domingo, 31 de outubro de 2010

São Marcelo e seus filhos, Mártires (+ Século III), 30 de Outubro


São Marcelo, pai dos também santos  Cláudio, Luperco e Vitório,  nasceu na cidade de Leão,  na Espanha, cuja região era governada pelos cônsules Fausto e Gaio. Marcelo era um centurião sob o comando de Astásio Fortunato e fazia parte da Legião Romana acampada na Espanha.
No dia 28 de julho do ano 298, ele foi levado à presença de Fortunato, acusado de haver, no dia 21 de julho, no momento  em que se celebrava o aniversário natalício do Imperador, “atirado com o cinto militar, a espada e a vara de mando”.  Marcelo ratificou tudo, e  Fortunato, diante da gravidade dos fatos, enviou-o ao tribunal, à presença de Aurélio Agricolano.  Novamente interrogado, Marcelo confirmou e explicou seu gesto: “Sim, atirei com as armas, porque não é conveniente  a um cristão que está a serviço de Cristo, militar às ordens da  milícia deste século”. Marcelo foi  imediatamente condenado à morte  Contam que antes de ser  decapitado, ele disse a Agricolano: “Deus te pague”
Após o martírio de São Marcelo, todos os seus filhos se espalharam pela Espanha, à exceção de Cláudio, Luperco e Vitório.  Eles ficaram em Lyon, onde padeceram o martírio. Quando Diocleciano e Maximiano  publicaram o decreto contra os cristãos, o prefeito da Província de Lyon logo determinou que todos se juntassem, para oferecer sacrifícios aos deuses e, para isso, determinou dia e hora. Os três jovens nem puderam ocultar-se, pois o  prefeito deixou bem claro que sabia que, naquela cidade, moravam inimigos dos deuses. Em seguida  enviou soldados à casa dos três irmãos que estavam orando, preparando-se para a morte que previam. Cláudio, Luperco e Vitório foram conduzidos à presença do prefeito  e, ao serem indagados  em quem eles punham a confiança, responderam: “A nossa confiança está posta em Deus Pai Onipotente, criador do céu e da terra” Irritado e receando que a valentia dos três jovens impressionasse o povo, o magistrado mandou-lhes cortar a cabeça. Cláudio, Luperco e Vitório morreram no ano 303.
Hoje São Marcelo e seus três filhos que sofreram o martírio, porque proclamaram,  com suas vidas, que a César pertencia o poder temporal, mas só a Deus pertencia o louvor, a obediência e a adoração, nos lembram que, como diz o Evangelho, quem põe a mão no arado e lha para trás, não serve para o Reino de Deus. Como ocorreu com São Marcelo e seus filhos, Cláudio, Luperco e Vitório, também nós hoje somos chamados a  escolher: ou  apostamos no projeto do mundo, ou olhamos para a frente e nos comprometemos  com o Projeto de Deus.

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Fontes:
Livro Santidade Ontem e Hoje, por Zélia Vianna, publicado pela Paróquia de São Pedro -  Bahia/BA.

