monsenhor Giuseppe Benaglio, Vigário Geral da Diocese de Bérgamo, que já acompanhava a família Verzeri.
Teresa faz seus estudos iniciais na própria família. Inteligente, dotada de espírito aberto, vigilante reto, é educada ao discernimento, à busca dos valores perenes e a ser fiel à ação da graça. Da infância até a idade madura deixa-se iluminar pelo Espírito de Verdade que a animará a uma constante e intensa luta espiritual: à luz da fé, descobre e experimenta o peso da própria fragilidade, desmascarando, na medida do possível a uma criatura humana, toda forma de idolatria, de mentira, de egoísmo e de medo para entregar-se totalmente a Deus.
Com a força da graça, percorre um caminho de libertação, de pureza de intenção, de retidão e de simplicidade que a leva a buscar "Deus só". Interiormente, vive a particular experiência mística da "ausência de Deus", enfrentando um dos problemas da experiência religiosa de hoje: o peso da solidão humana diante da sensação inquietante de distância e de silêncio de Deus. Entretanto, com uma fé inabalável, Teresa não deixa de confiar e de abandonar-se ao Deus Vivo, Pai providente e misericordioso, a quem entrega a própria vida, em atitude de obediência. Como em Jesus, seu grito de solidão transforma-se em oferta total de si mesma por amor.
No desejo de agradar a Deus e de fazer somente a Sua Vontade, amadurece a vocação religiosa na família e no Mosteiro Beneditino de Santa Grata, de onde sai depois de um longo e sofrido processo de discernimento, para fundar, juntamente com Monsenhor Giuseppe Benaglio, em Bérgamo, no dia 8 de fevereiro de 1831, a Congregação das Filhas do Sagrado Coração de Jesus.
Teresa Verzeri vive na primeira metade de 1800, período de grandes transformações na história da Itália e da sociedade de Bérgamo marcada por mudanças políticas, por revoluções, por perseguições que não pouparam a Igreja, atingida, também, pelo jansenismo e pela crise de valores, resultante da Revolução Francesa.
No momento em que a Devoção ao Coração de Jesus encontra resistências, Teresa entrega às irmãs este testamento que caracteriza a herança espiritual da Congregação: "Jesus Cristo a vós e ao vosso Instituto fez o precioso dom de Seu Coração, para que aprendais somente d'Ele que é a fonte inexaurível da verdadeira santidade" (Livro dos Deveres, vol. III, p. 484).
Ela percebe com clareza o que é urgente fazer, capta as necessidades de seu tempo. Com disponibilidade absoluta diante de qualquer situação exigida pela caridade, mesmo as mais perigosas e graves, dedica-se, com suas primeiras companheiras, a diversos serviços apostólicos: "educação das jovens da classe média e baixa; asilo para órfãs em situação de risco, abandonadas ou mesmo transviadas; externatos e internatos; catequese, retiros, recreação festiva; assistência aos enfermos" (Pratiche, 1841).
Na sua missão, Teresa Verzeri revela seus dons especiais de mestra espiritual, de apóstola, de pedagoga, e assume, claramente, os princípios do sistema preventivo: "Cultivai e preservai, com muita atenção, a mente e o coração de vossas jovens, enquanto ainda pequenas, para evitar, na medida do possível, que entre nelas o mal, sendo melhor, preservá-las da queda com vossas advertências do que levantá-las com correções" (Livro dos Deveres, vol. III, p. 368).
A educação é obra de liberdade e de persuasão, no respeito à individualidade; por isso, recomenda que se deixe às jovens "uma santa liberdade, de modo que façam de boa vontade e de pleno acordo aquilo que fariam como um peso e uma violência, se fossem oprimidas pela imposição"; que, na escolha dos meios educativos, considere-se "o temperamento, o caráter, as inclinações, as circunstâncias...e, a partir do conhecimento de cada uma", opte-se pelo melhor modo de tratá-la (cf. Livro dos Deveres, vol. III, p. 347 e 349).
Em 1836, morre Monsenhor Benaglio. Teresa, apoiada na obediência que lhe garante ser vontade de Deus a vida da Congregação, dedica-se totalmente a sua aprovação, consolidação e expansão. Enfrenta, por isso, muitos obstáculos criados pelas autoridades civis e mesmo por membros da hierarquia eclesiástica que põem a dura prova sua virtude, mostrando-se heróica no abandono à vontade de Deus que a sustenta.
Depois de uma vida de intensa doação, Teresa Verzeri morre em Brescia, no dia 3 de março de 1852. Deixa a Congregação já aprovada pela Igreja e pelo governo, bem como uma ampla documentação, sobretudo Constituições, "Livro dos Deveres" e mais de 3500 cartas, onde se pode encontrar toda a riqueza de sua experiência espiritual e humana.
O precioso patrimônio espiritual transmitido à Congregação encontra seu centro no Coração de Jesus que faz da Filha do Sagrado Coração herdeira do espírito de exímia caridade que a impulsiona a "fazer-se toda para todos", na intimidade com o Pai e na solicitude amorosa para com o próximo. Teresa assim se expressa: "As Filhas do Sagrado Coração de Jesus, como aquelas que recebem a caridade da própria fonte do amor, isto é, do Coração de Jesus Cristo, devem ter para com o próximo o mesmo ardor de caridade daquele Coração Divino: caridade puríssima que não tem em vista senão a glória de Deus e o bem das outros; caridade universal que não faz exceção de pessoas, mas a todas abraça; caridade generosa que não se desorienta nos sofrimentos, que não desanima diante de contrariedades, mas ao contrário, nos sofrimentos e nas oposições cresce em vigor e vence pela paciência" (Livro dos Deveres, vol. I, p. 58).
Animadas por esse espírito, as Filhas do Sagrado Coração de Jesus continuam, hoje, a missão de Teresa na Itália, no Brasil, na Argentina e Bolívia, na Republica Centro-Africana e em Camarões, na Índia e na Albania.
Na contemplação do Coração de Cristo recebem o mandato de ir ao encontro de cada irmãão, com uma dedicação que dá preferência aos mais pobres, abertas a todo o tipo de serviço, solícitas em promover sempre a dignidade da pessoa e em "ser Coração de Cristo" lá onde a necessidade é maior.
As relíquias de Teresa Verzeri são veneradas em Bérgamo, na capela da escola das Filhas do Sagrado Coração de Jesus.
Canonizada a 10 de Junho de 2001, Praça S. Pedro, pelo Papa João Paulo II.

Fontes : 
http://www.vatican.va
http://galeriaceleste.home.sapo.pt/teresa_eustochio_verzeri.htm