sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Trasladação da Casa da Santa Família para a cidade de Loretto, 10 de Dezembro

A Trasladação da Santa Casa, obra de Saturnino Gatti

Bouquet espiritual: «Também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que sigais os Seus passos.» (I Pe 2, 21)

A terrível novidade de que a Terra Santa estava perdida para os cristãos espalhou uma profunda tristeza por toda a Igreja; mas, ao mesmo tempo, uma outra notícia veio consolar as almas cristãs: a santa Residência de Nazareth, onde a Virgem Maria havia concebido o Verbo feito Carne, havia sido transportada pelos Anjos para a Dalmácia.

Ao despontar da aurora, os habitantes do país notaram, com grande espanto, um novo edifício que repousava sobre a terra, sem fundações, e mostrava, por sua forma, ser de origem estrangeira. Que monumento poderia ser este? Enquanto todos se interrogavam curiosamente, Maria trazia do Céu, Ela mesma, a resposta ao bispo da diocese que, gravemente doente, pedia aos Céus a sua cura para ir ver o prodígio: "Meu filho, disse-lhe Maria aparecendo para ele, esta casa é a casa de Nazareth, onde foi concebido o Filho de Deus. Tua cura dará prova deste prodígio."

Três anos mais tarde, a Casa santa, transportada pelas mãos dos Anjos, elevou-se novamente nos ares e desapareceu aos olhos do povo desolado, em 10 de dezembro de 1294. Ora, no dia seguinte pela manhã, os habitantes de Recanati, na Itália, viam surgir sobre a montanha vizinha de Loretto uma casa desconhecida, de aspecto extraordinário. Logo foi constatado que esta casa era aquela de Nazareth, que os habitantes da Dalmácia haviam visto, ao mesmo tempo, desaparecer repentinamente. Daí o surgimento de inúmeras romarias.


No Século XIV, um magnífico templo foi construído para guardar a Casa milagrosa. Este templo existe ainda hoje e vê, a cada dia, numerosos peregrinos de todas as partes do mundo. Como fala ao coração do cristão, este monumento venerável! Como ele nos lembra os mistérios de Deus! Quantas maravilhas de santidade ele viu! Como sua existência hoje, em Loretto, significa a realidade de tantos milagres! O peregrino ama a ponto de dizer: "Ali Maria orou, ali José trabalhou, ali Jesus viveu!" Ele ama a ponto de beijar um objeto insignificante por si próprio, mas mais precioso que todos os tesouros, pelas lembranças que lhes são aferidas: chamam-no de "santa Escudela", pois é o pote de barro onde o Salvador, segundo a tradição, tomava Suas refeições.


Abbé L. Jaud, Vida dos Santos para todos os dias do ano, Tours, Mame, 1950.




Fontes: http://www.magnificat.ca/cal/fran/12-10.htm http://leblogdumesnil.unblog.fr/files/2007/12/saturninogatti.jpg

Santa Leocádia, 9 de Dezembro


Santa Leocádia é a padroeira da cidade de Toledo, Espanha. Deu testemunho da fé durante a perseguição de Diocleciano. Era uma mulher bonita, nobre e possuidora de grande fortuna. Denunciada por ser cristã, foi presa e levada ao tribunal. "Foi interrogada, confessou; atormentaram-na, e Deus concedeu-lhe a coroa". Depois de torturada, foi lançada numa prisão. Com as unhas, fez uma cruz na parede, vindo a falecer no dia 9 de dezembro de 304. Os cristãos de Toledo construíram-lhe três igrejas: uma no lugar onde nasceu; outra, no lugar onde foi presa; e a terceira, no lugar onde teve a sua sepultura.




Fontes:


http://www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_dezembro.html

http://www.architoledo.org/SantaLeocadia/Santa%20Leocadia.jpg

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Imaculada Conceição da Virgem Maria, 8 de Dezembro


"A Imaculada Conceição", por Francisco de Zubarán, Século XVI
Museu do Prado, Madri, Espanha

A Imaculada Conceição é um dogma da Igreja Católica Romana. Definido no século XIX, sua festa litúrgica é celebrada em 8 de Dezembro.
Segundo esse dogma, a Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência. Nascida há dois mil anos atrás, na zona da Palestina, Maria é uma das mais controversas personalidades do cristianismo.
Histórico


Segundo a Igreja Católica, o bom senso dos fiéis sempre acreditou na imunidade de Maria do pecado original. Tanto no Oriente como no Ocidente, há grande devoção à Maria enquanto mãe de Jesus e "Virgem sem Pecados", notados desde os primórdios do cristianismo, quando o dogma da Imaculada Conceição já era tido para os fiéis como verdade de fé.