sábado, 30 de outubro de 2010

São Caetano Errico, Sacerdote (+1860), 29 de Outubro

A cidade de Secondigliano, grande e populosa, do norte de Nápoles, sul da Itália, é mais conhecida como uma região de mafiosos do que de santos.
Os problemas dos seus habitantes são inúmeros, entre os quais estão as facções da máfia, a corrupção social e política que, somados, desestruturam o sistema de serviços e a consciência, propiciando a formação de gangues de todos os tipos de tráficos. Mas ela também tem boas obras. Como a de padre Caetano Errico, que fundou, em 1833, a Congregação dos "Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria".
A estátua de padre Caetano é bem visível de qualquer ângulo da cidade. Com a mão direita, ele abençoa; com a esquerda, empunha o crucifixo. A sua figura é imponente, não apenas pela beleza plástica da escultura. Ele era, realmente, um homem grande, alto e bem forte, um gigante na santidade e na figura humana.
Em 1791, essa cidade era pequena, uma planície com muito ar puro e úmido no final da tarde, chamada de Casale Régio da Cidade de Nápoles. Foi nesse ano que Caetano Errico nasceu, no dia 19 de outubro, o segundo dos nove filhos de Pasqual, modesto fabricante de macarrão, e de Maria. Quando mostrou vocação para a vida religiosa, logo obteve apoio da família. Aos dezesseis anos, ingressou no seminário e, em 1815, recebeu a ordenação sacerdotal.
Desde então, seu apostolado foi todo feito na igreja paroquial de São Cosme e São Damião, da sua cidade natal.
Em 1818, durante a pregação, teve inspiração divina para fundar uma congregação religiosa. Iniciou, imediatamente, pela construção de uma igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores. Entre inúmeras dificuldades, a igreja foi erguida e abençoada doze anos depois, em 1830. Mas teve de esperar outros cinco anos para adquirir a imagem de madeira de Nossa Senhora das Dores e colocá-la no altar, onde permanece até hoje.
Além do trabalho pastoral da igreja, agora Caetano se ocupava com a construção da Casa para abrigar a nova congregação de padres. Decidiu que seria dedicada em honra dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. E nela empenhou toda a sua vida, que durou sessenta e nove anos de idade. Morreu em 29 de outubro de 1860.
Padre Caetano Errico foi homem de oração, de penitência, dedicava muito tempo ao atendimento das confissões e auxiliava materialmente, com suas obras, os marginalizados e pobres de toda a cidade e redondeza. Hoje, essa herança é distribuída através dos padres Missionários dos Sagrados Corações. Mas a memória e veneração a padre Caetano está muito presente e ainda é muito forte na população.
O culto e as graças atribuídas a sua santidade começaram quando ele ainda estava no seu leito de morte. Tanto que no interior da Casa-mãe da Congregação foi preciso instalar um museu para abrigar as doações dos elementos testemunhais dos devotos, que lembram as graças alcançadas. E é curioso como o povo não permite que a imagem do fundador seja retirada do altar, onde foi colocada, para a sua simples apresentação, quando chegou. Era para ficar no museu, mas todos a querem ver ali, ao lado de Nossa Senhora das Dores.
O papa João Paulo II proclamou bem-aventurado Caetano Errico em 2002, e o Papa Bento XVI o canonizou no dia 12 de outubro de 2008.

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Santo Atanásio Iº de Constantinopla, Patriarca (+1315), 28 de Outubro

Santo Atanásio Iº foi Patriarca de Constantinopla de junho de 1289 a outubro de 1293 e, depois, de 1303 a 2309. Ele foi um monge de vida muito simples, um asceta partidário do monaquismo, antiga doutrina da Igreja cristã.
Nomeado Patriarca para substituir Gregório II (Gregório de Chipre), Atanásio iniciou seu patriarcado enquanto uma crise religiosa se abatia sobre o Império. O Patriarca tentou acalmar os ânimos, denunciou os abusos dos sacerdotes e conduziu um combate acirrado aos arsenitas, tentando impedi-los de criar um cisma na Igreja ortodoxa. Porém o apoio que Atanásio recebeu de Andrônico II foi insuficiente e as medidas que havia tomado foram mal vistas pela população.
Acusado de acumular riquezas, ele abdicou. Todavia, foi chamado novamente por Andrônico II para assumir o patriarcado, em 1303. Atanásio realiza exatamente a mesma política do seu primeiro patriarcado. Retirou dos patriarcas de Jerusalém, de Alexandria e de Antioquia as propriedades que eles possuíam, o que não estaria em acordo com a regra da pobreza evangélica. Novamente Atanásio criou discórdias entre o clero e a população, o que o levou a abdicar pela segunda vez, em 1309. Morreu em 1315.

