sexta-feira, 30 de abril de 2010

Beata Mafalda de Portugal, Religiosa (+1256), 02 de Maio

Mafalda de Portugal, ou Mafalda Sanches O. Cist. (c. 1200 - Amarante, 1º de Maio de 1256), infanta de Portugal e rainha de Castela por um breve período de tempo, é considerada beata pela Igreja Católica, e venerada sob o nome de Rainha Santa Mafalda. O seu pai, Dom Sancho I, mantém a confiança paterna, de Dom Afonso Henriques, na família nobre dos Riba-Douro, entregando a educação da sua filha Mafalda a Dona Urraca, uma das filhas de Egas Moniz.

A rainha Mafalda de Sabóia, mãe de Dulce de Barcelona, era avó de Mafalda, de quem esta herda o nome. Mafalda casa com Henrique I de Castela em 1215 mas, por serem muito jovens, o casamento não é consumado, vindo a ser dissolvido no ano seguinte.
Por testamento de seu pai, D. Sancho, Mafalda deveria receber o castelo de Seia, a vila e todos os rendimentos aí produzidos, bem como o mosteiro de Bouças, além do título de rainha enquanto detivesse aquele castelo. Este fato gerou uma luta com o seu irmão Dom Afonso II, que temia a perda de poder e a divisão do território. A paz só é conseguida com Dom Sancho II, em 1223, que concede rendimentos às tias desde que estas abdiquem do título de rainhas.
O Papa Pio VI beatifica Mafalda a 27 de Junho de 1793, depois das suas duas irmãs, Teresa e Sancha, o terem sido no início do mesmo século. A Igreja Católica lembra a Rainha Santa Mafalda a 2 de Maio.


Ver também: São Peregrino Laziosi
http://hagiosdatrindade.blogspot.com/2009/05/sao-peregrino-laziosi-servita-02-de.html

Fontes:

São Ricardo Pampuri, Médico, Religioso (+1930), 1º de Maio


Erminio Filipo Pampuri, médico italiano, nascido em 2 de agosto de 1897 em Trivolzio, na provícincia de Pavia e falecido em 1º de maio de 1930 na mesma cidade. Adotou o nome de seu irmão, Ricardo, quando entrou para a Ordem dos Hospitaleiros de São João de Deus.

 

Vida

Erminio Filipo ficou órfão de mãe aos três anos de idade, sendo o décimo filho de onze irmãos. Aos dez anos, perdeu o pai. Foi criado por uma tia. Apesar de todas as dificuldades, cursou o ensino primário em sua cidade natal. Fez o secundário em Milão e, mais tarde, entrou para a faculdade de Medicina de Pavia.
Durante a I Guerra Mundial, Erminio foi sargento e logo foi integrado ao corpo médico. Terminou seus estudos de Medicina após o fim da guerra. Além de praticar a Medicina em Milão e trabalhar em diversos hospitais, sentiu o chamado da fé.
Desde muito jovem era muito religioso e devoto. Por isso, decidiu entrar na Ordem dos Hospitaleiros de São João de Deus, na cidade de Brescia, tornando-se noviço em 22 de junho de 1927 e tomando o hábito em 24 de outubro de 1928. A partir daí, tornou-se Irmão Ricardo.
Faleceu em 1930 devido a uma bronco-pneumonia decorrente de uma lesão sofrida durante seu período no Exército. Depois de sua morte, aumentou sua fama de curar as pessoas, o que já existia quando estava vivo, até que os milagres a ele atribuídos foram aceitos pelo Vaticano. Foi beatificado em 4 de outubro de 1981. Posteriormente, em 5 de janeiro de 1982, na localidade de Alcadozo (província de Albacete), outro milagre ocorrido graças à sua intercessão foi reconhecido. Em 1º de novembro de 1989, Erminio Filipo, tornado Irmão
Ricardo, foi canonizado. Sua festa é celebrada em 1º de maio.