Os escritos cristãos do século II testemunhavam a idéia, concebendo Maria como nova Eva, ao lado de Jesus, o novo Adão, na luta contra o mal. O Protoevangelho de Tiago, obra apócrifa antiga, narrava Maria como diferente dos outros seres humanos. No século IV, Efrém (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria de Nazaré são limpos e puros de toda a mancha do pecado. Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua natividade, comemorada no dia 8 de setembro. No século X a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria.


Na Itália do século XV o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.





"A Imaculada Conceição", por Bartolomé Murillo
Museu do Prado, Madri, Espanha

Definição dogmática


Aos 8 de dezembro de 1854, Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, fez a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assim o Papa se expressou:


"Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis."


Lourdes


Em 1858 Bernadete Soubirous, uma jovem pobre e de pouca instrução, afirmou ter visto uma aparição que se auto-denominou de "Imaculada Conceição" na localidade Lourdes, diocese de Tarbes na França. O caso foi submetido às autoridades civis locais e eclesiásticas, após o que o bispo de Tarbes deu por confirmadas as aparições como sendo da Virgem Maria. As autoridades civis francesas se viram impotentes para impedir a devoção de milhares de pergrinos na época, hoje Lourdes se transformou num lugar de peregrinação internacional de milhões de católicos devotos da Virgem Maria.


Indulgência plenária


No dia 5 de dezembro de 2007 a Santa Sé tornou público decreto em que é concedida aos fiéis a indulgência plenária por ocasião do "150º aniversário da aparição da Bem-aventurada Virgem Maria em Lourdes", o documento vai assinado pelo cardeal James Francis Stafford e pelo bispo Gianfranco Girotti, O.F.M. Conv., respectivamente penitenciário maior e regente da Penitenciária Apostólica.


O decreto estabelece que "para que desta comemoração se derivem frutos crescentes de santidade renovada, o sumo pontífice Bento XVI estabeleceu a concessão da indulgência plenária" aos fiéis segundo as condições habituais. Estas condições implicam o arrependimento e confissão dos pecados, comunhão e oração pelas intenções do Papa. [1]

No dia 8 de dezembro de 2007 o papa Bento XVI, durante a alocução do Ângelus comentou que nesta festa solene se recorda que "o mistério da graça de Deus envolveu desde o primeiro instante de sua existência à criatura destinada a converter-se na Mâe do Redentor, preservando-a do contágio com o pecado original. Ao contemplá-la, reconhecemos a altura e a beleza do projeto de Deus para cada ser humano: chegar a ser santos e imaculados no amor (Cf. Efésios 1, 4), a imagem de nosso Criador."


Referências


1. "In occasione del 150° anniversario della manifestazione della Beata Vergine Maria nella Grotta di Massabielle, vicino a Lourdes, è quotidianamente concessa l’Indulgenza plenaria ai fedeli, che, dal giorno 8 Dicembre 2007 fino al giorno 8 Dicembre 2008, piamente e alle condizioni stabilite, visiteranno la Grotta di Massabielle, e, dal 2 all’11 Febbraio 2008, visiteranno, in qualsiasi tempio, oratorio, grotta, o luogo decoroso, l’immagine benedetta della Beata Vergine Maria di Lourdes solennemente esposta alla pubblica venerazione" Decreto de Indulgência Plenária (em italiano).


