domingo, 18 de outubro de 2009

São Paulo da Cruz, Presbítero, Penitente (+1773), 19 de Outubro



Paulo Francisco Danei, italiano do Piemonte, nascido em 1694, é o fundador da Congregação dos Clérigos Descalços da Santa Cruz e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um título tão longo foi imediatamente simplificado pelo povo cristão, que resumiu no nome "passionistas" o caráter e a própria essência da nova instituição, cujos membros vivem, meditam e pregam a Paixão do Senhor.
Paulo Francisco Danei, com a idade de dezenove anos, ouvindo um sermão sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, decidiu colocar-se ao seu serviço e pensou em executar imediatamente o seu programa, alistando-se como voluntário no exército que os venezianos estavam montando para uma expedição contra os turcos. Mas a pretensa cruzada tinha em mira só interesses materiais.
Amadureceu a sua verdadeira vocação, dedicando-se à oração e à penitência. Alma eminentemente contemplativa, passava até sete horas consecutivas imerso em profunda meditação. Aos 26 anos, recebeu do bispo de Alexandria, o hábito preto do penitente com os sinais da Paixão de Cristo: um coração com uma cruz em cima, com três pregos e o monograma de Cristo.
Convenceu o irmão João Batista a juntar-se a ele e juntos retiraram-se para um ermo sobre o monte Argentauro, próximo de Orbetello. Viveram aí uma vida eremítica, em duras penitências corporais. Aos domingos desciam às cidades próximas para pregar a Paixão de Cristo.
A pregação deles, apaixonada e dramática (ás vezes flagelavam-se em público para tornar mais viva a imagem de Cristo sofredor), comovia o povo e convertia até os mais refratários. As suas missões, marcadas por uma cruz de madeira, obtiveram resultados surpreendentes. O papa Bento XIII concedeu-lhes a licença de erigir a congregação e ordenou presbíteros os dois irmãos. A Regra inicial, escrita por São Paulo da Cruz, era muito rígida. Paulo, que era prestigiado por bispos e papas (em particular por Clemente XIV, que se incluía entre os seus filhos espirituais), teve de mitigar um pouco a antiga Regra dos passionistas para obter a definitiva aprovação eclesiástica.
Paulo morreu na idade de oitenta e um anos, em 18 de outubro de 1773, no convento romano anexo à igreja dos Santos João e Paulo, sobre o Monte Célio. Pio IX incluiu-o no elenco dos santos a 28 de Junho de 1867.

Ver também: São Pedro de Alcântara

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