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

São Gonçalo de Lagos, Presbítero (+1422), 27 de Outubro

Nasceu em Lagos, no Algarve, um pouco depois de 1370. Tomou o hábito de Santo Agostinho no convento da Graça, em Lisboa, onde vinha pôr mais a salvo os seus vinte anos de virtude e pureza, quase de anjo, e já vitoriosa de repetidos assaltos.
Dedicou-se à pregação em correrias apostólicas. e, com o mesmo zelo a manter a observância regular, quando superior dalguns mosteiros da sua Ordem. Foi o último o de Torres Vedras onde morreu a 15 de Outubro de 1422. Ali ficou o seu jazigo, tomando-o a vila de Torres Vedras por seu padroeiro., depois de beatificado por Pio VI, em 1798. Mas, em Portugal, é-lhe atribuído o culto de santo.
Ao que parece, a escolha que fez Torres Vedras do seu padroeiro deve-se à carta que D. João II, encontrando-se no Algarve em 1495, escreveu à Câmara da referida vila, exaltando a memória de Frei Gonçalo e celebrando a felicidade que essa terra possuía conservando o seu milagroso corpo. O mesmo fez a cidade de Lagos, sua terra natal, onde os pescadores mais o invocam e experimentam a sua especial proteção.
A sua festa, atualmente, é a 27 de Outubro, mas os Padres Agostinhos celebram-no, em Portugal, a 21 do mesmo mês.

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Fontes:
http://www.vangelodelgiorno.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20101027&id=11634&fd=0
http://www.vangelodelgiorno.org/zoom_img.php?frame=75781&language=PT&img=&sz=full

Beata Celina Chludzinska Borzecka, Viúva, Religiosa, Fundadora (1833-1913), 26 de Outubro

Celina Chludzinska Borzecka nasceu no dia 29 de Outubro de 1833, em Antowil, então território polaco, actualmente Bielo-Rússia. A vida espiritual de Celina desenvolveu-se cedo e durante as orações sempre dirigia a Deus a pergunta: "O que queres que eu faça com a minha vida?" Após um retiro em Vilnius em 1853, exprimiu o desejo de tornar-se religiosa, mas encontrou a oposição dos pais. Obedecendo à vontade deles e ao conselho do seu confessor, aos 20 anos casou com José Borzecki. De qualquer maneira, dentro dela permaneceu a convicção de que "a sua vida não deveria terminar de modo comum".
Profundamente amada pelo marido, também ela foi uma esposa amorosa e exemplar que partilhava a responsabilidade do lar e demonstrava a sua atenção aos pobres. Tiveram quatro filhos, dos quais dois morreram na infância.
Em 1869, quando o marido teve um derrame cerebral que o deixou paralisado, Celina transferiu-se com a família para Viena a fim de obter melhores cuidados médicos para ele. Durante o seu sofrimento, que durou cinco anos, ela foi sua fonte de apoio espiritual e moral, além de dedicada e sensível enfermeira. Ao mesmo tempo, continuou a prodigalizar-se pela educação das duas filhas.
Em 1875, após a morte do marido, Celina transferiu-se para Roma com as filhas a fim de alargar os horizontes espirituais e culturais; e também procurar indicações a respeito da vontade de Deus para si e para as suas filhas. Na igreja de São Cláudio encontrou-se com o co-fundador dos Ressurrecionistas, Pe. Pedro Semenenko, que há muitos anos desejava fundar o ramo feminino da Congregação.
Em 1882 Celina, juntamente com a filha menor, Edvige, iniciou a vida em comunidade em Roma, sob a guia espiritual do Pe. Semenenko. Em 1886, após a repentina morte do Sacerdote, Celina teve que enfrentar muitas intrigas de pessoas contrárias à nova fundação. De maneira cada vez mais forte, Celina sentia a chamada a fundar uma comunidade de mulheres dedicadas ao Mistério da Ressurreição. Em 1887, assistida por amigos fiéis, Celina abriu a sua primeira escola vespertina para moças, da qual o Mons. Giácomo Della Chiesa, futuro Papa Bento XV, cujos pais residiam no apartamento ao lado da escola, foi capelão e catequista.
Depois de anos de provações e sofrimentos, Celina e sua filha Edvige, co-fundadora, fizeram a profissão dos votos religiosos a 6 de Janeiro de 1891, dando início oficialmente à nova Congregação.
Expressou o dinamismo da sua vida, antes de morrer, quando escreveu num pedaço de papel, pois já não podia falar: "Em Deus reside a felicidade em eterno". Madre Celina faleceu a 26 de Outubro de 1913 em Cracóvia.
A Beata Celina pertence a um raro grupo de mulheres que experimentaram diversos estados de vida: esposa, mãe, viúva, religiosa e fundadora. Com simplicidade e humildade, escreveu, dando assim uma característica à sua vida espiritual: "Deus não me chamou para fazer coisas extraordinárias... talvez porque não queria que me tornasse orgulhosa. A minha vocação é cumprir a vontade de Deus fielmente e com amor".

Ver também:

Fontes:
http://www.katolsk.no/biografi/borzecka.htm

Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, Religioso Brasileiro, Fundador (+1822), 25 de Outubro

Nascido em Guaratinguetá, em 1739, de uma família de muitas posses, descendia dos primeiros povoadores da Capitania e corria em suas veias sangue de bandeirantes. Foi ele próprio chamado "Bandeirante de Cristo", porque tinha na alma a grandeza, o arrojo e fortaleza de um verdadeiro bandeirante. 
Renunciou a uma brilhante situação no mundo e ingressou na Ordem franciscana. Fundou, em 1774, juntamente com Madre Helena Maria do Espírito Santo, o Mosteiro concepcionista de Nossa Senhora da Luz, na cidade de São Paulo. Não somente formou e conduziu nas vias da espiritualidade franciscana e concepcionista as religiosas desse mosteiro, mas também o edificou materialmente, ao longo de quase 50 anos de esforços contínuos. Foi o arquiteto, o engenheiro, o mestre de obras e muitas vezes o operário da sua edificação, que somente se tornou possível porque ele incansavelmente pedia, ao povo fiel, esmolas para a magnífica construção.
 Entregou sua alma a Deus em 1822 e foi beatificado em 1998. Até hoje sua sepultura, na capela do mosteiro, é visitada por multidões que acorrem a pedir-lhe graças e milagres, e também à procura das famosas e prodigiosas "pílulas de Frei Galvão".
A origem dessas pílulas é contada num folheto distribuído no próprio mosteiro: "Certo dia, Frei Galvão foi procurado por um senhor muito aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e em perigo de perder a vida. Frei Galvão escreveu em três papelinhos o versículo do Ofício da Santíssima Virgem: «Post partum Virgo Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis (Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós)». Deu-os ao homem, que por sua vez os levou à esposa. Apenas a mulher ingeriu os papelinhos, que Frei Galvão enrolara como uma pílula, a criança nasceu normalmente. Caso idêntico deu-se com um jovem que se torcia com dores provocadas por cálculos visicais. Frei Galvão fez outras pílulas semelhantes e deu-as ao moço. Após ingerir os papelinhos, o jovem expeliu os cálculos e ficou curado. Esta foi a origem dos milagrosos papelinhos, que, desde então, foram muito procurados pelos devotos de Frei Galvão, e até hoje o Mosteiro fornece para as pessoas que têm fé na intercessão do Servo de Deus." Foi canonizado por Bento XVI no dia 11 de Maio de 2007.

Ver também:

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=39574&language=PT&img=&sz=full