Fontes:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Imaculada_Concei%C3%A7%C3%A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Bartolom%C3%A9_Esteban_Perez_Murillo_021.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Zurbaran_-_Inmaculada_Concepcion.jpg

Santo Ambrósio, Bispo, Doutor da Igreja (+397), 7 de Dezembro


Ambrósio é uma das figuras mais egrégias da Igreja da época romana. Por família e formação, representava as grandes virtudes cívicas e morais dos administradores e magistrados, que formaram o maior império da antigüidade e o mantiveram em plena vitalidade durante meio milênio: a retidão e o amor à justiça, a probidade e sentido prático, a doação à causa pública.
Seu pai era governador das Gálias, e nesta escola de valores se formou o jovem Ambrósio. Outro valor que lhe adveio com o berço foi a depuradíssima formação humanística, especialmente através do estudo da poesia e da retórica.
Assim, Ambrósio estava preparado para ser um dos funcinários diretores do Império, e efetivamente aos 30 anos era nomeado governador das províncias de Lugúria e Emília, com sua capital Milão, sede então do imperador.
Embora catecúmeno, nada fazia suspeitar então o rumo que haveria de tomar sua vida.
Com motivo de encontrar-se o povo reunido na basílica para nomeação do bispo da cidade, e temer-se um tumulto por haver facções contrárias, Ambrósio dirigiu-se como governador para a catedral e exortou o povo à concórdia e à paz. Estava ainda falando, quando se levantou uma voz: “Ambrósio, bispo”, e todo o povo aclamou: “Ambrósio, bispo”.
Surpreso, e atemorizado, acabou vendo nesta manifestação popular um sinal da vontade divina, e a ela se submeteu.
Ambrósio levou para o episcopado as grandes qualidades de organizador, que o fizeram um dos governantes do Império; é assim um dos estruturadores da Igreja do ocidente. Sua influência foi decisiva para devolver à Igreja, conturbada pelo arianismo. Neste aspecto, contudo, não se pode ignorar que Ambrósio foi um dos bispos que mais influíram em firmar a aliança império-Igreja, que haveria de hipotecar a liberdade da Igreja durante mil e quinhentos anos.
Mas os aspectos jurídicos e políticos não impediram que desabrochasse alta espiritualidade, que o coloca em plena luz cristã, tão por cima da tradição romana de honestidade. Basta considerar as quatros obras que escreveu sobre a virgindade, virtude totalmente ignorada pela moral romana e que supõe a mística de uma doação total a Deus em corpo e alma.

(Cf PALACÍN S.J., Carlos; PISANESCHI, Nilo. Santo nosso de cada dia, rogai por nós!, São Paulo: Loyola, 1991)

Fontes:
http://www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_dezembro.html
http://www.agencia.ecclesia.pt/ecclesiaout/snpcultura/fotografias/vol_santo_ambrosio.jpg

2º Domingo do Advento - Ano B, Semana II do Saltério


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos, 1, 1-8

1Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. 2Está escrito no profeta Isaías: «Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho. 3Uma voz clama no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas'». 4Apareceu João Baptista no deserto a proclamar um baptismo de penitência para remissão dos pecados. 5Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 6João vestia-se de pêlos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. 7E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias. 8Eu baptizo-vos na água, mas Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo».


S. Marcos começa o seu Evangelho com umas breves referências à pregação do Baptista (vv. 2-8) e ao Baptismo de Jesus (vv. 9-11) e uma brevíssima alusão às tentações no deserto (vv. 12-13), que constituem como que o prólogo da sua obra. À primeira vista, poderia parecer que no 1º versículo – “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” – a palavra Evangelho designaria o seu escrito. Mas a verdade é que estas palavras são como que a síntese de toda a obra: “Jesus” é “Cristo”, isto é, o Messias anunciado pelos profetas e também o “Filho de Deus”. Todo o Evangelho de Marcos está enquadrado nesta confissão de fé, com que também finaliza a vida terrena de Jesus: ”verdadeiramente este homem era Filho de Deus (Mc 15, 39). O próprio Jesus é Ele mesmo o “princípio” da salvação, pois Ele é a Boa Nova, o “Evangelho”. A palavra grega “evangelho” significa boa notícia; no Novo Testamento é o feliz anúncio da salvação que Deus comunica aos homens por meio de seu Filho.


A citação inicial (vv. 2-3) de Isaías 40, 3 (cf. 1ª leitura de hoje) tem o valor da citação do Profeta messiânico por excelência, por isso engloba na citação uma parte que nem sequer é de Isaías, o v. 2, mas do profeta Malaquias (Mal 3, 1; cf. Ex 23, 20). A grandeza de Jesus é posta em relevo pela humildade de João que afirma: “eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias” (v. 7); com efeito desatar as sandálias era considerado algo tão humilhante, que nem sequer se podia exigir a uma escravo que fosse judeu. O convite do Baptista à “penitência” (v. 4) é o melhor apelo a “preparar o caminho do Senhor” para o Natal que se aproxima; o próprio João aparece como um modelo de preparação: um homem desprendido e penitente (cf. v. 6).


Fonte:

http://www.presbiteros.com.br/dominicais/2%BA%20DOMINGO%20DO%20ADVENTO%20B.htm

São Nicolau, Bispo, 6 de Dezembro



O Santo deste dia é São Nicolau, muito amado pelos cristãos e alvo de inúmeras lendas. Nicolau nasceu na Ásia Menor, pelo ano de 275, filho de pais ricos, mas com uma profunda vida de oração. Tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde com amor evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição em que viviam os cristãos. 
São Nicolau é conhecido principalmente para com os pobres, já que ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados. Certa vez, Nicolau sabendo que três pobres moças não tinham os dotes para o casamento e por isso o próprio pai, na loucura, aconselhou-lhes a prostituição, atirou pela janela da casa das moças três bolsas com o dinheiro suficiente para os dotes das jovens. Daí que nos países do Norte da Europa, através da fantasia, viram em Nicolau o velho de barbas brancas que levava presentes às crianças no mês de dezembro. 
Sagrado bispo de Mira, Nicolau conquistou todos com sua caridade, zelo, espírito de oração, e carisma de milagres. Historiadores relatam que ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado à morte, mas felizmente salvou-se em 313, pois foi publicado o edital de Milão que concedia a liberdade religiosa.
São Nicolau participou no Concílio de Nicéia, onde Jesus foi declarado consubstancial ao Pai. Partiu para o céu em 342 ao morrer em Mira com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegassem ao povo.
A transformação de São Nicolau em Papai Noel começou na Alemanha, onde sua imagem passou definitivamente a ser associada com as festividades do Natal.
Em 1822, Clement C. Moore escreveu o poema "A Visit from St. Nicholas", retratando Papai Noel passeando em um trenó puxado por oito renas, o mesmo modo de transporte utilizado na Escandinávia. No poema, várias tradições foram buscadas de diversas fontes. A chaminé, por ex., veio da Finlândia: os antigos lapões viviam em pequenas tendas - semelhantes a iglus - que eram cobertas com pele de rena, cuja entrada era um buraco no telhado. 

Como São Nicolau passou a ser Papai Noel: 
São Nicolau – Papai Noel (Alemanha) – Papai Noel (EUA 1800) – Hoje

Nos países do norte da Europa, prega-se que o Papai Noel não vive no Pólo Norte, mas na Lapônia, na cidade de Rovaniemi. Lá existe o "escritório do Papai Noel", bem como o parque conhecido como "Santa Park", que se tornou uma atração turística. Em função disso, a região de Penedo, no Rio de Janeiro, que é uma colônia finlandesa, se auto-declarou como a "residência de verão" do Papai Noel.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/www/popup-saints.php?language=PT&id=11224&fd=0 
http://accel92.mettre-put-idata.over-blog.com/0/49/16/15/saint-du-jour/saint-nicolas.jpg 
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://www.ignezferraz.com.br/img/dicas/natal_evolucao.jpg&imgrefurl=http://www.ignezferraz.com.br/mainportfolio4.asp%3Fpagina%3DDicas%26cod_item%3D1945&usg=__-nSMm4NjKqDREh6Q_9bjz0-KMHc=&h=283&w=510&sz=49&hl=pt-BR&start=48&sig2=RUX9Fj7t_5nCcURMQrCtvQ&tbnid=LqUfTBR01_nzZM:&tbnh=73&tbnw=131&ei=FcstSa3vMIOs8AShvazFBA&prev=/images%3Fq%3DS%25C3%25A3o%2BNicolau%26start%3D40%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN 
http://www.igrejaservia.org/icones/icones_041.html 
http://www.ignezferraz.com.br/img/dicas/natal_evolucao.jpg