Ver também: São José Operário

Fontes:
http://fr.wikipedia.org/wiki/Richard_Pampuri
http://es.wikipedia.org/wiki/Archivo:Pampuri.jpg

São Pio V, Papa, Reformador (+1572), 30 de Abril

Miguel Guisleri foi uma figura de extrema importância para a vida da Igreja Católica. Nascido em Bosco Marengo na província da Alexandria, em 1504, aos quatorze anos ingressou na vida religiosa entrando na ordem dominicana.

A partir daí a sua vida desenvolve-se, pois alcançaria rapidamente todos os degraus de uma excepcional carreira. Foi professor, prior do convento, superior provincial, bispo de Mondovi e finalmente Papa, aos 62 anos, com o nome de Pio V.
Promoveu diversas reformas na Igreja através do Concilio de Trento, como, por exemplo, a obrigação de residências para bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos Bispos, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos e a censura das publicações.
A sua autoridade e prestígio pessoal impunham a sua personalidade de pulso firme e de atitudes rigorosas, como a que tomou em relação à invasão dos turcos, pondo fim aos seus avanços a sete de outubro de 1571, na famosa batalha de Lepanto.
Apesar do seu caráter marcante, apresentava sinais de um homem bondoso e condescendente para com os humildes, paterno, às vezes, e extremamente severo com aqueles que faziam parte do corpo da Igreja.
Mesmo sabendo das conseqüências que sofreria a Igreja, não pensou duas vezes ao excomungar a rainha Elizabete I. Morreu em 1º de maio de 1572, na lucidez de seus setenta e oito anos. A sua canonização chegaria em 1712 e a sua memória fixada a 30 de abril.

Ver também: São José Bento Cottolengo

Fontes:

Santa Catarina de Sena, Mística, Doutora da Igreja, Co-padroeira da Europa (+1380), 29 de Abril

"Ó Divindade eterna, ó eterna Trindade, que pela união da natureza divina tanto fizeste valer o sangue de teu Filho unigênito! Tu, Trindade eterna, és como um mar profundo, onde quanto mais procuro mais encontro; e quanto mais encontro, mais cresce a sede de te procurar. Tu sacias a alma, mas de um modo insaciável; porque, saciando-se no teu abismo, a alma permanece sempre sedenta e faminta de ti, ó Trindade eterna, cobiçando e desejando ver-te à luz de tua luz.
Provei e vi em tua luz com a luz da inteligência, o teu insondável abismo, ó Trindade eterna, e a beleza de tua criatura. Por isso, vendo-me em ti, vi que sou imagem tua por aquela inteligência que me é dada como participação do teu poder, ó Pai eterno, e também da tua sabedoria, que é apropriada ao teu Filho unigênito. E o Espírito Santo, que procede de ti e de teu Filho, deu-me a vontade que me torna capaz de amar-te.
Pois tu, ó Trindade eterna, és criador e eu criatura; e conheci – porque me fizeste compreender quando de novo me criaste no sangue de teu Filho – conheci que estás enamorado pela beleza de tua criatura.
Ó abismo, ó Trindade eterna, ó Divindade, ó mar profundo! Que mais poderias dar-me do que a ti mesmo? Tu és um fogo que arde sempre e não se consome. Tu és que consomes por teu calor todo o amor profundo da alma. Tu és de novo o fogo que faz desaparecer toda frieza e iluminas as mentes com tua luz. Com esta luz me fizeste conhecer a verdade.
Espelhando-me nesta luz, conheço-te como Sumo Bem, o Bem que está acima de todo bem, o Bem feliz, o Bem incompreensível, o Bem inestimável, a Beleza que ultrapassa toda beleza, a Sabedoria superior a toda sabedoria. Porque tu és a própria Sabedoria, tu,o pão dos anjos, que no fogo da caridade te deste aos homens.
Tu és a veste que cobre minha nudez; alimentas nossa fome com a tua doçura, porque és doce sem amargura alguma. Ó Trindade eterna!"