domingo, 24 de outubro de 2010

Beato Jan Balicki, Presbítero (1869-1948), 24 de Outubro

João Adalberto (Jan) Balicki nasceu em 25 de Janeiro de 1869, na localidade de Staromiescie.
Cresceu numa família profundamente religiosa, rica de honestidade e virtude. Depois de ter concluído os estudos secundários, cheio de amor pátrio entrou no seminário de Przemysl e, após quatro anos de preparação espiritual e intelectual, foi ordenado Sacerdote, no dia 20 de Julho de 1892, e imediatamente escolhido como assistente do pároco de Polna.
Homem de oração, confessor paciente e grande pregador, continuou os seus estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, consciente da sua responsabilidade:  como sacerdote, continuar a fazer progredir na perfeição cristã; e, como aluno, concluir os estudos teológicos em ordem a obter o melhor resultado para a sua vida concreta na fé e o enriquecimento espiritual dos destinatários do seu futuro ministério.
No final de um quadriênio acadêmico, em 1897 regressou à Polônia e foi nomeado Professor de Teologia Dogmática no seminário diocesano de Przemysl dos Latinos. Ele estava convencido de que a Teologia é não apenas a ciência relativa a Deus, mas também a ciência que leva o homem a alcançar o próprio Deus. Assim, as suas lições constituíam verdadeiras meditações sobre os mistérios divinos e tinham grande influência sobre a formação moral dos alunos.
No ano de 1928, em espírito de obediência aos seus superiores, aceitou a nomeação para reitor do seminário, cargo este a que, em 1934, teve de renunciar por motivos de saúde, dedicando-se então exclusivamente às confissões e à direção espiritual. Muitos dos seus penitentes puderam dar testemunho do seu extraordinário dom de penetração nas profundidades da alma e de sincera abertura interior a todos, sem qualquer distinção, fazendo dele não só um juiz ou um "doador de absolvição", mas, sobretudo, um incomparável promotor do crescimento espiritual das almas que a ele recorriam em busca de alívio.
Durante a Segunda Guerra Mundial, que atingiu duramente a Polônia dividindo-a em dois blocos, o Padre João Adalberto Balicki permaneceu sempre próximo aos seus fiéis, ajudando-os de todas as formas possíveis. Em Fevereiro de 1948, gravemente enfermo, foram-lhe diagnosticadas duas doenças: pneumonia e tuberculose, já em estado avançado. Foi imediatamente hospitalizado, mas era demasiado tarde:  de fato, faleceu no dia 15 de Março desse mesmo ano.
Após a sua morte, a fama da sua santidade espalhou-se na Polônia e entre os polacos da diáspora. Quem o conhecia, confirmava que a sua vida era motivada exclusivamente pelo desejo de ser o último de entre os seus irmãos. Com efeito, a sua humildade era simples, natural e autêntica, enquanto lhe impedia de chamar a atenção dos outros para as suas próprias dores, dificuldades ou sofrimentos. Um dos frutos mais excelsos da sua humildade era o seu grande amor a Deus e ao próximo, que o levava a tender constantemente para o Senhor.
Além disso, durante a sua vida ministerial, João Adalberto não se cansava de realçar o valor das virtudes no crescimento da vida espiritual, sobretudo a mortificação, a paciência e a humildade de que ele era um portador exemplar:  a mortificação submete a natureza à graça; a paciência, inseparável do amor, torna o homem capaz de fazer sacrifícios por Deus; e a humildade aniquila o egoísmo e põe Deus no centro do coração do homem. E só é possível alcançar tudo isto através da oração sincera, que é a elevação da mente e do coração do ser humano a Deus.
Profeticamente, em 22 de Dezembro de 1975, o então Cardeal Karol Wojtyla escreveu ao Papa Paulo VI, pedindo-lhe que o reconhecesse como modelo para os presbíteros do nosso tempo.

Ver também:

Fontes:
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20020818_balicki_po.html
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20020818_balicki_photo.html

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Beato João Bondoso, Jogral, Penitente (+1249), 23 de Outubro

Nascido em Mantua, João exerceu a função de jogral (bufão) no palácio real, onde levava uma vida de prazeres, nem sempre conforme às exigências evangélicas. Uma grave doença fez com que ele refletisse e se arrependesse de seus atos. João não sabia ler nem escrever, mas sabia cantar bem e era muito espirituoso.
Tornou-se eremita, impressionando por sua austeridade e fidelidade à Igreja. Aos que queriam tornar-se dissidentes, entrando em diferentes movimentos religiosos, João os fez compreender e viver as exigências da fé cristã. Discípulos começaram a chegar e, por isso, ele precisou fundar diversas casas que, após sua morte, foram integradas às Ermidas de Santo Agostinho.

Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado Pimentel
gisele.pimentel@gmail.com

Ver também:

Fontes :
http://jubilatedeo.centerblog.net/
http://www.vangelodelgiorno.org/zoom_img.php?frame=51038&language=IT&img=&sz=full

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Beata Josefina Leroux e Companheiras Ursulinas, Religiosas, Mártires da Revolução Francesa (+1794), 22 de Outubro


Josefina Leroux nasceu em Cambrai, França, a 23 de Janeiro de 1747. Foi santamente educada pelos pais bondosos e religiosos. A 10 de Maio de 1779, aos vinte e dois anos abandonou a casa paterna e foi recebida entre as filhas de Santa Clara no mosteiro das clarissas de Valência. No ano seguinte pronunciou os votos. Sua irmã Maria Escolástica ingressou nas religiosas ursulinas da mesma cidade.
Na paz silenciosa do claustro, Josefina ocupou-se em servir ao Senhor com crescente amor, fidelidade e perfeita alegria franciscana. Porém, bem cedo a pobre terra da França deveria ser golpeada pelo furioso furacão da revolução. Milhares de vítimas foram colocadas na prisão e sacrificadas. Os tribunais revolucionários somente interrogavam os acusados, não lhes permitindo a possibilidade de se defenderem.
Em 1791 as monjas clarissas foram expulsas de seu mosteiro, e Josefina foi hospedada por seus parentes em Cambrai. As irmãs ursulinas, com o desejo ardente de continuar sua vida religiosa, atravessaram a fronteira e se uniram às suas irmãs da região de Mons. Este exílio durou de 17 de Setembro de 1792 a 1º de Novembro de 1793, quando as irmãs ursulinas puderam regressar ao seu convento. Josefina, vendo que não lhe era possível regressar junto com as outras irmãs, desejosa de voltar à vida de comunidade, pediu para ser acolhida entre as irmãs ursulinas junto a sua irmã Escolástica. O gozo da recuperação da vida conventual foi breve. Valenciennes caiu novamente nas mãos dos franceses e a fúria tudo derrubou.
Na noite entre os dias 02 e 03 de Setembro os emissários revolucionários, percorrendo a cidade, aprisionaram Josefina, que se distinguiu por uma grande tranqüilidade de ânimo que jamais abandonou. Ao comissário disse que não havia necessidade de tanta gente para apoderar-se de uma pobre mulher. Nessa mesma noite, junto com sua irmã Maria Escolástica, foi recolhida à prisão e ali esperaram o momento solene. A 23 de Outubro de 1794, subiram ao patíbulo recitando o "Te Deum" e as ladainhas da Virgem. No cadafalso tiveram palavras de agradecimento para os verdugos, cujas mãos elas beijaram. A Bem-aventurada Josefina Leroux e dez irmãs ursulinas foram assassinadas por ódio à fé, à Igreja e à religião de Cristo. Quando foi guilhotinada tinha 47 anos.

Ver também:


Fontes :
http://1.bp.blogspot.com/_VsL8VkjSZWw/SuEF7sn7iwI/AAAAAAAACBQ/l_vOvSubVXM/s1600-h/ursulines.jpg