Bem-Aventurado Filippo Rinaldi, Padre Salesiano, 5 de Dezembro



Nascido em 28 de maio de 1856 em Lu Monferrato (Alessandria), Itália, Filippo foi conquistado para o serviço a Deus, aos vinte e um anos de idade, por Dom Bosco. Ele foi o terceiro sucessor de Dom Bosco.
Ao se tornar sacerdote, ele recebeu a incumbência de formar os aspirantes e noviços. Dom Rua o enviou como Diretor, em 1889, a Sarria, na Espanha. Convocado em seguida a ser Provincial, ele contribuiu de maneira decisiva para o desenvolvimento da “Espanha Salesiana”. 
Nomeado Vigário Geral da Congregação, ele revelou ainda mais os seus dons de pai e a riqueza das suas iniciativas: zelo pelas vocações; formação de centros de assistência espiritual e social para os jovens operários; guia e apoio para as Filhas de Maria Auxiliadora num momento particular de sua história. Ele deu um grande impulso aos Cooperadores; instituiu as Federações Mundiais de Ex-Alunos e Ex-Alunas. Trabalhando com as Zeladoras de Maria Auxiliadora, ele compreendeu e percorreu um caminho que o conduziu a criar uma nova forma de vida consagrada no mundo, a qual floresceria em seguida no Instituto Secular dos “Voluntários de Dom Bosco”.
Eleito Reitor "Maior" em 1922, ele empregou todas as suas energias para adaptar o espírito de Dom Bosco aos novos tempos. “Ao Padre Rinaldi falta apenas ter a voz de Dom Bosco, no mais ele possui todo o resto”, dizia o Padre Francesia. Versado em salesianismo e mestre de vida espiritual, ele reavivou a vida interior dos Salesianos, a confiança absoluta em Deus, a confiança na Virgem Auxiliadora; ele pediu ao Papa Pio XI a indulgência do “trabalho santificado”; ele teve um profundo zelo pelas missões, fazendo com que inúmeros jovens missionários aprendessem a língua e os costumes dos locais para onde seriam enviados, visando uma evangelização mais eficaz.
Padre Filippo Rinaldi morreu em 5 de dezembro de 1931. Seu corpo é venerado na cripta da Basílica de Maria Auxiliadora. Sua memória é celebrada no dia 5 de dezembro. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 29 de abril de 1990.

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel

Fontes:

http://voiemystique.free.fr/filippo_rinaldi.htm
http://www.vangelodelgiorno.org/www/zoom_img.php?frame=48291&language=IT&img=&sz=full

Santa Bárbara, Mártir, 4 de Dezembro


A Grande Santa e Mártir Bárbara viveu e sofreu durante o reinado do imperador Maximiano (305-311). Seu pai, um pagão de nome Dióscoro era um homem rico e ilustre da cidade fenícia de Heliópolis; como ele ficou viúvo muito cedo, voltou toda a sua atenção em devoção a sua filha única. Bárbara tinha uma beleza tão extraordinária que seu pai decidiu criá-la afastada dos olhos de estranhos. Para isso ele construiu uma torre, na qual ela vivia, junto de seus tutores pagãos.
Do alto da torre, ela podia vislumbrar a imensidão da criação de Deus: durante o dia, ela via colinas cobertas de florestas, rios que cortavam a terra e campinas cobertas por flores de todas as cores do arco-íris; e, a noite, o impressionante espetáculo da harmonia e majestade dos céus estrelados. Logo a jovem donzela passou a se questionar sobre o Criador de um mundo tão esplêndido e harmonioso. Aos poucos ela foi se convencendo de que os ídolos pagãos eram criações das mãos humanas, e embora seu pai e tutores a ensinassem a adorá-los, os ídolos não se mostravam sábios ou divinos o suficiente para terem criado o mundo. O desejo de Bárbara de conhecer o Deus Verdadeiro consumia sua alma de tal maneira que ela decidiu devotar toda a sua vida a isto, vivendo em castidade.



Mas a fama de sua beleza espalhou-se pela cidade, e surgiram muitos pretendentes à sua mão. E apesar das súplicas de seu pai, ela recusou, dizendo-lhe que sua persistência poderia separá-los para sempre, tendo um final trágico. Dióscoro, então, decidiu que o temperamento de sua filha havia sido afetado por sua vida reclusa – ele, então, permitiu que ela deixasse a torre, concedendo-lhe a liberdade de escolha de seus amigos e conhecidos. Foi assim que a donzela conheceu na cidade jovens cristãos, que lhe revelaram sobre os ensinamentos de Deus, a vida de Nosso Senhor, a Trindade e a Sabedoria Divina. Pela Providência Divina, após um certo tempo, um padre de Alexandria, disfarçado como mercador, chegou a Heliópolis, e posteriormente veio a batizar Bárbara.