(Diálogo sobre a Divina ProvidênciaCap. 167, Gratiarum actio ad Trinitatem: ed.lat., Ingolstadi 1583, f. 290 v-291)


Fontes: 

segunda-feira, 26 de abril de 2010

São Luís Maria Grignion de Montfort, Presbítero (+1716), 28 de Abril


“Deus Pai juntou todas as águas 
e chamou-as ‘mar’. 

De igual modo reuniu todas as graças 

e chamou-as ‘Maria’.” 


(São Luís Maria Grignion de Monfort, 

“Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, 

Capítulo segundo [23].)

 

Nasceu em 1673 na aldeia de Montfort, em França. Foi educado no colégio da Companhia de Jesus de Rennes e ordenado padre em 1700. Fundou uma congregação de sacerdotes, a "Companhia de Maria", para o ministério de missões populares, e uma congregação feminina, as "Filhas da Sabedoria".
Foi um missionário infatigável e abnegado que, com missão recebida diretamente do Papa, evangelizou a Bretanha e diversas regiões de França ao longo de muitos anos, tendo sofrido inúmeras perseguições, instigadas pelo espírito jansenista que nessa época se tinha infiltrado não só entre os fiéis como entre o clero e até na hierarquia da Igreja de França.
A característica que mais o distinguiu na sua pregação e marca a sua espiritualidade foi a devoção à Virgem Santíssima, com modalidades tão pessoais que fazem dele um caso sem igual na espiritualidade mariana de todos os tempos.
Morreu santamente em 1716. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII e canonizado por Pio XII.

Ver também: São Pedro Maria Chanel, Padroeiro da Oceania

Fontes:
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, São Luís Maria Grignion de Monfort, Edições Monfortinas.

São Pedro Canísio, Presbítero, Doutor da Igreja (+1597), 27 de Abril

Pedro Canísio (1521-1597) é conhecido como o segundo apóstolo da Alemanha. É Doutor da Igreja. Seu nome original é Pieter Kanijs. Foi um teólogo jesuíta nascido nos Países Baixos (Holanda).

Foi chamado de "Martelo dos hereges" pela clareza e eloqüência com que atacava a posição dos protestantes, está entre os iniciadores da imprensa católica. Ainda na luta pela defesa da Igreja Católica, aconselhava: “Não firam, não humilhem, mas defendam a religião com toda a alma.”
São Pedro Canísio é considerado o iniciador da imprensa católica e o primeiro a formar parte do "exército" dos jesuítas. Foi o segundo apóstolo mais importante na evangelização da Alemanha na fé católica, sendo que o primeiro foi São Bonifácio.  

Ver também: Santa Zita

Fontes:

domingo, 25 de abril de 2010

São Pedro de Rates, 1º Bispo de Braga (Portugal), Mártir, (Século I [?]), 26 de Abril

Segundo uma tradição lendária, São Pedro de Rates tornou-se o primeiro bispo de Braga, logo no ano 45 d.C., como se pode ver na lista de todos os arcebispos de Braga, que existe na Sé.

Conta um lenda que o santo salvou de doença mortal uma jovem princesa pagã. Como retribuição, ela se converteu ao cristianismo e fez voto de castidade. Tais fatos enfureceram o pai da jovem, levando-o a ordenar a morte de São Pedro.
Este refugiou-se na capela de Rates, onde foi encontrado e decapitado pelos soldados que, em seguida, destruíram o templo.
Séculos mais tarde, da serra de Rates, São Félix observava todas as noites uma luz na escuridão. Guiado pela curiosidade desceu a vertente e encontrou, no meio dos escombros, a razão de ser desse clarão: o corpo de São Pedro.

Ver também: São Bento Menni

Fontes:

sábado, 24 de abril de 2010

Santa Maria Eufrásia Pelletier, Religiosa, Fundadora (+1868), 25 de Abril

Nasceu no dia 31 de julho de 1796, entrou no mosteiro de Tours na ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio e aos vinte e nove anos foi nomeada superiora desse mosteiro.
Em 1829, fundou em Angers um novo Refúgio, que se tornou a Casa mãe de uma organização paralela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, a ordem de Nossa Senhora do Bom Pastor.
Uma mulher revolucionária, cuja vida foi centrada na caridade e sempre com o espírito voltado para os jovens!

