quarta-feira, 15 de outubro de 2008

São Lucas, Evangelista, 18 de Outubro - Dia dos Médicos


Do grego antigo ΛουκᾶςLukás

São Lucas, evangelista e patrono dos pintores e médicos, é o autor do terceiro Livro dos Evangelhos, que tem o seu nome, e dos Atos dos Apóstolos. Ele era grego de Antioquia (atual Turquia). A informação de que que seria médico é confirmada por uma passagem em Colossenses (4:14), na qual São Paulo descreve Lucas como "amado médico". Um convertido na nova fé, ele acompanhou São Paulo na sua segunda jornada missionária, em torno dos anos 51 DC, permanecendo 6 anos em Filipos, na Grécia, e participou da terceira jornada com Paulo, que incluiu o famoso naufrágio na costa de Malta. 
Permaneceu com Paulo durante sua prisão. Paulo escreveu três vezes sobre Lucas no Novo Testamento: em Colossenses, em Timóteo e em Filêmon. É possível deduzir a presença de Lucas com Paulo nas jornadas missionárias pelas várias passagens nos "Atos dos Apóstolos" (16:10-17; 20:5-21:18; 27:1-28:16). Em 66 DC, Lucas voltou para a Grécia onde se acredita que veio a falecer com a idade de 84 anos "repleto do Espírito Santo". Vários "Atos" relatam que foi martirizado, embora vários escolares acreditam que isto seriam lendas não confiáveis. Ele é tido como tendo visitado a Virgem Maria e se acredita que ele teria pintado vários quadros da Virgem Maria em especial o lindo quadro conhecido como o de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Seu trabalho estaria preservado em Roma na "Santa Maria Magiore", embora as datas das pinturas seriam bem depois dos tempos apostólicos. O seu evangelho definidamente foi escrito para os gentios.
Um dos aspectos mais interessantes de Lucas é que freqüentemente fazia a justaposição de um história de um homem com a de uma mulher. Por exemplo, a cura do endemoninhado (Lc 4:31-37), seguida da cura da sogra de Pedro (4:39-39); o escravo do centurião é curado (7:1-11) e o filho da viúva de Nain é curado, o Geraneso endemoninhado é curado (8:26-39), seguido pela cura da filha de Jairo e da hemorroíssa (8:40-56).
Lucas também menciona as mulheres que assistiam Jesus no seu ministério (8:1-3) Assim, diferentemente de todos os outros evangelistas, São Lucas descreve um Jesus que se preocupa com o cuidado e a salvação das mulheres. Talvez, por isso, provavelmente Lucas teria aprendido muito a respeito de Jesus com a Virgem Maria. Somente ele e Mateus descrevem elementos obscuros ou escondidos da vida privada de Jesus, antes de Seu ministério público.
Ainda ao mencionar a sogra de Pedro, ele deixa claro e de maneira natural que Pedro era casado.
Lucas enfatiza a misericórdia e o amor de Deus para com a humanidade. Ele é o único que descreve a parábola da ovelha desgarrada, do Bom Samaritano, do filho pródigo, de Dives e Lázaro. Ele é também o único que descreve o perdão de Jesus a Maria Madalena (Lc 7:47), a promessa ao bom ladrão e sua oração para seus executores. Ele é também o único evangelista a registrar a "Ave Maria", o "Magnificat", o "Benedictus", e o "Nunc Dimittis" que são todos usados na Liturgia das Horas (orações da noite, tarde e manhã). Lucas enfatiza o chamado à oração, à pobreza, à pureza de coração, o que teria um apelo específico aos gentios.
Lucas também escreveu os "Atos dos Apóstolos", também conhecido com "Atos do Espírito Santo". É uma continuação do que conta em seu evangelho, embora os Atos talvez tenham sido escritos primeiro. De acordo com os escolares São Euzébio e São Jerônimo, os Atos foram escritos durante a prisão de São Paulo, embora Santo Irineu já pense que foram escritos após a morte de São Paulo, lá pelos anos 66 DC. Euzébio diz que o evangelho foi escrito antes da morte de Paulo, Jerônimo diz que foi depois e a tradição antiga diz que foi escrito pouco antes da morte de Lucas, quase no século segundo.
O Evangelho teria sido escrito entre 70 e 85 DC, possivelmente na Grécia. Os Atos do Apóstolos detalham a Igreja nos tempos de 35 a 63 DC, demonstrando um estilo de prosa soberbo, e um estilo de quem presenciou a fé.
Certas passagens dos Atos, escritas na primeira pessoa do plural, são usualmente usadas para indicar que o escritor estava com São Paulo em parte da sua segunda jornada missionária e, sem dúvida, na viagem que ambos fizeram à Itália. Eles estavam juntos quando o navio naufragou ao largo da costa de Malta (At 16:10s; 20:5s; 27-28). São Paulo diz nas suas cartas, quando preso: "Lucas é a minha única companhia". Durante o martírio de Paulo, Lucas nunca saiu do seu lado. Lucas, sem dúvida, conversava muito com a mãe de Jesus e com São João. As suas relíquias foram trasladadas para Constantinopla e Pádua.
De acordo com a Igreja Católica Ortodoxa Grega, São Lucas sempre andava com uma pintura de Nossa Senhora com ele, e ela foi o instrumento de varias conversões. Na verdade ele foi um grande artista e grande escritor, e suas narrativas inspiraram grandes escritores e grandes mestres da arte, mas as pinturas existentes da Virgem, a ele atribuídas, são trabalhos de datas bem mais recentes. Não obstante, alguns julgam que a pintura de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro teria sido pintada por ele.
Pinturas excepcionais de São Lucas são as de Roger van Weyden, na Pinacoteca de Munique, na Alemanha; a de Jean Grossaert, em Praga; e a de Rafael, na Academia de São Lucas, em Roma. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado com um machado e, às vezes, pintando o retrato da Virgem Maria.

Fontes:
http://www.cademeusanto.com.br/sao_lucas.htm
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7e/Saint_Luke.jpg
http://www.jornallivre.com.br/203349/tudo-sobre-sao-lucas.html

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