segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tobias, Filho de Tobit (Antigo Testamento), 31 de Janeiro

A história de Tobias e de seu pai, Tobit, é contada no Livro de Tobias. Em Nínive, na Assíria, Tobit, um deportado judeu muito piedoso ficou cego e decidiu enviar seu filho, Tobias, a Ecbatane, uma cidadela longínqua para reaver uma soma em dinheiro que lhe pertencia por direito, junto a alguns parentes. O que Tobit e seu filho ignoravam é que um dos seus parentes tinha uma filha, Sara, que viu morrerem todos os seus noivos, todas as vezes que tentou contrair núpcias.        
Tobit enviou um companheiro de viagem com seu filho, para que lhe servisse de guia. Tratava-se de Azarias (na verdade, o Arcanjo Rafael). Durante o caminho, Rafael disse a Tobias para pescar um determinado peixe, graças ao qual o Anjo preparou dois ingredientes misteriosos, que serviriam para situações futuras.  
Chegando a Ecbatane, Tobias ficou perdidamente apaixonado por Sara e descobriu que ela era a filha do parente de quem deveria cobrar a antiga dívida. Tobias acabou desposando Sara. Aconselhado por Azarias-Rafael, ele acabou com a maldição que pesava sobre ela, graças a um dos ingredientes obtidos a partir do peixe. Depois, Tobias e Sara retornam a Nínive. Com o segundo ingrediente tirado do peixe, Rafael mostrou como preparar um remédio que devolveria a visão a Tobit.
Depois de todas essas aventuras, Rafael finalmente revelou a sua verdadeira natureza. Então, toda a família deu graças ao Senhor pela sua intervenção.         
O Livro de Tobias é uma elegia à vida familiar, à piedade filial, ao amor materno e paterno, à intimidade conjugal, ao período da velhice. Tobias e Sara, por sua atitude, confiança e oração permanecem, ainda hoje, modelo para os casais que desejam confiar ao Senhor a sua vida conjugal. Eles manifestam que a relação entre os esposos precisa estar fundada no respeito e no amparo mútuos, na complementaridade. Tobias dá testemunho de uma real confiança na providência divina, capaz de se manifestar enquanto tudo parece definitivamente perdido; com  Sara, ele mostra que é possível construir uma vida de homem e mulher crentes em Deus.

Oração de Tobias e de Sara  (Tobias 8, 5-8)
«Tobias dizia: “Senhor, Deus de nossos pais, que o Céu e a Terra Te bendigam, bem como o mar, as fontes, os rios e todas as criaturas que neles se encontram. Foste Tu que fizeste Adão do limo da terra, e que lhe deste Eva para ajudá-lo. E agora, Senhor, tu o sabes: se eu desposo esta filha de Israel, não é para satisfazer às minhas paixões, mas somente pelo desejo de fundar uma família que bendirá Teu Nome por todos os Séculos dos Séculos.”   
Sara, por sua vez, disse: “Tenha piedade de nós, Senhor, tenha piedade de nós; possamos nós vivermos felizes até a nossa velhice, todos dois, juntos.”»
(Trecho da Traduction Liturgique de la Bible - © AELF, Paris)

Ver também :

Fontes :
http://www.levangileauquotidien.org/main.php?language=FR&module=saintfeast&localdate=20110131&id=1643&fd=0

Santa Martina (ou Martinha), Leiga Celibatária, Mártir (+ 226), 30 de Janeiro

Santa Martina nasceu em Roma, filha de pais ilustres. Seu pai havia sido três vezes cônsul e se destacava por uma fé viva e uma caridade ardente. Após sua morte, Martina vendeu seus bens e destinou o dinheiro às obras de caridade e misericórdia.
O imperador Alexandre reinava e perseguia os cristãos. Os encarregados pela perseguição aos servidores de Jesus Cristo encontraram Santa Martina orando numa igreja e levaram-na presa. Como a moça não apresentasse nenhuma resistência em segui-los, eles acreditaram ter feito uma conquista, porém, conduzida ao imperador, Martina recusou-se a sacrificar aos ídolos; Alexandre não fez por menos e mandou conduzi-la ao templo de Apolo. Lá entrando, Martina armou-se do sinal da Cruz, orou a Jesus Cristo e, no mesmo instante, aconteceu um terrível tremor de terra que derrubou uma parte do templo e destruiu o ídolo. O imperador, irritado, ordenou que desferissem socos em Martina e que a esfolassem com garras de ferro; Martina sofreu com uma tal paciência que os carrascos, esgotados, foram substituídos por outros, os quais foram derrubados por uma luz divina e acabaram convertidos.
Novamente conduzida diante do imperador, Martina recusou-se, pela segunda vez, a sacrificar aos ídolos; Alexandre ordenou, então, que a amarrassem a quatro estacas e a chicoteassem tão cruelmente, e por tanto tempo, que os carrascos acabaram parando devido à exaustão. Martina foi reconduzida à prisão, e derramaram óleo fervente nas suas chagas; mas os Anjos vieram fortificá-la e consolá-la. No dia seguinte, a moça foi conduzida ao templo de Diana, que o demônio imediatamente deixou gritando horrivelmente, no mesmo instante em que um raio derrubou e queimou uma parte do templo com seus sacerdotes.
O imperador, aterrorizado, entregou Martina nas mãos do presidente Justino; este ordenou que a moça fosse cruelmente dilacerada com pentes de ferro, e ele pensou que ela estivesse morta. Logo, porém, Justino percebeu que havia se enganado e disse-lhe: "Martina, você não quer mesmo sacrificar aos Deuses e, assim, se livrar dos suplícios que lhe estão reservados?” “Tenho meu Senhor Jesus Cristo que me fortalece, e eu não sacrificarei aos demônios de vocês.” O presidente, furioso, ordenou então que a reconduzissem à prisão.
 Alexandre, informado do que se havia passado, ordenou que Martina fosse levada ao anfiteatro a fim de ser exposta às feras; mas um leão, que lá foi deixado para devorá-la, veio deitar-se aos seus pés e começou a lamber-lhe as feridas; porém, enquanto o levavam de volta à sua cova, o grande leão lançou-se sobre um conselheiro de Alexandre, devorando-o. Reconduzida à prisão, Martina foi ainda uma segunda vez levada ao templo de Diana e, como se recusasse a sacrificar aos ídolos, dilaceraram-lhe novamente o pobre corpo. "Martina, disse-lhe um dos carrascos, reconheça Diana como deusa, e você será libertada.” “Eu sou cristã e eu confesso Jesus Cristo." A estas palavras, jogaram sobre a moça um fogaréu preparado com antecedência, mas o vento e a chuva, que surgiram nesse momento, dispersaram a fogo, queimando os espectadores. Retiveram a Santa durante três dias no templo, mas somente após lhe terem cortado os cabelos. O imperador acreditava que ela tivesse poderes mágicos e achava que sua força se encontrava em seus cabelos.
Martina permaneceu todo esse tempo sem nada comer ou beber, cantando continuamente os louvores de Deus. Sem saber mais o que fazer, Alexandre ordenou que lhe cortassem a cabeça. O corpo de Martina permaneceu vários dias exposto em praça pública, protegido por duas águias que ficaram ao seu lado até o momento em que um certo Ritorius pôde lhe dar uma sepultura digna.

Pe. Giry, Vida dos Santos, pgs. 62-64
Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado

Ver também:

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=FR&module=saintfeast&localdate=20110130&id=1595&fd=0

domingo, 30 de janeiro de 2011

São Gildas, o Sábio, Confessor (+570), 29 de Janeiro

Gildas viveu grandes experiências em sua vida que lhe proporcionou viajar, casar e, até, viver como eremita. Essas experiências tornaram-lhe um homem com uma capacidade de observação e reflexão profundas, que culminaram em um livro - sua grande obra - chamado De Excidio Britannic.
Neste livro, Gildas faz uma reconstituição histórica da sociedade de sua época. Mostrando-se extremamente duro com os homens de sua época, aponta erros e injustiças gritantes. Obviamente, seu texto desagradou a muitos e muitas também foram as críticas que recebeu. Com sabedoria, Gildas enfrentou a todos, pois, seu mais profundo desejo era o da conversão do homem. E, assim, ganhou o apelido de "o sábio", dado por aqueles que o procuravam e por ele eram convertidos.