Quando se prezam mais os valores do espírito, envelhecer é crescer.
Quando se sabe prezar mais os valores do espírito do que os do corpo, envelhecer é crescer no que o homem tem de mais nobre, que é a alma, se bem que signifique a decadência do corpo, que é apenas o elemento material da pessoa humana.
E que decadência! Bem pode ser que o corpo perca sua beleza e seu vigor. Mas ele se enriquece com a transparência de uma alma que ao longo da vida soube desenvolver-se e crescer. Transparência esta que constitui a mais alta beleza de que a fisionomia humana seja capaz.
Santa Maria Eufrásia Pelletier, nascida na Vandéa, França, em 1796, fundadora de uma Congregação docente feminina, faleceu em 1868. Sua festa se celebra no dia 24 de abril.
Nada do que significa formosura lhe faltou na mocidade: a correção dos traços, a beleza dos olhos e da cútis, a distinção da fisionomia, a nobreza do porte, o viço e a graça da juventude. Mais: o esplendor de uma alma clara, lógica, vigorosa, pura, se exprimia fortemente em sua face. É o tipo magnífico da donzela cristã.
Ei-la em sua ancianidade. Do encanto dos antigos dias resta apenas um vago perfume. Mas outra formosura mais alta brilha neste semblante admirável.
O olhar ganhou em profundeza; uma serenidade nobre e imperturbável parece prenunciar nele algo da nobreza transcendente e definitiva dos bem-aventurados na glória celeste!
O rosto conserva o vestígio das batalhas árduas da vida interior e apostólica dos Santos. Atingiu algo de forte, de completo, de imutável: é a maturidade no mais belo sentido da palavra.
A boca é um traço retilíneo, fino, expressivo, que traz a nota típica de uma têmpera de ferro. Uma grande paz, uma bondade sem romantismo nem ilusão, com algum resto da antiga beleza, esplende ainda nesta fisionomia.

O corpo decaiu, mas a alma cresceu tanto, 
que já está toda em Deus.
O corpo decaiu, mas a alma cresceu tanto, que já está toda em Deus, e faz pensar na palavra de Santo Agostinho: nosso coração, Senhor, foi criado para Vós, e só está em paz quando repousa em Vós.
Quem ousaria afirmar que para Santa Maria Eufrásia, envelhecer foi mesmo decair?

Aspirações de Santa Maria Eufrásia
“Ó meu Deus, fazei que cada batida de meu coração seja uma súplica para alcançar graça e perdão para os pecadores. Que cada uma de minhas respirações seja um apelo à Tua infinita misericórdia, que cada olhar meu, atraia para Vós as pessoas que eu fitar e lhes revele o Teu amor. Que o alimento de minha vida seja trabalhar sem descanso pela Tua glória e pela salvação das almas. Amém.”

Ver também: São Marcos Evangelista

Fontes:
Plinio Corrêa de Oliveira em Catolicismo, novembro 1952
www.buonpastoreint.org

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Beata Maria Elisabeth Hesselbald, Religiosa, Fundadora (+1957), 24 de Abril

Elisabeth Hesselblad nasceu em 4 de junho de 1870, na comuna de  Herrljunga, Suécia, e morreu em 24 de abril de 1957. Religiosa e fundadora das Irmãs de São Salvador de Santa Brigite, foi beatificada em 9 de abril de 2000 pelo  Papa João Paulo II. 