Beato Carlos de Áustria, Leigo, Imperador (+1922), 21 de Outubro

Carlos de Áustria nasceu a 17 de Agosto no Castelo de Persenbeug na região da Áustria Inferior. Os seus pais eram o Arquiduque Otto e a Princesa Maria Josefina de Saxônia, filha do último Rei de Saxônia. O Imperador Francisco José I era o tio-avô de Carlos.
Carlos recebeu uma educação expressamente católica e até ao fim da adolescência é acompanhado com a oração de um grupo de pessoas, uma vez que uma religiosa estigmatizada lhe tinha profetizado grandes sofrimentos e ataques contra ele. Daqui teria origem, depois da morte de Carlos, a «Liga de oração do imperador Carlos para a paz dos povos», que em 1963 se torna numa comunidade de oração reconhecida pela Igreja.
Bem cedo cresceu em Carlos um grande amor pela Santa Eucaristia e pelo Coração de Jesus. Todas as decisões importantes eram procuradas por ele na oração.
A 21 de Outubro de 1911 esposou a Princesa Zita de Borbone-Parma. Nos dez anos de vida matrimonial feliz e exemplar, o casal recebeu o dom de oito filhos. Sobre o leito da morte, Carlos dizia ainda a Zita: «Amo-te sem limites!»
A 28 de Junho de 1914, após o assassínio num atentado do Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono, Carlos torna-se herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro.
Enquanto alastrava a I Guerra Mundial, com a morte do Imperador Francisco José, a 21 de Novembro de 1916, Carlos torna-se Imperador da Áustria. A 30 de Dezembro é coroado Rei apostólico da Hungria.
Também esta tarefa é vista por Carlos como uma via para seguir Cristo: no amor pelos povos a ele confiados, no empenho pelo seu bem e no dom da sua vida por eles.
O dever mais sagrado de um Rei - o empenho pela paz - foi colocado por Carlos no centro das suas preocupações no decorrer da terrível guerra. Único entre todos os responsáveis políticos, apoiou os esforços para a paz de Bento XV.
No que diz respeito à política interna, mesmo nos tempos extremamente difíceis encetou uma ampla e exemplar legislação social, inspirada no ensinamento social cristão.
O seu comportamento tornou possível no final do conflito, uma transição para uma nova ordem sem guerra civil. Todavia foi banido da sua pátria.
Por desejo do Papa, que temia a implementação do poder comunista na Europa Central, Carlos procurou restabelecer a sua autoridade de governo na Hungria. Mas duas tentativas falharam, uma vez que ele queria em todo o caso evitar que se desencadeasse uma guerra civil.
Carlos é mandado em exílio para a Ilha da Madeira. Uma vez que ele considerava a sua tarefa como um mandato de Deus, não pode abdicar do seu cargo.
Reduzido à pobreza, viveu com a sua família numa casa bastante húmida. Por isso adoeceu gravemente, aceitando a doença como sacrifício pela paz e a unidade dos seus povos.
Carlos suportou o seu sofrimento sem lamentações, perdoando a todos aqueles que tinham magoado e ofendido e morreu no dia 1º de Abril de 1922 com o olhar dirigido ao Santíssimo Sacramento. Como recordou ainda no leito da morte, o lema da sua vida foi: «Todo o meu empenho é sempre, em todas as coisas, conhecer o mais claramente possível e seguir a vontade de Deus, e isto da forma perfeita.»

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/93/Karl_of_Austria.jpg

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Santa Maria Bertilla Boscardin, Leiga (1888-1922), 20 de Outubro



Nasceu de família de modestos agricultores em 6 de outubro de 1888 no bairro de Cioia de Brendola, Província de Vicenza, Itália. Passou sua adolescência cultivando diferentes campos paternos e trabalhando em casas da região em tarefas domésticas. Já muito jovem  teve uma grande paixão pela Virgem Maria e, em 1905, entrou para a ordem das Mestras de  Santa Dorothea, Filhas do Sagrado Coração, em Vicenza.

Terminado o período do noviciato Maria Bertilla foi enviada, primeiro como praticante e depois como enfermeira ao hospital de Treviso. Ali mostrou um exemplo de caridade e amor aos pobres, porém sempre dando a conhecer a mensagem de Cristo a todos os seus pacientes. Converteu, assim, vários para o cristianismo.
Em 1910, quando só tinha 22 anos, foi operada de um tumor. Quando melhorou, voltou a trabalhar em Treviso e em Viggiú. Mas o tumor se reproduziu e ela teve que suportar grandes sofrimentos, passando por um estado de grande debilidade. Foi operada uma segunda vez, mas a enfermidade fez com que ela descansasse em paz no dia 20 de outubro de 1922, em Treviso. Muitos milagres foram reportados em seu túmulo e creditados à sua intercessão. Foi beatificada em 8 de junho de 1952 pelo Papa Pio XII e  canonizada em 11 de maio de 1861, pelo Papa João XXIII.

Ver também:

Fontes: