quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Nossa Senhora da África / Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, 05 de Agosto


A devoção a Nossa Senhora de África teria nascido a partir da presença portuguesa em Ceuta. Com efeito, o mais antigo lugar de culto com esta designação encontra-se naquela cidade do norte de África e a sua construção inicial data do século XV. O edifício, hoje santuário, foi reconstruído no século XVIII e nele se venera uma imagem, aparentemente bizantina, que uma tradição liga ao imperador Justiniano e ao governador desta província, Procópio. A invasão muçulmana teria interrompido o seu culto.

Outra tradição liga-a ao Infante D. Henrique, que a teria oferecido a Ceuta com o pedido para que todos os sábados se rezasse por sua alma. A tradição da "sabatina”, ainda hoje viva em Ceuta, poderia ter tal origem.
A imagem tem na mão um bastão com nós, oferecido pelo último governador português de Ceuta.
Outro pólo importante de irradiação da devoção a Nossa Senhora de África situa-se na Argélia e nasceu da devoção de duas missionárias francesas do século XIX. Indo ajudar o bispo local, não encontraram por aquelas terras nenhum santuário mariano. Por isso, colocaram uma pequena imagem da Virgem sobre uma oliveira nas proximidades de Argel. Pouco a pouco, o lugar transformou-se num centro de peregrinação por parte de numerosos devotos de Nossa Senhora. As piedosas mulheres recolheram dinheiro e construíram uma capela provisória em 1857.
O atual santuário foi concluído em 1872 sobre um promontório que domina o mar e a cidade de Argel. Numerosos são os peregrinos que o visitam.
Hoje em dia, a devoção a Nossa Senhora de África estende-se a numerosos países daquele continente. A iconografia representa-a, ora como uma mulher de tês morena, ora como uma negra, mas sempre com o Menino nos braços.

Basílica de Nossa Senhora da África, Alger - Argélia



Santuário de Nossa Senhora da África em Abidjan na Costa do Marfim


Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior
A festa recorda a dedicação da Basílica e o famoso “milagre da neve”, segundo o qual no dia 5 de Agosto de 358 nevou em pleno verão na pequena colina romana do Esquilino (uma das famosas sete colinas de Roma), como sinal extraordinário do convite da Virgem para que se construísse um templo em sua honra.
A tradição conta que, na noite de 5 de Agosto, a Virgem apareceu no meio da neve ao Papa Libério e ao patrício João e sua mulher, manifestando o desejo de que uma Capela em sua honra fosse construída no lugar em que tinha nevado durante essa noite. Conta a lenda que o próprio Papa traçou na neve a área de edificação do primeiro Santuário.
Um século depois, o Concílio de Éfeso (431) declarou Maria Santíssima como Mãe de Deus, e o Papa Sixto III (432-440) mandou construir a Basílica em honra da Virgem.

Fontes:

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