segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quatro Santos Coroados, 8 de Novembro


Os Quatro Mártires Coroados. Os chamados "Santi Quattro Coronati"
Os quatros santos coroados são: Castório, Cláudio, Nicóstrato e Sinfrônio e foram torturados e depois martirizados em Pannonia (hoje Hungria) visto que eram escultores em Sirmium (antiga Iugoslávia) e se recusaram a esculpir uma estatua pagã para o Imperador Diocleciano (243-305). Um quinto mártir chamado Simplício também morreu com eles.

Uma basílica foi erigida em Roma em honra desses mártires
Na Colina de Caelian em Roma existe uma linda igreja chamada "Santi Quattro Coronati”. Ela foi feita provavelmente no século sexto e muito se tem escrito sobre os quarto mártires coroados. Mas a Igreja comemora não quatro, mas cinco mártires.
A explicação mais convincente é que cinco homens foram martirizados em Pannonia, um dos quais era Simplício, e este teria sido omitido na contagem. Algum tempo depois, as relíquias de quatro homens foram trazidas para Roma e enterradas na Via Labicana, e as de Simplício teriam ficado em Pannonia. A tradição diz que eles foram torturados por não quererem fazer um escultura do deus Aesculapius, o deus grego da medicina. Mais tarde, o Papa Miltíades indicou os nomes dos cinco como sendo os mártires coroados.
A lenda mais popular conta que eles eram grandes escultores em pedra e trabalhavam juntos. O seu trabalho exibia um perfeito equilíbrio entre a pedra e o espaço, e o Imperador Diocleciano havia adquirido um certo número de trabalhos deles, aos quais admirava. Outros escultores menos talentosos, com inveja, persuadiram Diocleciano a ordenar uma escultura de Aesculapius, sabendo que eles, sendo cristãos, iriam recusar. Realmente, os escultores educadamente recusaram-se a esculpir a referida estátua.
Eles foram, então, ordenados a fazer sacrifícios ao deus Sol. Isto era ainda menos aceitável para eles. Quando o oficial de Diocleciano de nome Lampadius, que estava tentando convencer os escultores a oferecer os sacrifícios, morreu repentinamente, os seus parentes culparam os escultores pela sua morte. Para aplacar os parentes, Diocleciano ordenou que eles fossem amarrados vivos dentro de caixas de chumbo e jogados no rio.
Esses dados do Século IV têm um especial interesse porque conta onde era o quartel imperial, onde ficava a montanha onde os deuses eram adorados (na montanha perto de Sirmium) e apresenta uma visão das intrigas palacianas, dando a Diocleciano uma personalidade mais humana do que a de um simples e sanguinário tirano, representado por quase todos os demais martírios de sua época.
Os corpos foram enterrados a três quilômetros de Roma. Mais tarde, o Papa Gregório magno (um estudioso dos mártires) mencionou pela primeira vez na Igreja os "quatro mártires coroados" e o Papa Leão IV, em 841, trasladou as relíquias para a igreja da Via Lavican. Quando a igreja foi quase destruída pelo fogo, o Papa Paschoal II a reconstruiu e, durante a reconstrução, duas ricas urnas - uma em mármore e outra em porcelana - foram descobertas embaixo do altar. As urnas foram depositadas num cofre de pedra debaixo do altar mor, quando foram de novo encontradas pelo Papa Paulo V.
Eles são venerados na Inglaterra, tendo uma capela a eles dedicada, a capela dos "quatro mártires coroados" em Canterbury, Inglaterra, erigida em 619 d.C. Os escultores em pedra da Idade Média tinham pelos quatro mártires uma especial veneração.
Na arte litúrgica da Igreja, os quatro homens aparecem com ferramentas de escultores. Às vezes, as pinturas mostram o cinzel, a coluna e ferramentas de escultura; outras vezes, mostra Cláudio planejando numa prancheta, Sinfrônio e/ou Simplício com uma talhadeira e Castório como um velho.
São padroeiros dos escultores e dos cortadores de pedras e os trabalhadores em mármore.

Fonte:
http://www.cademeusanto.com.br/quatro_santos_coroados.htm



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