Biografia
Nascida no Oeste da Suécia, numa família luterana de onze filhos, Elisabeth começou a trabalhar aos dezesseis anos para ajudar sua família. Mais tarde, como tantos camponeses suecos daquela época, ela partiu para procurar trabalho nos Estados Unidos. Lá, ela se tornou enfermeira, e acabou travando conhecimento com a Igreja Católica através de um grupo de fiéis católicos. Finalmente, ela se converteu ao catolicismo em 1902. Numa visita a Roma, Elisabeth reuniu-se às religiosas brigitinas, vindas da Ordem fundada por Santa Brigite da Suécia.
Após tornar-se religiosa, Elisabeth Hesselblad não cessou de desenvolver sua Congregação, aprovada pela Santa Sé em 1940, e de dar nova vida à obra da santa sueca. Ela era aberta ao diálogo com outras confissões cristãs, multiplicando as missões na Europa do Norte e do Leste. Foi declarada Justa entre as Nações, em 2004, por ter salvado Judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel

Ver também: São Fidélis de Sigmaringa

Fontes:

quinta-feira, 22 de abril de 2010

São Jorge, Soldado, Patrono dos Militares (+303) / Santo Adalberto de Praga, Bispo (+997) – Mártires, 23 de Abril



São Jorge

Devem ter sido espetaculares as circunstâncias da sua morte para que os Orientais lhe tenham sempre chamado "o grande mártir", e para que a sua pessoa se tenha, bem depressa, tornado lendária. Não há culto mais antigo nem mais espalhado. Já no Século IV, o Imperador Constantino mandou construir uma igreja em honra a São Jorge. Na Inglaterra, principalmente, o seu culto tornou-se, ainda e é, mais popular. Em 1222 o concílio nacional de Oxônia ou Oxford estabeleceu uma festa de preceito em sua honra.

Nos primeiros anos do Século XV, o arcebispo de Cantuária ordenou que tal festa fosse celebrada com tanta solenidade como o Natal. Antes disso o rei Eduardo III tinha fundado, em 1330, a célebre Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, conhecidos também pelo nome de Cavaleiros da Jarreteira. Vários artistas, como Rafael, Donatello e Carpaccio representaram São Jorge.
No lugar onde esteve içada a bandeira de Portugal, por ocasião da batalha de Aljubarrota, foi construída, em 1388, uma ermida dedicada a São Jorge. Em 1387, por ordem de Dom João I, rei de Portugal, a imagem deste Santo foi incorporada à procissão de Corpus Christi.

Santo Adalberto de Praga
Nasceu na Bohemia, em 956, com nome de Voytech. Nobre, mais tarde adotou o nome do Arcebispo que o curou, educou e converteu: Santo Adalberto de Magdeburg.
Notável pregador, foi indicado Bispo de Praga em 983. Amigo do Imperador Otto III, encorajou a evangelização dos Magiares e trabalhou com São Astricus. Opôs-se à nobreza em Praga.
Santo Alberto era muito popular, e quando foi para Roma para tornar-se um Beneditino, o Papa João XV enviou-o de volta.
Fundou o monastério de Brevnov. Encontrou cerrada oposição da nobreza e retornou a Roma. Como não havia esperança de enviá-lo de volta a Praga, foi enviado para evangelizar a Pomerania, Polônia, Prússia, Hungria e Rússia.
Ele e seus companheiros foi martirizados pelo prussianos perto de Danzig, devido à instigação de pagãos em 23 de abril de 997. Conta-se que foram acusados de serem espiões poloneses na Prússia. A humildade e a austeridade de Santo Adalberto inspirou São Bonifácio de Querfurt.