Santificando a vida: 
Qual a reflexão que faço de minha época? Consigo ver sinais do Reino de Deus nela?

Fontes:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c9/Statue_St-Gildas_0708_NB1.jpg

sábado, 29 de janeiro de 2011

São Pedro Nolasco, Sacerdote, Fundador (1189-1256), 28 de Janeiro

São Pedro Nolasco nasceu numa família ilustre, que habitava perto de Carcassonne, na França, no final do Século XII. Infelizmente, seus pais morreram quando era ainda um adolescente. Durante toda a sua vida, Pedro se aplicou na prática da caridade para com o próximo.
A heresia dos Albigenses assolava, então, o Centro da França. Para se afastar desse perigo, Pedro vendeu seu patrimônio e partiu para a Espanha, onde foi chamado pelo rei Tiago de Aragão, mais precisamente para Barcelona, e ali aplicou toda a sua fortuna no resgate dos que haviam sido feitos prisioneiros pelos Sarracenos. Mas, para ele, sacrificar seus bens não bastava para realizar a caridade que trazia consigo. Pedro queria vender-se a si próprio para livrar seus irmãos e assumir os grilhões que lhes pesavam. Une noite, enquanto orava sonhando com a libertação dos cativos, a Santa Virgem lhe apareceu, pedindo-lhe que fundasse, em Sua honra, uma Ordem religiosa consagrada a esta obra de caridade. Pedro apressou-se em obedecer a este pedido celestial, ainda mais porque o rei e Raimundo de Pennafort também haviam recebido, ao mesmo tempo, a mesma revelação.
Pedro, então, fundou a Ordem de Nossa Senhora das Mercês pela Redenção dos Cativos. O caráter particular desta Ordem é que, aos três votos convencionais (pobreza, obediência, castidade), Pedro adicionou um quarto voto: fazer-se prisioneiro, em caso de necessidade, em troca da libertação de cristãos.   
A este exemplo heróico de caridade, Pedro adicionou o de todas as virtudes. Favorecido com o dom da profecia, Pedro Nolasco predisse ao rei de Aragão a conquista do reino de Valencia sobre os Mouros.  Era agraciado por freqüentes aparições do seu Anjo da Guarda e da Santíssima Virgem Mãe de Deus. 
Enfim, acabrunhado pela idade, pelo trabalho e pela penitência, Pedro recebeu o aviso de que a hora de sua morte se aproximava. Ele ainda exortou seus irmãos à caridade para com os cativos, enquanto lhe administravam a Unção dos Enfermos. Depois, dizendo essas palavras: «O Senhor enviou a redenção ao seu povo», ele entregou sua alma a Deus, em plena noite de Natal do ano de 1256.
©Evangelizo.org

Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado

Ver também:

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=FR&module=Sãofeast&localdate=20110128&id=1641&fd=0_img.php?frame=30700&language=FR&img=&sz=full

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Santo Henrique de Ossó e Cervelló, Presbítero, Fundador (+1896), 27 de Janeiro

Enrique nasceu em Vinebre, Espanha, no dia 15 de Outubro de 1840. Aos 14 anos, perdeu sua querida mãe, vitima do cólera. Esta perda prematura despertou no jovem Enrique o desejo de ser sacerdote: “Serei sempre de Jesus, seu ministro, seu apóstolo, seu missionário de paz e de amor.” Foi ordenado sacerdote aos 27 anos.
Teve uma vida curta, pois morreu antes de completar 56 anos, mas nem por isso foi menos intensa na entrega a Deus e no serviço aos irmãos. Profundamente movido pela experiência de ser criatura amada e acompanhada por Deus e pelo desejo de fazer com que outras pessoas também “Conhecessem e amassem a Jesus”, desenvolveu uma série de atividades voltadas, especialmente, para as crianças e a mulher.
Sua vida toda foi a confirmação do desejo de ser ministro, apóstolo e missionário de Jesus. Desde muito jovem aproximou-se de Santa Teresa de Ávila, através da leitura de seus escritos. Cativado pelos ensinamentos e pela vida de Teresa, tornou-se um incansável propagador de sua doutrina, despertando nos seus leitores e seguidores admiração e amor. Quem se aproxima de Enrique, inevitavelmente chega a Teresa. Santo Enrique foi o fundador da Companhia de Santa Teresa de Jesus, Congregação das irmãs teresianas e também do MTA. É importante conhecê-lo para compreender melhor qual o papel da educação teresiana na sociedade de hoje.

Ver também:

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20110127&id=11689&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=46851&language=PT&img=&sz=full

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

São Davi IV, o Construtor, Rei da Geórgia - Cáucaso (+ 1125), 26 de Janeiro

A Igreja latina o festeja, em seu martirológio, no dia 24 de janeiro, enquanto que as Igrejas do Oriente o fazem no dia 26 do mesmo mês. Davi era rei da Ibéria, ou seja, do interior da Geórgia, no Cáucaso, e rei da Abkhazia, região marítima que desde muito cedo acolheu comunidades cristãs.
Davi multiplicou os mosteiros que se tornaram importantes centros culturais, conservando a tradição de Antioquia, multiplicando os manuscritos, transmitindo os ensinamentos dos Padres da Igreja de língua siríaca.
São Davi é considerado como um dos maiores reis da Geórgia, pois deu ao seu povo o testemunho de uma fé intensa, de um grande amor à justiça e de uma grande coragem contra os inimigos persas. 
Construiu o célebre mosteiro de Guelati, onde terminou seus dias e onde está enterrado. Este mosteiro “renasceu” há alguns anos, após ter sido destruído durante a ocupação soviética.

Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado

Ver também:
         
Fontes:
http://www.facebook.com/pages/Davi-IV-le-Batisseur/77658430258#!/photo.php?fbid=77658820258&set=a.488857460258.299937.77658430258

Beato Manuel Domingo y Sol, Sacerdote, Fundador (1836-1909), 25 de Janeiro

Manuel Domingo y Sol nasceu em Tortosa no dia 1º de Abril de 1836. Fez os seus estudos sacerdotais no Seminário de Tortosa e na Universidade Eclesiástica do Valencia, sendo ordenado sacerdote em 2 de Junho de 1860. Exerceu o seu trabalho pastoral em diversas paróquias da sua diocese, promovendo a instrução da religião em centros juvenis. Padre Manuel destacou-se como um autêntico apóstolo da juventude, incentivando as vocações apostólicas entre os seculares.
Confessor de alguns mosteiros de religiosas, foi também apóstolo das vocações à vida consagrada, contribuindo para a fundação de diversos conventos e ajudando diversas congregações.
Procurava, com incansável paixão e grande dedicação, produzir bons frutos: assim foi para com alguns seminaristas da sua diocese, pelo conhecimento que tinha da vida, como que um pai, abrindo-lhes o caminho de maneira que o trabalho destes fosse mais peculiar: “Entre todos os trabalhos de fervor — nos deixou ele escrito — não há nenhum que dê maior glória a Deus do que contribuir a que hajam bons e santos sacerdotes na Igreja”.
Assim fundou o Colégio das Vocações de São José de Tortosa, e depois deste, outros oito colégios, que traçam um novo curso na formação sacerdotal. Para a renovação espiritual e intelectual do clero, a relação dos seus colégios culmina com o Pontício Colégio Espanhol de São José em Roma. Todo este trabalho fez com que os bispos lhe recomendassem a direção de dezoito seminários Diocesanos.
Do mais profundo da sua alma sacerdotal, um espírito dava vida a tanta atividade: a reparação a Deus por Jesus Cristo, dando forma exteriormente a esta nos seus Templos de Reparação, dos que fundou, começando pelo de Tortosa, onde repousam os seus restos mortais, e naquele de São Felipe de Jesus, no México. Para perpetuar e consolidar estes trabalhos pastorais, teve a intuição, durante a oração, de fundar a Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos.
Quis que a sua Irmandade trabalhasse no campo das vocações sacerdotais, religiosas e apostólicas, e na pastoral juvenil.
Carregado de boas obras e de novos projetos, repousou nos braços de Nosso Senhor em Tortosa, no dia 25 de Janeiro de 1909, tendo deixado terminadas para a Irmandade as obras de 10 colégios de São José para as vocações, 18 seminários em Espanha e na América, duas igrejas da Reparação e o primeiro Colégio Pontifício de São José, em Roma. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II no dia 29 de Março de 1987.