Enquanto isso, um luxuoso quarto de banho estava sendo construído na casa de Dióscoro. Segundo suas ordens, os operários deveriam construir duas janelas na parede sul; mas Bárbara, aproveitando-se da ausência de seu pai, pediu-lhes para que fosse feita uma terceira janela, representando a Trindade. Sobre a entrada do quarto de banho Bárbara esculpiu em pedra uma cruz – segundo o hagiógrafo Simeão Metafrastes, certo tempo após a fonte que originalmente abastecia o quarto de banho ter secado, ela voltou a jorrar água com poderes curativos.
Quando Dióscoro retornou, expressando insatisfação com as mudanças em sua obra, sua filha lhe contou sobre seu conhecimento do Deus Triuno, sobre a salvação pelo Filho de Deus e da futilidade de adorar falsos ídolos.
Dióscoro imediatamente foi tomado pela fúria, tomando uma espada para matá-la; a jovem fugiu de seu pai, que partiu em sua perseguição; quando Santa Bárbara chegou a uma colina, nele se abriu uma caverna para escondê-la em seu interior. Após uma busca longa e sem resultados por sua filha, Dióscoro viu dois pastores em uma colina. Um deles lhe mostrou a caverna onde a Santa havia se escondido – quando a encontrou, Dióscoro lhe deu uma surra terrível, para depois mantê-la em cativeiro, em um jejum forçado. Vendo que não conseguia vencer a fé de Santa Bárbara, ele a levou para Marciano, o governador da cidade. Juntos, eles voltaram a surrá-la e chicoteá-la, salgando suas feridas. À noite, a Santa Donzela rezou com fé ao Senhor, e Ele lhe apareceu em pessoa, curando seus ferimentos. Ela, então, sofreu tormentos mais cruéis ainda.


Entre a multidão que se encontrava próximo ao local da tortura, havia uma cristã moradora de Heliópolis, de nome Juliana, e seu coração havia se enchido de compaixão pelo martírio voluntário da bela e ilustre donzela.

Também desejando se sacrificar por Cristo e sua fé, e começou a denunciar os torturadores em voz alta, sendo presa logo em seguida. Ambas a Santas Mártires foram torturadas por muito tempo; após serem flageladas, foram levadas pelas ruas da cidade, em meio à zombaria e escárnio da multidão.
Após a humilhação, as fiéis seguidoras de Cristo, Santas Bárbara e Juliana foram decapitadas. O próprio Dióscoro executou Santa Bárbara. A fúria de Deus não tardou a punir seus torturadores e executores: logo em seguida, Dióscoro e Marciano foram fulminados por raios e relâmpago.
No Século VI, as relíquias da Santa Mártir Bárbara foram transladados para Constantinopla. No século XII, a filha do Imperador Bizantino Aleixo Comenes, a princesa Bárbara, após contrair matrimônio com o príncipe russo Miguel Izyaslavich as transladou para Kiev, capital da atual Ucrânia. Hoje suas santas relíquias descansam na Catedral de São Valdomiro em Kiev.

Tradução e Adaptação:
Ricardo Williams G. Santos

Fontes: 
http://www.ecclesia.com.br/Biblioteca/hagiografia/s_barbara.html
http://almocreve.blogs.sapo.pt/2007/10/ 
http://fr.wikipedia.org/wiki/Image:Sainte_barbe.jpg