Ver também: Beata Teresa Maria da Cruz

Fontes:
http://www.cademeusanto.com.br/santo_adalberto_praga.htm

quarta-feira, 21 de abril de 2010

São Sotero (ou Sótero), Papa (Pontificado 166 a 174), 22 de Abril

São Sotero”, afresco da Capela Sixtina, Roma
São Sotero (ou Sótero) nasceu em Fondi,  no reino de Nápoles. Seu pai era natural da Grécia e isto explica sua  preocupação em relação aos problemas e necessidades da Igreja grega, durante seu pontificado. Sua personalidade caritativa e amável, no entanto, não deixou de lado o rebanho como um todo, que nutria grande carinho e obediência às suas determinações.  Sua origem cristã é que acabou determinando sua eleição na sucessão do trono pontifício.  Nasceu e cresceu  dentro de uma esmerada educação católica, de forma que tornou-se pessoa fervorosíssima e grande luminar na Igreja de Cristo.  Assim reconhecido,  foi escolhido  para assumir o governo da Igreja por unanimidade.
Marco Aurélio empreendia crudelíssima perseguição aos cristãos. Com sua voracidade,  investiu implacavelmente contra eles, dos quais muitos foram lançados aos leões no anfiteatro, outros despedaçados em cadafalsos, outros enterrados vivos.  Sendo os seguidores de Cristo,  causa de espetáculos promovidos pelo cruel imperador,   São Sotero, como testemunha ocular das constantes perseguições, empreendeu todas as suas forças no sentido de consolar e atender aos fiéis através de diversas instruções,  contidas em suas cartas apostólicas.  Nelas, os exortava e animava  na  perseverarem  da fé,  sempre unidos e obedientes aos ministros da Igreja, para que juntos pudessem sofrer com paciência e resignação todos as investidas e  conseqüentes tormentos que surgiam de todos os lados. 
Pessoalmente empenhou-se em  visitar lugares subterrâneos e cavernas usadas como refúgio pelos cristãos, levando sua palavra de alento e confiança,  aos fiéis perseguidos pela causa de Cristo.    
Com muita determinação e  coragem,  opôs-se publicamente à heresia de Montano,  levantada quatro anos antes do término de seu pontificado.   Foi época em que lavrou  escritos de sabedoria tão inspirada, que  depois de muitos anos,  foi usada pela Igreja para combater com veemência o surgimento de  diversas outras heresias. 
Promulgou vários decretos canônicos,  dentre os quais,   um que proibiu as  monjas de tocarem os vasos  sagrados e corporais,  bem como da administração do incenso em  cerimônias da  Igreja.   Foi ele  também o primeiro Papa a prescrever, canonicamente,  o caráter sacramental da união, apesar de estar já estabelecida desde  os primórdios da Igreja.
À medida  que  iam sendo trucidadas  as ovelhas  pela ira mortal contra os cristãos,  percebeu o Sumo Pontífice que  o cerco se fechava  cada vez mais e que inevitavelmente tombaria em breve também o pastor. E assim foi.  Pela  sua  carreira  de santidade e  pureza, firmeza   empenho resoluto,   recebeu a coroa dos mártires no dia 22 de abril, sendo porém, ignorado o gênero de martírio.  Foi  enterrado em Roma, onde seu corpo descansou até o século IX, durante o pontificado do Papa Sérgio II, que determinou que suas relíquias  fossem trasladadas  para o cemitério de Calixto,  anexo à Igreja de Equício,  junto aos restos mortais de São Silvestre e São Martinho.  Parte de suas relíquias  foram enviadas para a  Igreja de Toledo e outras para Munique, onde são profundamente veneradas e festejadas por ocasião da sua festa.

Reflexões:
São Sotero soma-se, desde São Pedro, como o 12º Papa da Igreja a ser martirizado.  Todos os seus predecessores deram a vida em defesa da fé. Mesmo enfrentando as  constantes e  cruéis perseguições,  não se curvou  ao ver os cristãos de Roma, sendo trucidados aos montes.  Animado,  consolava e encorajava os cristãos nas suas tribulações.  Em grande número,  aguardavam confiantes a  iminente possibilidade  do martírio. Colocando-se  na condição de Cristo,  portavam-se como ovelhas destinadas ao matadouro.  Um grande número derramou  seu sangue nas mais bárbaras  circunstâncias, para receberem a glória na eternidade. 
Peçamos ao divino Mestre que a lição magnífica dos mártires, suscite em nossos  corações firme e intenso fervor pelas causas divinas. Se somos submetidos a zombarias, indiferenças ou críticas, por causa da Santa Religião,  não devemos curvar a cabeça, seja por respeito humano ou vergonha.  Aproveitemos a jornada terrena para defendermos  incondicionalmente a Igreja de Cristo,  testemunhando as convicções por ela ensinadas.  

Ver também: Santa Senhorinha

Fontes: