quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Beata Josefa Naval Girbès, Carmelita Terceira, 25 de Setembro



Josefa Naval nasceu em Algemesi, na diocese de Valência, Espanha, a 11 de Dezembro de 1820. Desde a adolescência se consagrou, para sempre, ao Senhor. Percorreu o caminho da oração e da perfeição evangélica numa vida simples e de ardente caridade. Dedicou-se com generosidade às obras de apostolado no ambiente da sua comunidade paroquial. Fez da sua casa uma oficina e uma escola de oração e de virtudes evangélicas, onde se formaram muitas jovens e mulheres na sabedoria humana e espiritual.
Acorria todos os dias à igreja, para a celebração da Eucaristia, tratando também com carinho os paramentos e os altares. Recordando a palavra de Cristo que nos mandou ser luz para iluminar a todos, procurava todas as oportunidades para falar de Deus. Em sua casa organizava reuniões para as mães, ajudando-as na formação familiar e cristã. Encaminhava para a virtude, as mulheres que se haviam apartado do reto caminho. Admoestava com prudência a todos que necessitavam de orientação. No entanto, os seus cuidados primorosos eram a educação humana e religiosa das jovens; para elas abriu, mais tarde, uma escola gratuita de bordados, trabalho no qual era muito entendida. Aquela escola transformou-se num centro de convívio fraterno, de oração e louvor a Deus onde se estudava de forma aprofundada a Sagrada Escritura. Josefa Naval cultivava com fervor a vida interior, a oração, a meditação e a fortaleza nos trabalhos da vida. Era grande a sua devoção à Eucaristia, à Virgem Maria e aos Santos.
Josefa era membro da Ordem Terceira do Carmo Descalço, agora chamada Ordem Secular. A Ordem Carmelita, como família de Maria, agrupa ao redor de Nossa Senhora do Monte Carmelo, inúmeros filhos: uns vivem a sua vocação no claustro do convento, os frades e as freiras; outros vivem em outras congregações de religiosas e religiosos que se alimentam na espiritualidade carmelitana; outros ainda, constituem uma numerosa multidão de homens e mulheres, rapazes e moças que, fazendo no mundo a sua vida normal e nele permanecendo, se alimentam e vivem a vida carmelita, unidos a esta família. São também eles Carmelitas e constituem parte integrante da Ordem. Estes laços são distintos. Vão desde a amizade, passando pelo uso do Escapulário, até chegar aos Carmelitas Seculares ou Terceiros que, como os religiosos, fazem também os votos de pobreza, obediência e castidade.
Josefa Naval era uma Carmelita Secular, e como tal sentia-se verdadeira carmelita, um membro vivo da Ordem Secular do Carmo. No conhecimento de Santa Teresa de Jesus e de São João da Cruz e no seguimento da Virgem do Carmo bebeu ela o segredo da sua santidade. Tornou-se, por isso, a primeira flor amadurecida e reconhecida como santa na Ordem Secular do Carmo, fundado por Santa Teresa e São João da Cruz. Morreu piedosamente no Senhor a 24 de Fevereiro de 1893. O seu corpo conserva-se na igreja Paroquial de São Jaime, à qual ela serviu com muita dedicação, carinho e esmero.

Oração:
Ó Deus, que pusestes no mundo a força do Evangelho como fermento de renovação, concedei aos irmãos dedicados às coisas seculares a graça de cumprirem sempre, no mundo, a vossa vontade, e que, pelo exemplo e intercessão da bem-aventurada Josefa Naval, instaurem sem descanso o vosso Reino através do cumprimento fiel dos seus deveres temporais com fervoroso espírito cristão.

Fontes:

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