quinta-feira, 10 de junho de 2010

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, Sexta-feira, 11 de Junho de 2010

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus já existia desde os primeiros tempos da Igreja, desde quando se meditava sobre o lado e o Coração abertos de Jesus, de onde saíram sangue e água. Deste Coração nasceu a Igreja e por este mesmo Coração se abriram as portas do Céu. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus está acima das outras devoções porque veneramos o mesmo Coração de Deus. Mas foi o próprio Jesus que, no Século XVII, em Paray-le-Monial, na França, pediu, através de uma humilde religiosa, que se estabelecesse definitiva e especificamente a devoção ao Seu Sacratíssimo Coração.
De fato, em 16 de junho de 1675, Jesus apareceu a Santa Margarida Maria Alacocque. Seu Coração estava rodeado de chamas de amor, coroado de espinhos, com uma ferida aberta da qual jorrava sangue e, do seu interior, surgia uma Cruz. Santa Margarida Maria escutou Nosso Senhor dizer-lhe: “Eis aqui o Coração tanto tem amado os Homens, e que em troca, da maior parte dos Homens, nada recebe além de ingratidão, irreverência e desprezo, neste Sacramento de amor.” Com estas palavras, Nosso Senhor mesmo nos diz em que consiste a devoção ao Seu Sagrado Coração. A devoção em si é voltada para a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo e ao Seu amor não correspondido, representado por Seu Coração. Portanto, dois são os atos essenciais desta devoção: amor e reparação. Amor, pelo muito que Ele nos ama. Reparação e desagravo, pelas muitas injúrias que Ele recebe, sobretudo na Sagrada Eucaristia.
A devoção ao Coração de Jesus não apenas preenche inteiramente os requisitos mencionados no documento do Concílio Vaticano II referentes à Liturgia como, além disso, encontra-se enraizada nas entranhas do mesmo Evangelho de onde procedem todos aqueles ideais, atitudes, condutas e práticas fundamentais, definidoras do autêntico cristianismo e peculiares do culto cristão. Neste sentido, a devoção ao Coração de Jesus está totalmente de acordo com a essência do cristianismo, que é religião de amor, tendo por fim o aumento do nosso amor a Deus e aos Homens. Não surgiu repentinamente na Igreja, nem se pode afirmar que sua origem provém de revelações privadas, pois é evidente que as revelações a Santa Margarida Maria Alacocque não adicionaram novidade alguma à Doutrina Católica.
A importância dessas revelações é que serviram unicamente para que, de forma extraordinária, Cristo nos chamasse a atenção e nos fixássemos nos mistérios do Seu amor. “Em Seu Coração devemos depositar todas as esperanças”, uma vez que “a Eucaristia, o Sacerdócio e Maria são dons do Coração de Jesus” (Papa Pio XII, Encíclica Haurietis Aquas).

Fontes: 
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=SP&module=saintfeast&localdate=20100611&id=12881&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=53434&language=SP&img=&sz=full

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