Afonso Rocha

Ver também:

Fonte:
http://alexandrinabalasar.free.fr/manuel_domingo_y_sol.htm

sábado, 22 de janeiro de 2011

São Feliciano de Foligno, Bispo, Mártir († 251), 24 de Janeiro

Criado em Foligno por seus pais, que eram cristãos, Feliciano foi estudar em Roma, onde o Papa Eleutério o confiou ao seu arquidiácono (vigário-geral), Victor, conferindo-lhe posteriormente o Sacramento da Ordem. Todavia Feliciano não permaneceu em Roma, pois desejava evangelizar seu país. O jovem deu provas de um grande ardor missionário não apenas em Foligno, mas também em Terni e Spoleto.
Quando o bispo de Foligno morreu, o povo da vila escolheu Feliciano como bispo. Foi necessário que, de Roma, o Papa interviesse para que Feliciano se resolvesse a aceitar o cargo episcopal.
Sob o imperador Filipe II, houve uma calmaria em relação às perseguições, e Feliciano aproveitou, então, para ampliar suas atividades missionárias. Porém, sob o imperador Décio, o bispo de Foligno foi preso, torturado e permaneceu encarcerado. As autoridades quiseram transferi-lo para Roma, mas o santo mártir morreu no caminho, devido aos maus tratos que havia sofrido. Feliciano estava com 94 anos de idade.
A cidade canadense de São Feliciano recebeu este nome em sua honra[ref. necessária].

Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado

Ver também:

Fontes :
http://fr.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9licien_de_Foligno
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Foligno075.jpg

Santa Emerenciana, Mártir (+ Século IV), 23 de Janeiro

Emerenciana, também conhecida como Emerência, é uma jovem mártir, contemporânea de Santa Agnes (início do Século IV).

Vida
Conta a lenda que Emerenciana era escrava, filha da ama de leite de Santa Agnes. Convertida ao cristianismo devido ao exemplo de sua irmã de leite, de quem era muito próxima, Emerenciana acabou assistindo ao martírio da irmã.
Todos os dias, a jovem ia orar sobre o túmulo de Agnes. Não tardou para que Emerenciana fosse também reconhecida como cristã, embora ainda fosse catecúmena, ou seja, ainda estivesse sendo preparada para receber o Batismo. Foi cruelmente apedrejada junto ao túmulo de Agnes em 304.


Veneração
·  Santa Emerenciana está enterrada ao lado de Santa Agnes na Basílica Sainte-Agnès-hors-les-Murs em Roma.
·  Uma capela lhe é dedicada em La Pouëze[1]
·  A capela do Instituto Notre-Dame-de-Vie em Venasque lhe é consagrada.
·  Santa Emerenciana é padroeira de Maisoncelles-du-Maine.
·  Considerada como Santa, é festejada pela Igreja Católica em 23 de janeiro e em 5 de fevereiro pela Igreja Ortodoxa (segundo o calendário utilizado).
Representação - Invocação

Emerenciana é representada carregando pedras (as do seu apedrejamento) no seu avental. É invocada para a cura dos males do ventre.

Link externo (em Francês)

 

Nota

1.  sob a invocação de Santa Emerência.

Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado

Ver também:

Fontes:
Article de Patrick Lemoine dans Thérèse de Lisieux - N° 884 - Page 5

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Santo Anastácio, Mártir (+628), 22 de Janeiro

Chosroas,  rei da Pérsia, tomou Jerusalém em 614 e nesta ocasião apoderou-se do santo Lenho da Cruz, levando-o consigo. Deus serviu-se desta circunstância para operar a salvação de muitos Persas. Um deles foi Anastácio, filho de um célebre feiticeiro. A santa Cruz de que tanto se falava excitou-lhe também a curiosidade e o desejo de vê-la. 
Sem ter a intenção de abraçar a religião de Cristo, nela se instruiu e a admiração crescia-lhe, à medida que se aprofundava nos santos mistérios. Depois de algum tempo, dirigiu-se a Hierápolis, hospedando-se em casa de um artista cristão. Este, no intuito de fazê-lo conhecer a fundo a religião cristã, convidou-o para assistir a diversas reuniões cristãs. As santas imagens, as representações dos santos mártires tocaram-lhe fundo o coração e despertaram-lhe o desejo de, como eles, um dia poder sacrificar a vida em testemunho da fé que estava prestes a abraçar.
Após longa preparação, recebeu o santo Batismo e entrou para um convento em Jerusalém. Tinha um zelo tão vivo e ardente que, em pouco tempo, entre os irmãos, era o primeiro em virtude e santidade. Tinha por leitura predileta, além da Bíblia, a história dos mártires. As lutas e vitórias, os triunfos dos heróis comoviam-no até lágrimas e cada vez mais pronunciado se lhe tornava o desejo de morrer pela fé, o que fez com que saísse do convento e se dirigisse a Cesaréia, na Palestina. Vendo entre os soldados alguns que cometiam atos vergonhosos, censurou-os energicamente. Este rigor chamou a atenção do governador, que suspeitava de Anastácio um espião e mandou-o prender. Perguntado pela religião que professava, Anastácio respondeu que tinha abandonado a magia, para ser cristão.
Não faltaram promessas e ameaças para fazê-lo renunciar à fé – Anastácio permaneceu firme. Seguiram-se então os maus tratos e verdadeiras torturas. Anastácio, porém, para tudo só tinha uma resposta: “Sou cristão, e como cristão quero morrer”.
São Justino, seu abade, sabendo dos sofrimentos que o súdito sofria por amor de Cristo, mandou que a comunidade rezasse pelo pobre perseguido, para que não lhe faltasse a graça divina. Destacou dois monges, que o deviam visitar e consolar.
Da Palestina foi Anastácio, por ordem do imperador, transportado para a Pérsia. Lá o esperava o martírio tão almejado. Chosroas envidou primeiro todos os esforços para afastá-lo da religião cristã. Ofereceu-lhe uma alta patente no exército; permitiu-lhe viver como simples monge, contanto que só verbalmente negasse a fé cristã, embora de coração continuasse fiel discípulo de Cristo: “Que mal poderia causar esta negação?  Poderá haver nisto uma ofensa a Cristo, se de coração com ele ficas unido?” Anastácio declarou que teria horror  até da sombra da hipocrisia. De novo lhe foram oferecidas colocações honrosas.
A resposta de Anastácio foi a mesma: “A pobreza do meu hábito – disse ao general – fala-te eloqüentemente do desprezo que tenho pelas vaidades do mundo. Honras e riquezas de um rei, que hoje existe e amanhã será pó, não me tentam!”  Vendo assim frustradas as tentativas , o rei recorreu à tortura. Cada dia era aplicado um novo tormento, experimentada nova provação. Anastácio, porém, preferiu sofrer a negar a fé. O dia  22 de janeiro de 628 trouxe-lhe afinal a salvação e a glória. Esgotadas a paciência e crueldade do rei, deu o mesmo ordem de enforcar e decapitar o santo mártir.
Pouco antes da morte, Anastácio tinha predito a morte do tirano Chosroas. Esta profecia realizou-se dez dias depois, quando o imperador Heráclito invadiu e conquistou a Pérsi
O corpo do Santo, que tinha sido atirado aos cães, foi por estes respeitado. Os fiéis resgataram-no e deram-lhe sepultura no convento de São Sérgio. As relíquias foram mais tarde transportadas para Constantinopla e de lá para Roma.
Santo Anastácio é padroeiro dos ourives, porque gozava da hospitalidade de um ourives, por ele instruído na religião. É invocado também em grandes tentações e em casos de possessão diabólica, porque pela aplicação das suas relíquias a um médico persa, possesso, este ficou livre da possessão.

Ver também:

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20110122&id=11695&fd=0