terça-feira, 25 de novembro de 2008

São Francisco Xavier, Padroeiro das Missões, 3 de Dezembro



Francisco Jasso 
D'Azpilcueta y Javier 

Biografia
No dia 7 de Abril de 1506, nasce no Castelo-Solar da família Aguarês y Javier o oitavo filho, a que foi dado o nome de Francisco. Seu pai, nobre conceituado do Reino de Navarra, exercera o cargo de embaixador extraordinário junto do Reis Católicos, Fernando e Isabel. 
A sua família, rica de bens materiais, de títulos honoríficos e com elevada distinção mantinha junto da população uma excelente reputação, graças à sua generosidade e amizade. 
Francisco cresceu assim, junto aos Pirineus, num ambiente de riqueza e de tradição. Desde cedo mostrou uma aguçada inteligência e uma crescente paixão pelo estudo. Aos 7 anos inicia os seus estudos colegiais em Gandia-Espanha, onde lhe é profetizado um futuro glorioso. Aos 14 anos entra no Colégio de Santa Bárbara, de Paris para completar as disciplinas de filosofia, literatura e humanidades. Foi aqui que aprendeu a fundo as línguas francesa, alemã e italiana. 
A Universidade de Paris vê entrar o jovem Francisco aos 18 anos. Forma-se, com distinção, em Latim, Filosofia e Humanidades. Após terminar esta formação, atinge a cátedra em Artes de Engenharia. No colégio de Santa Bárbara, firmou uma forte e íntima amizade com o seu colega Inácio que, entretanto, seguia uma carreira militar. Inácio abandona o exército em consequência de um grave acidente e junto a Francisco iniciam um conjunto de exercícios espirituais, imaginados pelo primeiro, com vista ao estudo da doutrina cristã e benefício da Humanidade. Depois de peregrinação pelos Lugares Santos, ingressam no Seminário de Veneza a 15 de Agosto de 1530, com o propósito de fundarem a milícia dos Filhos de Jesus. Em 24 de Junho de 1536, Francisco Xavier é ordenado sacerdote. Mas a doença começa a atormentá-lo. Por várias vezes tem que se manter acamado e a noticia da anexação de Navarra a Castela deixa-o muito abalado. 
Em Portugal, D. João III precisa de uma ordem de evangelizadores que, com a cruz na mão, levem a notíca desta nação de bravos e bons homens, aos recém descobertos povos de além-mar. Solicita ao Papa que lhe sejam destinados alguns Padres Jesuítas, atendendo às suas afamadas técnicas de evangelização. Francisco Xavier acaba por ser o escolhido e com entusiasmo inicia a sua missão. 
No Oriente percorre Goa e depois as ilhas de Madrasta, Maçacar, Malaca, Molucas, Amboíne e Moro. As condições de vivência são difíceis, mas as feitorias Portuguesas começas a solidificar após a sua passagem. No Japão continua o seu percurso evangelizador e rapidamente entra nas relações das mais importantes famílias do Império do Sol Nascente. Fracassa no contacto com o Imperador e com o Shogum, que não aceitam os seus intentos religiosos. Segue-se a Etiópia, onde conquista o Imperador e a Imperatiz, movendo-se com facilidade nos círculos de poder da nação. 
Mas se no plano religioso não consegue convencer o Imperador do Japão, no plano político é um hábil negociador, abrindo portas aos acordos comerciais com quase todo o Oriente. Fruto da sua inteligência, profunda cultura e hábil dialética, o navarro Francisco Xavier notabilizou-se pelo papel de embaixador de Portugal junto de diversas comunidades e nações. 
Doente e cansado retorna a Goa a 6 de Maio de 1551, com 44 anos de idade. É recebido com alegria pela comunidade local, com faustos festejos pela nobreza local. Dedica os seus últimos tempos de vida ao trabalho no campo humanístico e cultural. As febres infecciosas atacam-no. Visita a Missão de Sancião a 1 de Dezembro de 1552. Está exausto e, algumas horas depois morre, na madrugada de 3 de Dezembro de 1552, numa humilde esteira de vimes abraçado ao crucifixo que o velho amigo Inácio, um dia, lhe tinha oferecido. 
Mas há obras que não morrem. Nem os seus obreiros. A 25 de Outubro de 1605, o papa Paulo V beatifica o Padre Francisco Xavier que passa a São Francisco Xavier em 12 de Março de 1622, canonizado pelo papa Gregório XV. 

Túmulo
O corpo de São Francisco Xavier está hoje na Basílica do Bom Jesus em Velha Goa. A sua urna é exposta de dez em dez anos publicamente na Sé Catedral. O dia de São Francisco Xavier celebra-se a 3 de Dezembro de todos os anos. O corpo do santo encontra-se miraculosamente bem conservado, faltando-lhe, contudo, um braço.

Fontes: 
http://www.dioceseitaguai.org.br/Imagens/viagxavi.jpg