quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Beata Maria Josefa de Benigánim, 23 de Janeiro

Sua vida foi um prodígio de graça e uma graça de prodígios. Simples, humilde e de qualidades intelectuais medíocres, seu dom de conselho e seus conhecimentos teológicos causavam admiração.

Josefa nasceu em Benigánim (Valência, Espanha), no dia 9 de janeiro de 1625, de família modesta. Ficou órfã de pai quando era ainda muito jovem. Superadas algumas dificuldades, ingressou como irmã leiga no mosteiro das Agostinianas de Benigánim, a 25 de outubro de 1643. Este convento pertence à observância descalça, fundada dentro da Ordem pelo Arcebispo São João de Ribeira, na diocese de Valência, em 1597.

Sua vida foi um portento de graça e uma graça de portentos. Simples, humilde, entregue infatigavelmente aos trabalhos e serviços da comunidade, era um espírito de eminente contemplação. De qualidades intelectuais medíocres, mais que isso, analfabeta, causavam admiração seu dom de conselho e seus conhecimentos teológicos.

Por causa disso, e também pelo extraordinário dom do discernimento, seu conselho era procurado pelas pessoas mais importantes e mais influentes da Espanha. Seus êxtases surpreendiam a todos. Diante destes fatos, promoveram-na à categoria de irmã de coro a 18 de novembro de 1663.

Ela morreu a 21 de janeiro de 1696, na festa de sua patrona, Santa Inês. Seu nome de batismo foi Josefa Teresa. Na Ordem chamou-se Josefa Maria de Santa Inês. Ordinariamente era chamada Madre Inês.

Beata Joseja foi beatificada por Leão XIII, a 26 de fevereiro de 1888. Seu confessor, frei Filipe Benevento, pároco de Benigánim, escreveu uma biografia autorizada da Beata Josefa Maria. Seus restos se conservam no convento das Agostinianas de Benigánim.

A título de curiosidade, transcrevemos abaixo notícia da imprensa espanhola de 2002:
Buscam corpo incorrupto de uma beata espanhola
Madri, 24 de março de 2002 (ACI). A publicação de um livro sobre a destruição de templos durante a Guerra Civil, revelou que os restos incorruptos da beata Josefa Maria de Santa Inês foram escondidos em 1936 para evitar sua profanação, porém ainda não foram encontrados.

Andrés de Sales recopiou em um livro mais de 150 fotos inéditas de esculturas patronais e templos destruídos durante a Guerra Civil em Valência. A obra, de 350 páginas, é intitulada "Escultura patronal velentina destruída em 1936", inclui fotografias de operários "demolindo templos a marteladas, para o que inclusive lhes pagavam um jornal".

Segundo a Agência Avan, o corpo da beata Josefa Maria de Santa Inês, religiosa nascida em 1625, "suportou o macerante passo do tempo e a corrupção até 1936 em uma urna de cristal e bronze dourado em Benigánim (Valência)".

Porém estalou a Guerra Civil, e diante da onde de vilência que destruiu igrejas e imagens sagradas - em Valência ficou reduzido a cinzas noventa por cento do patrimônio artístico da igreja -, o venerado corpo da beata foi ocultado para preservá-lo da profanação. A pessoa que o ocultou certamente o fez com consciência, posto que ainda não foi encontrado.

Josefa Maria de Santa Inês foi elevada aos altares pelo Papa Leão XIII em 26 de fevereiro de 1896. "Seus restos, se crê que foram ocultados em 1936, porém ainda não se pôde localizá-los" explicou De Sales. Por este motivo, os fregueses de Benigánim fizeram uma reprodução do corpo jazente que foi abençoado em 1944.

Fontes:

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