quinta-feira, 2 de julho de 2009

São Bernardino Realino, Presbítero (+1616), 02 de Julho


Bernardino nasceu em Capri (Itália) em 1530. Profissional do Direito, à sólida competência unia extraordinária formação humanística. De temperamento otimista, alegre e inclinado à beneficência, entrou para o noviciado dos Jesuítas em Nápoles, aos 34 anos. Trabalhou depois por 10 anos naquela cidade, pregando, catequizando, dedicando-se aos doentes, aos pobres e encarcerados.
Com Bernardino Realino (1530-1616) aconteceu um fato talvez único na história dos santos: ainda em vida foi nomeado padroeiro da cidade de Lecce. Ao espalhar-se a notícia de que o padre Bernardinho estava morrendo, o prefeito da cidade reuniu a câmara e dirigiu-se ao colégio dos Jesuítas. Diante do leito do moribundo, leu um documento que tinha preparado: “Grande é nossa dor, pai amado, ao ver que nos deixais, pois nosso mais ardente desejo seria que permanecêsseis sempre conosco. Não querendo, contudo, opor-nos à vontade de Deus, que vos convida para o céu, desejamos pelo menos encomendar-vos a nós mesmos e a toda esta cidade tão amada por vós e que tanto vos tem amado e reverenciado. Assim o fareis, ó pai, pela vossa inesgotavél caridade, a qual nos permite esperar que queirais ser nosso protetor e patrono no paraíso, pois já por tal vos elegemos desde agora e para sempre, seguros de que aceitareis por fiéis servos e filhos...” Com esforço respondeu o padre: “Sim, senhores”.
De fato, o padre Bernadino tinha dedicado mais de metade da sua longa vida, e a quase totalidade de sua ação apostólica como padre, à cidade de Lecce. Desde a mais alta nobreza até os últimos esfarrapados, encarcerados e escravos turcos, não havia quem não o conhecesse como apóstolo e benfeitor da cidade.
Assim, sem grandes feitos exteriores, desenvolveu-se a santidade de Bernardino Realino. Apesar de ter sido chamado tarde à vida religiosa, sua vida apresenta-se como uma grande continuidade sempre em busca da verdade e do bem. Morreu aos 86 anos. Em 1947 foi canonizado por Pio XII.

Fontes:

Nenhum comentário: