quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

São Mauro (ou Amaro) / Santo Arnaldo Janssen, Fundador, 15 de Janeiro


São Mauro salva São Plácido no riacho

Santo Amaro (no Brasil conhecido por São Mauro) é um monge do século VI que desde menino serviu à ordem dos Beneditinos. Foi confiado a São Bento, juntamente com o seu amigo Plácido, que também foi canonizado. Os meninos entraram para o mosteiro de Subiaco para estudarem e aprofundarem a sua fé em Deus.

Certo dia, São Bento estava a rezar enquanto Amaro se ocupava com as tarefas do mosteiro, e São Bento teve uma visão do menino Plácido, que tinha ido buscar água no riacho, a afogar-se. São Bento então chamou Amaro e avisou que o seu amigo estava a afogar-se e pediu a ele que corresse até lá e tentasse salvá-lo de qualquer forma. Santo Amaro apressou-se para salvar Plácido, e chegando ao riacho pronto para cumprir a tarefa que lhe havia pedido
 São Bento, caminhou sobre as águas e retirou de lá o amigo. Este foi seu primeiro milagre.

Pela sua prova de humildade e paciência, São Bento pediu que fosse à França e abrisse um mosteiro beneditino. O seu nome foi dado à Congregação Beneditina Francesa de Saint Maur, uma das mais importantes instituições católicas pela formação de seus monges. Santo Amaro faleceu no mosteiro francês aos setenta e dois anos, a 15 de janeiro de 567, depois de uma peste que também levou à morte muitos de seus monges.

Arnaldo Janssen - Fundador de três institutos missionários
Arnaldo Janssen, fundador de três institutos religiosos missionários - Congregação do Verbo Divino, Missionárias Servas do Espírito Santo e Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua, nasceu em Goch, no Norte da Alemanha, no seio de uma família profundamente cristã. O coadjutor da sua paróquia encaminhou-o para o seminário menor da diocese de Münster. Entre o estudo da filosofia e da teologia, por inclinação natural para a matemática e as ciências naturais e por ser ainda muito jovem, matriculou-se nas universidades de Münster e Bona onde se diplomou como professor do ensino secundário.


Foi ordenado sacerdote da diocese de Münster, a 15 de Agosto de 1861, e colocado como professor e vice-diretor no colégio diocesano de Bocholt. Aí tomou contacto com o Apostolado da Oração, que promoveu e de que se tornou diretor diocesano em 1867. Para se dedicar mais intensamente às tarefas apostólicas, em 1873 deixou os cargos no colégio.

Numa Alemanha que procurava a unificação dos seus vários estados, mas era ainda afetada por profundas divisões políticas e religiosas, Arnaldo Janssen empenhou-se na promoção da unidade dos cristãos. Sentia também o apelo de outra grande urgência: a evangelização dos povos não cristãos. Convenceu-se de que também na Igreja de expressão alemã devia haver um seminário das missões que formasse e enviasse missionários para os países ainda não evangelizados. Para divulgar a idéia da fundação e conseguir apoios: escreveu, percorreu paróquias, falou em congressos e reuniões de católicos e contatou personalidades do mundo missionário. Dado que não se sentia chamado a ir para as missões estrangeiras, Arnaldo não se considerava apto para fundador, mas o bispo Raimondi, prefeito apostólico de Hong Kong, mostrou-lhe que toda a obra missionária precisa de uma retaguarda sólida e lançou-lhe o desafio: “Funde o senhor um seminário das missões!”

Confrontado com a legislação restritiva da Alemanha, que proibia a abertura de novos seminários, Arnaldo Janssen resolveu fundar a sua casa missionária na Holanda, na pequena aldeia de Steyl, a poucos quilômetros da fronteira alemã. Apesar da extrema modéstia da casa, no dia 8 de Setembro de 1875, na homilia da missa inaugural, Arnaldo afirmou convictamente: “Se a obra é de Deus, o êxito é certo.”

Os primeiros tempos foram difíceis. A pobreza era grande e não eram menores as dificuldades internas. Três dos membros iniciais depressa saíram. Contudo alguns meses depois, para surpresa geral, a casa começou a desenvolver-se bem. Quatro anos mais tarde, em 1979, Arnaldo pôde enviar já os primeiros dois sacerdotes para a China, (entre os quais estava o P. José Freinademetez que vai também ser canonizado). Poucos anos depois, os Missionários do Verbo Divino e as Missionárias Servas do Espírito Santo trabalhavam já em diversos países da Europa, Ásia, África e Américas.

Arnaldo Janssen quis desde o início fundar também um instituto religioso feminino que reforçasse e completasse a ação dos seus sacerdotes e irmãos missionários. Assim, no dia 8 de Dezembro de 1989, fundou as Missionárias Servas do Espírito Santo. A 8 de Dezembro de 1896 fundou as Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua, um instituto de vida contemplativa para apoiar a atividade missionária através da oração constante e da adoração eucarística.

Arnaldo Janssen viveu numa época de profundas mudanças técnicas, sociais e políticas e foi um homem de visão. Valorizou muito a pessoa e a ação do irmão religioso e missionário proporcionando-lhe ótima formação profissional e tornando-o um parceiro válido e indispensável do sacerdote na atividade missionária. Abriu as suas casas a exercícios espirituais regulares para sacerdotes e leigos. Fortalecendo-os na fé e despertando neles o interesse pela atividade missionária da Igreja, encontrou neles apoio espiritual e material. Viu como poucos a importância da imprensa como veículo do ideal cristão e missionário e por isso montou tipografias e fundou revistas que informavam sobre a atividade missionária e geravam fundos consideráveis para o sustento das casas de formação e das missões. Abriu editoras em vários países; numa palavra, foi um autêntico pioneiro do apostolado da imprensa.

Quando morreu, no dia 15 de Janeiro de 1909, Arnaldo tinha enviado pessoalmente 730 missionários: 332 sacerdotes, 187 irmãos missionários e 211 irmãs religiosas. Hoje os seus filhos e filhas espirituais são 10.191 homens e mulheres de 65 nacionalidades - Missionários do Verbo Divino (6029), Servas do Espírito Santo (3.755), Servas da Adoração Perpétua (407) - e crescem, sobretudo, na Ásia onde teve início a ação missionária verbita.

Paulo VI beatificou-o em 19 de Outubro de1975, Dia Mundial das Missões e ano do centenário da Congregação do Verbo Divino. O Papa João Paulo II canonizou-o a 5 de Outubro de 2003, propondo-o como modelo de vida cristã e ideal missionário.

Aplica-se-lhe bem a epígrafe sobre o seu sarcófago na cripta da capela da casa-mãe da SVD em Steyl: - PATER, DUX, FUNDATOR (Pai, Guia, Fundador).

José Hipólito Jerônimo, SVD

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/www/popup-saints.php?language=PT&id=11319&fd=0
http://scholastmaur.free.fr/maur_sauve_placide.jpg

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